Johnson & Johnson (NYSE:JNJ)

Ao analisar os dados financeiros referentes aos indicadores de gestão de ativo e passivo circulante, observa-se uma tendência de deterioração na eficiência operacional ao longo do período avaliado. O índice de giro de estoque apresenta uma redução consistente, passando de 3,04 em 2020 para 2,21 em 2024, refletindo uma maior permanência dos estoques no período, o que pode indicar acúmulo ou dificuldades na liquidação de inventários.

O ciclo de rotação de estoque, medido em dias, também aumentou de 120 para 165 dias, corroborando a tendência de alongamento do período de estocagem. Similarmente, o ciclo operacional, que engloba o ciclo de estoque, receivíveis e pagáveis, aumentou de 180 dias em 2020 para 226 dias em 2024, indicando que o tempo total para converter recursos em caixa se expandiu, possivelmente impactando a liquidez operacional.

Por outro lado, o índice de giro de recebíveis mantém-se relativamente estável, com pequena variação, apresentando uma ligeira alta de 6,08 para 5,98. O ciclo de conversão de caixa também cresceu de 58 dias em 2020 para 89 dias em 2024, sugerindo que a empresa está levando mais tempo para transformar seus recursos em caixa, o que pode afetar a liquidez de curto prazo.

O índice de giro de capital de giro demonstra uma evolução positiva, passando de 9,44 em 2020 para 15,94 em 2024, indicando uma maior eficiência na utilização do capital de giro, especialmente a partir de 2022. Este aumento sugere que, apesar do crescimento do ciclo operacional, a empresa conseguiu melhorar sua rotatividade de ativos circulantes, potencialmente por meio de gestão mais eficiente de contas a pagar e recebíveis.

Observa-se também uma certa estabilidade na rotatividade de contas a pagar, com variações menores ao longo do período, enquanto o índice de rotatividade de recebíveis apresentou uma ligeira melhora a partir de 2023, atingindo 5,98 em 2024. Isso aponta para uma gestão relativamente equilibrada no recebimento de créditos, mesmo com aumento na duração do ciclo operacional.

Em suma, a análise revela uma tendência de maior permanência dos estoques e aumento do ciclo operacional, o que pode indicar dificuldades na liquidação de estoques ou estratégias de manutenção de níveis mais elevados de inventário. Ainda assim, melhorias na rotatividade do capital de giro sugerem esforços de otimização dos recursos circulantes, embora o aumento no ciclo de conversão de caixa sinalize que a liquidez de curto prazo poderia estar sendo impactada, exigindo atenção na gestão do fluxo de caixa.

Receita de Custo dos Produtos Vendidos.

Observa-se um aumento ao longo do período, passando de 28.427 milhões de dólares em 2020 para 27.471 milhões de dólares em 2024, representando uma variação de leve redução naquele ano em comparação com o anterior, após um crescimento consistente de 2020 a 2023. Essa tendência indica aumento nos custos de produção ou aquisição, porém com uma leve redução em 2024 que pode sugerir melhorias na eficiência ou mudanças no mix de produtos.

Inventários.

Os estoques apresentaram crescimento contínuo em todos os anos analisados, saltando de 9.344 milhões de dólares em 2020 para 12.444 milhões de dólares em 2024. Esse aumento constante sugere uma estratégia de aumento de estoques possivelmente para atender a maior demanda ou para manter níveis de segurança, embora também possa indicar estoques acumulados devido a excesso de produção ou dificuldades na venda.

Índice de giro de estoque.

O índice de giro de estoque mostrou uma tendência de decréscimo ao longo do período, passando de 3,04 em 2020 para 2,21 em 2024. A redução desse índice aponta uma rotatividade mais baixa dos estoques, o que pode indicar uma maior permanência dos produtos em estoque, possivelmente devido à desaceleração nas vendas ou à estratégia de manter maiores níveis de estoque para futuras vendas ou lançamentos de produtos.

