Eli Lilly & Co. (NYSE:LLY)

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se uma tendência de aumento no ciclo operacional, que passou de 352 dias em 2020 para 418 dias em 2024. Essa elevação indica uma maior duração no tempo necessário para transformar os investimentos em estoque e contas a receber em caixa, sugerindo uma posible desaceleração na eficiência operacional ou um incremento na complexidade dos processos de conversão de ativos em liquidez.

O índice de giro de estoque apresentou variações, iniciando em 1,38 em 2020, crescendo para 1,88 em 2021, mas posteriormente declinando para 1,54 em 2022, e atingindo valores mais baixos, de 1,23 em 2023 e 1,11 em 2024. Esse movimento indica uma redução na eficiência de rotatividade dos estoques ao longo do tempo, o que pode refletir um aumento nos níveis de estoque ou dificuldades na venda dos produtos.

Os dias de rotação de estoque tiveram uma tendência crescente, passando de 265 dias em 2020 para 329 dias em 2024. Essa ampliação reforça a percepção de um inventário que permanece por mais tempo antes de ser vendido, o que pode impactar o fluxo de caixa e os custos associados à armazenagem.

O índice de giro de recebíveis permaneceu relativamente estável ao redor de 4, com ligeiras oscilações, chegando a 4,24 em 2021 e mantendo-se próximo de 4,09 em 2024. Os dias de rodízio de contas a receber permaneceram praticamente constantes, em torno de 86 a 89 dias. Essas informações indicam uma gestão relativamente consistente na cobrança dos clientes, embora o aumento no ciclo operacional sugira que essa eficiência não seja suficiente para compensar o aumento nos estoques.

O índice de rotatividade a pagar também apresentou diminuição, passando de 4,38 em 2021 para 2,61 em 2024, enquanto os dias de rotação de contas a pagar aumentaram de 83 para 140 dias ao longo do período. Portanto, a empresa vem pagando suas obrigações em prazos mais longos, o que pode refletir uma estratégia de alongamento de prazos de pagamento ou uma alteração nas condições de negociação com fornecedores.

O ciclo de conversão de caixa seguiu uma tendência de aumento, de 245 dias em 2020 para 278 dias em 2024, indicando que o período necessário para transformar recursos investidos em liquidez sofreu uma expansão considerável. Além disso, o índice de giro de capital de giro apresentou um pico muito alto em 2022 (31,84), antes de retornar a níveis mais modestos em 2024, sugerindo momentâneas melhorias na gestão do capital de giro que, no entanto, não se sustentaram ao longo do tempo.

Em suma, os dados revelam uma deterioração geral na eficiência na gestão de estoques, contas a receber e a pagar, culminando em um aumento do ciclo operacional e do ciclo de conversão de caixa, indicando maior dificuldade em converter ativos operacionais em liquidez de forma rápida e eficiente ao longo dos anos analisados. Essa conjuntura pode ter implicações para a liquidez e a saúde financeira da operação, requerendo atenção à gestão de recursos e processos internos.

Observação geral sobre o custo das vendas:

O custo das vendas apresenta uma tendência de aumento ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$ 5,48 bilhões em 2020 para cerca de US$ 8,42 bilhões em 2024. Este incremento indica um crescimento nos custos relacionados à produção ou aquisição de bens comercializados, o que pode refletir ampliação na escala de operações ou aumento nos custos de materiais e mão de obra.

Dinâmica dos inventários:

Os inventários também demonstraram crescimento substancial, saindo de cerca de US$ 3,98 bilhões em 2020 para aproximadamente US$ 7,59 bilhões em 2024. Este aumento sugere uma maior acumulação de estoques, possivelmente como estratégia de preparação para demanda futura ou devido a melhorias na gestão de estoque, embora possa indicar desafios relacionados à rotatividade ou obsolescência.

Índice de giro de estoque:

O índice de giro de estoque apresentou uma diminuição progressiva, de 1,38 em 2020 para 1,11 em 2024. Essa redução aponta para uma menor frequência de renovação do estoque ao longo do tempo, o que pode indicar uma tentativa de manter estoques mais elevados por períodos mais longos, ou dificuldades na venda ou movimentação dos produtos. A tendência sugere aumento do nível de estoque relativo às vendas, podendo impactar a eficiência operacional.

Em suma, há uma clara tendência de crescimento tanto nos custos de vendas quanto nos estoques, enquanto o índice de giro de estoque aponta para uma possível redução na eficiência na movimentação dos inventários. Essas tendências podem indicar alterações na estratégia de gestão de estoques ou desafios na rotatividade de inventários, que deveriam ser considerados na análise de desempenho financeiro e operacional.

Ao analisar a evolução da receita ao longo dos anos, observa-se um crescimento consistente, com aumento significativo de 2020 para 2021, seguido de uma estabilidade relativa em 2022. A partir de 2023, há uma aceleração no crescimento, resultando em uma elevação expressiva em 2024, indicando uma expansão sólida na geração de receita.

