Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2024-10-27), 10-K (Data do relatório: 2023-10-29), 10-K (Data do relatório: 2022-10-30), 10-K (Data do relatório: 2021-10-31), 10-K (Data do relatório: 2020-10-25), 10-K (Data do relatório: 2019-10-27).
Ao analisar as tendências dos itens financeiros ao longo dos períodos, observa-se uma redução gradual na proporção do passivo total e patrimônio líquido referente ao passivo de longo prazo, que declinou de aproximadamente 24,77% em 2019 para cerca de 15,87% em 2024. Tal diminuição indica uma estratégia de redução da dívida de longo prazo líquida ao longo do tempo.
O passivo circulante apresentou oscilações, mantendo-se em torno de aproximadamente 24% do passivo e patrimônio líquido, com ligeiras variações ao longo dos anos. Destaca-se uma leve alta em 2022 e uma retomada em 2024, sugerindo estabilidade relativa nesta categoria de passivos de curto prazo.
Os itens relacionados a contas a pagar, despesas acumuladas e responsabilidades contratuais demonstram uma tendência de aumento até 2021, alcançando picos que indicam maior volume de obrigações de curto prazo, seguido de leves reduções ou estabilizações ao longo dos últimos anos. Especificamente, as contas a pagar chegaram a representar mais de 16% do patrimônio, antes de retornar a patamares próximos de 14% em 2024.
O item de imposto de renda a pagar, por sua vez, evidencia uma redução significativa de aproximadamente 7% em 2019 para menos de 2% em 2024, refletindo possível melhora na gestão tributária ou menor carga tributária futura prevista.
Quanto ao passivo de arrendamento operacional e financeiro, houve aumento em certos períodos, indicando maior adesão a contratos de arrendamento, embora esses valores sejam relativamente baixos em comparação ao passivo total. Notavelmente, o passivo de arrendamento operacional não circulante permaneceu constante em torno de 0,75% a 0,88% do passivo e patrimônio líquido.
Os outros passivos, encapsulando diversas obrigações acessórias, apresentaram leve crescimento de aproximadamente 2% em 2019 para cerca de 2,35% em 2024, indicando estabilidade moderada nestas obrigações.
O passivo não circulante, que compõe a maior parte das obrigações, diminuiu de cerca de 33,45% em 2019 para aproximadamente 20,17% em 2024. A redução expressiva sugere uma estratégia de alongamento do perfil de endividamento, com menor dependência de dívidas de longo prazo ao longo do período.
O patrimônio líquido aumentou de aproximadamente 43,18% em 2019 para cerca de 55,22% em 2024, refletindo fortalecimento da estrutura de capital, possivelmente através de retenção de lucros não distribuídos, cuja porcentagem elevou-se de 128,19% para 144,3% no período, indicando a alocação de resultados na acumulação de reservas.
O capital adicional realizado apresentou uma redução relativa, saindo de cerca de 39,92% em 2019 para aproximadamente 28% em 2024, o que pode indicar menor captação de recursos adicionais através de emissão de ações ou outras formas de aporte de capital suplementar.
As ações em tesouraria evidenciam um valor negativo consistente, permanecendo em torno de -116% a -124%, o que demonstra uma manutenção de ações recompradas, reduzindo a quantidade de ações em circulação e impactando o patrimônio líquido de forma significativa.
Em síntese, a estrutura financeira revela uma tendência de redução da alavancagem de longo prazo, fortalecimento do patrimônio líquido por meio de lucros retidos, e uma gestão mais conservadora do passivo circulante. Essas mudanças apontam para uma estratégia de maior estabilidade financeira e melhor gerenciamento do perfil de endividamento ao longo do período analisado.