Vendas para clientes

Observa-se que as vendas sofreram um aumento contínuo de 2020 até 2022, atingindo um pico em 2022. No entanto, em 2023, houve uma redução nas vendas em relação ao ano anterior, seguida de uma recuperação em 2024, com os valores voltando a níveis próximos aos de 2021.

Contas a receber, menos provisões

O valor de contas a receber aumentou de 2020 para 2022, indicando maior volume de recebíveis não provisionados. Em 2023, houve uma redução nesse indicador, seguida de uma estabilidade ligeiramente superior ao nível de 2021 em 2024. Isso sugere uma gestão mais eficaz ou variações na política de concessão de crédito.

Índice de giro de recebíveis

O índice de giro de recebíveis apresentou uma tendência de estabilização, com leves oscilações ao longo do período. Entre 2020 e 2021, houve um pequeno aumento, seguido por uma ligeira diminuição em 2022, indicando uma menor eficiência na coleta dos recebíveis. Em 2023, o índice diminuiu novamente, mas recuperou-se em 2024 para um patamar semelhante a 2021, sinalizando uma leve melhora na eficiência da gestão de recebíveis.

Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo dos anos, observa-se que o custo dos produtos vendidos apresentou uma tendência de crescimento de 2020 a 2022, passando de US$ 28.427 milhões em 2020 para US$ 31.089 milhões em 2022. No entanto, houve uma redução significativa em 2023, com o valor caindo para US$ 26.553 milhões, seguida de uma ligeira recuperação em 2024, para US$ 27.471 milhões. Essa variação pode indicar ajustes na gestão de custos ou mudanças na estratégia de produção ao longo do período.

As contas a pagar demonstraram uma tendência de crescimento até 2022, passando de US$ 9.505 milhões em 2020 para US$ 11.703 milhões em 2022, refletindo possivelmente um aumento nos níveis de endividamento ou na extensão dos prazos de pagamento a fornecedores. Contudo, em 2023, há uma redução para US$ 9.632 milhões, com um valor ligeiramente superior em 2024, de US$ 10.311 milhões. Essa oscilação pode estar relacionada a estratégias de gerenciamento de fluxo de caixa ou ajustes nas condições de pagamento negociadas com fornecedores.

Por fim, o índice de rotatividade a pagar permaneceu relativamente estável ao longo dos anos, com uma ligeira redução de 2.99 em 2020 para 2.66 em 2022, indicando que a empresa manteve uma gestão consistente no ciclo de pagamento às suas obrigações. A partir de 2021, o índice apresentou uma leve elevação a 2.7, antes de retornar a 2.66 em 2022, e manter-se nesse nível em 2023 e 2024. Essa estabilidade sugere uma política de pagamento relativamente uniforme ao longo do tempo, com pequenas variações que não indicam mudanças substanciais na estratégia de liquidação de suas obrigações a curto prazo.

Capital de giro

Ao longo do período analisado, o capital de giro apresentou variações consideráveis. Em 2020, registrou-se um valor de US$ 8.744 milhões, que aumentou significativamente em 2021, atingindo US$ 15.753 milhões. No entanto, em 2022, houve uma reversão com uma queda abrupta para um valor negativo de US$ -508 milhões, indicando possível ajustamento ou dificuldade na gestão do capital de giro. Em 2023, ocorreu uma recuperação expressiva, elevando-se para US$ 7.213 milhões, e mantendo-se em valorização em 2024, atingindo US$ 5.572 milhões.

Vendas para clientes

As vendas apresentaram crescimento constante de 2020 a 2022, passando de US$ 82.584 milhões para US$ 94.943 milhões. Em 2023, houve uma redução para US$ 85.159 milhões, seguida por um novo aumento em 2024, chegando a US$ 88.821 milhões. Essa trajetória sugere uma tendência de expansão nas vendas, embora com alguma flutuação, possivelmente relacionada a fatores de mercado ou estratégicos pontuais.

Índice de giro de capital de giro

O índice de giro de capital de giro demonstrou uma evolução positiva ao longo do tempo. Em 2020, o valor era de 9,44, indicando a eficiência na utilização do capital de giro. Este índice caiu para 5,95 em 2021, sugerindo uma diminuição na eficiência, porém, dados de 2022 não estão disponíveis. Em 2023, o índice saltou para 11,81, e continuou em alta em 2024, alcançando 15,94, refletindo uma melhora significativa na eficiência na utilização do capital de giro, possivelmente decorrente de melhorias operacionais ou estratégicas eficazes.

Índice de giro de estoque

Observa-se uma tendência de declínio contínuo neste índice ao longo do período avaliado. Em 2020, o índice estava em 3,04, indicando que o estoque era convertido em vendas aproximadamente 3,04 vezes ao longo do ano. Esse valor diminuiu para 2,87 em 2021, e subsequentemente reduziu-se de forma mais significativa em 2022, chegando a 2,49. Em 2023, o índice continuou a diminuir para 2,37, e em 2024 atingiu 2,21. Essa trajetória sugere uma redução na eficiência na rotação do estoque ao longo do tempo, potencialmente refletindo maior acúmulo de estoque ou menor velocidade de venda dos produtos.

Dias de rotação de estoque

Complementar ao índice anterior, os dias de rotação de estoque aumentaram de forma constante. Em 2020, esse indicador era de 120 dias, praticamente em consonância com o índice de giro elevado, indicando que o estoque permanecia cerca de 120 dias antes de ser vendido. Em 2021, houve uma ligeira elevação para 127 dias. Tal aumento foi mais acentuado a partir de 2022, com o aumento para 147 dias, e prosseguiu em 2023, atingindo 154 dias. Em 2024, esse período aumentou novamente para 165 dias. Essa expansão nos dias de rotação reforça a tendência de menor eficiência na gestão de estoque, levando a um tempo maior para a comercialização dos produtos, o que pode impactar o custo de armazenamento e a liquidez da operação.

Índice de giro de recebíveis

O índice de giro de recebíveis apresentou uma leve variação ao longo do período analisado, iniciando em 6,08 em 2020 e experimentando um aumento até 6,14 em 2021. A partir deste ponto, houve uma redução gradual, atingindo 5,88 em 2022, seguida por uma nova diminuição para 5,73 em 2023. Em 2024, houve uma recuperação parcial, elevando o índice para 5,98. Assim, observa-se que, ao longo dos anos, o índice de giro de recebíveis manteve-se relativamente estável, com pequenas oscilações, indicando uma estabilidade na eficiência de cobranças dos recebíveis, embora com uma leve tendência de redução em 2022 e 2023, seguida de recuperação no último período.

Dias de rodízio de contas a receber

O número de dias de rodízio de contas a receber oscilou dentro de uma margem estreita do período de análise. Em 2020, esse indicador foi de 60 dias, reduzindo-se ligeiramente para 59 em 2021. Em 2022, o valor aumentou para 62 dias, indicando um ligeiro alongamento no tempo de liquidação dos recebíveis. Essa tendência de aumento se manteve em 2023, atingindo 64 dias, o que sugere uma tendência de alongamento no ciclo de recebimento. Em 2024, houve uma redução para 61 dias, retornando a um patamar mais próximo ao observado em 2021. A estabilidade em torno de 60 dias ao longo do tempo evidencia uma consistência na gestão do ciclo de recebimentos, embora o aumento em 2022 e 2023 indique uma possível tendência de extensão do período de recebimento durante esses anos, com uma retomada ao padrão anterior em 2024.

Os dados indicam uma tendência de aumento no ciclo operacional ao longo dos anos analisados. Em 2020, o ciclo operacional era de 180 dias, apresentando um crescimento moderado para 186 dias em 2021. Essa tendência de aumento continuou, atingindo 209 dias em 2022, refletindo uma elongação no período necessário para transformar recursos em receitas.

Esse incremento se intensificou ainda mais em 2023, quando o ciclo operacional atingiu 218 dias, evidenciando uma fase de maior duração dos processos operacionais. Em 2024, o ciclo operacional atingiu 226 dias, demonstrando uma expansão contínua no tempo necessário para o giro total dos recursos, o que pode indicar uma maior complexidade ou lentidão nos procedimentos internos.

Os dias de rotação de estoque também mostram uma tendência de elevação, passando de 120 dias em 2020 para 154 dias em 2023, antes de atingir 165 dias em 2024. Este aumento sugere uma possível mudança na gestão de estoques ou nas estratégias de inventário, resultando na manutenção de estoques por períodos mais longos.

Por outro lado, os dias de rodízio de contas a receber permanecem relativamente estáveis, oscilando entre 59 e 64 dias ao longo do período, com uma leve variação. Em 2023, esses dias chegaram a 64, antes de cair um pouco para 61 em 2024, indicando uma gestão relativamente consistente na recuperação de contas a receber.

De modo geral, observa-se uma ampliação contínua do ciclo operacional, alinhada ao aumento na rotação de estoques, enquanto o período de recebimento de contas mantém-se relativamente estável. Esses padrões podem refletir mudanças nas estratégias de gestão de estoques, equilíbrio na cobrança de clientes ou maior complexidade operacional, merecendo atenção para avaliar o impacto na liquidez e na eficiência operacional da entidade.

Índice de rotatividade a pagar

Houve uma leve redução nesse índice de 2,99 em 2020 para 2,7 em 2021, indicando uma diminuição na frequência com que a empresa realiza seus pagamentos a fornecedores. No entanto, nos anos seguintes, o índice apresentou uma manutenção próxima da estabilidade, atingindo 2,66 em 2022, antes de um aumento para 2,76 em 2023, seguido de nova estabilização em 2024, com um valor de 2,66. Essas flutuações sugerem uma gestão relativamente consistente nessas obrigações, com pequenas variações na velocidade de pagamento.

Dias de rotação de contas a pagar

Esse indicador apresentou aumento de 122 dias em 2020 para 135 dias em 2021, indicando uma expansão no prazo médio concedido aos fornecedores ou na gestão do ciclo de pagamento. Essa tendência de aumento permanece nos anos seguintes, chegando a 137 dias em 2022 e 2024, com um ligeiro recuo para 132 dias em 2023. Os dados refletem uma estratégia de prolongar os prazos de pagamento ao longo do período analisado, o que pode indicar uma tentativa de otimizar a liquidez ou de renegociar condições com fornecedores.

Ao analisar as tendências dos indicadores de ciclo operacional ao longo dos últimos cinco anos, observa-se um aumento progressivo no número de dias de rotação de estoque, que passa de 120 dias em 2020 para 165 dias em 2024. Essa elevação sugere uma desaceleração na velocidade de giro dos estoques, indicando possível melhoria na gestão de inventário ou, alternativamente, acumulação de estoques mais prolongada.

Em relação aos dias de rodízio de contas a receber, mantém-se relativamente estável ao longo do período, variando entre 59 e 64 dias. Essa consistência indica uma política de cobrança relativamente uniforme, sem grandes variações na eficiência na recuperação de créditos junto aos clientes.

Os dias de rotação de contas a pagar também apresentam variação, iniciando em 122 dias em 2020 e alcançando 137 dias em 2024. A tendência de aumento sugere uma maior extensão nos prazos concedidos aos fornecedores ou uma postura deliberada de alongar o período de pagamento, podendo impactar o gerenciamento de liquidez da empresa.

Por fim, o ciclo de conversão de caixa, que soma o período entre pagamentos de fornecedores e recebimentos de clientes, inicia em 58 dias em 2020, apresenta uma redução até 51 dias em 2021, e posteriormente registra um aumento contínuo, chegando a 89 dias em 2024. Este crescente ciclo indica que a empresa leva mais tempo para converter seus investimentos em caixa em fluxo de caixa operacional, refletindo uma possível deterioração na eficiência de gestão de capital de giro ao longo do período analisado.