Quanto às contas a receber líquidas, também há um incremento gradual ao longo do período, refletindo aumento nas vendas e no volume de créditos concedidos. Apesar do crescimento acumulado, há uma ligeira variação na relação entre contas a receber e receita, com o índice de giro de recebíveis apresentando pequenas oscilações ao longo do tempo.

O índice de giro de recebíveis, que mede a eficiência na gestão do estoque de créditos, permaneceu relativamente estável, com pequenas variações ao redor de 4, o que sugere uma gestão relativamente eficiente na recuperação dos créditos concedidos. Sua queda em 2023 indica uma possível ligeira lentidão na recuperação dos recebíveis, mas a recuperação do índice em 2024 demonstra manutenção de uma gestão eficiente.

No geral, o perfil financeiro demonstra crescimento sustentado na receita e no volume de contas a receber, aliado a uma gestão eficiente dos créditos, apesar de pequenos ajustes na eficiência de cobrança ao longo do período analisado.

Custo das vendas:

Houve um aumento contínuo no custo das vendas ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$ 5,48 bilhões em 2020 para cerca de US$ 8,42 bilhões em 2024. Este crescimento indica uma elevação nos custos de produção ou aquisição de produtos, refletindo possivelmente maior volume de vendas, custos mais altos de insumos ou mudanças na estrutura operacional. A tendência sugere a necessidade de acompanhamento para avaliar se os aumentos são sustentáveis ou se estão impactando margens de lucro.

Contas a pagar:

Os valores de contas a pagar apresentaram crescimento expressivo ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 1,61 bilhão em 2020 para cerca de US$ 3,23 bilhões em 2024. Este aumento pode indicar maior volume de compras ou alterações nos prazos de pagamento concedidos pelos fornecedores. O crescimento das contas a pagar, se acompanhado de crescimento nas vendas ou nos custos, deve ser avaliado em relação à liquidez da empresa e à sua capacidade de gerenciamento de passivos de curto prazo.

Índice de rotatividade a pagar:

O índice de rotatividade a pagar, que mede a frequência de pagamento às contas a pagar durante o período, apresentou uma tendência de diminuição, passando de 3,41 em 2020 para 2,61 em 2024. Este decrescimento sugere uma maior alongamento dos prazos de pagamento ou uma mudança na estratégia de gerenciamento de passivos financeiros, o que pode impactar o fluxo de caixa. Uma rotatividade menor pode indicar que a empresa está pagando seus fornecedores com menor frequência, possivelmente para melhorar seu capital de giro, mas deve ser avaliada em relação às condições de crédito e relações comerciais.

Ao analisar as tendências apresentadas, observa-se uma variação significativa nos níveis de capital de giro ao longo do período avaliado. Em 2020, o capital de giro foi de aproximadamente US$ 4,98 bilhões, apresentando uma diminuição em 2021 para cerca de US$ 3,40 bilhões. Em 2022, houve um aumento substancial para aproximadamente US$ 896 milhões, seguido de uma reversão em 2023, quando o capital de giro atingiu um valor negativo de -US$ 1,57 bilhão, indicando uma possível necessidade de financiamiento ou dificuldades de liquidez nesse período. Em 2024, houve uma recuperação significativa, com o capital de giro subindo para aproximadamente US$ 4,36 bilhões.

Quanto à receita, há uma tendência de crescimento consistente ao longo dos anos analisados. Em 2020, o valor foi de cerca de US$ 24,5 bilhões, evoluindo para US$ 28,3 bilhões em 2021, uma expansão de aproximadamente 15,4%. Em 2022, a receita estabilizou em torno de US$ 28,5 bilhões, enquanto que em 2023 ela atingiu US$ 34,1 bilhões, representando um aumento expressivo. Em 2024, a receita continuou crescendo de forma substancial, chegando a aproximadamente US$ 45 bilhões, evidenciando uma forte trajetória de expansão de receitas ao longo do período.

O índice de giro do capital de giro mostrou uma evolução notável, iniciando em 4,93 em 2020, atingindo um pico de 31,84 em 2022. Isso sugere uma melhora na eficiência na utilização do capital de giro até 2022. Entretanto, em 2023, o índice não foi informado, o que impede determinar se essa eficiência foi mantida. Em 2024, o índice apresentou uma redução para 10,32, indicando que, embora ainda elevado, o uso do capital de giro para gerar receita tenha se tornado menos eficiente comparado a 2022, possivelmente refletindo ajustes na gestão de recursos ou mudança na dinâmica operacional.

Índice de giro de estoque

Observa-se uma tendência de aumento no índice de giro de estoque de 2020 para 2021, passando de 1,38 para 1,88, indicando uma maior eficiência na rotatividade do estoque neste período. No entanto, a partir de 2021, há uma diminuição contínua, chegando a 1,54 em 2022, seguida de quedas mais acentuadas para 1,23 em 2023 e 1,11 em 2024. Essa redução progressiva sugere uma menor eficiência na venda ou utilização do estoque ao longo dos últimos anos, podendo refletir uma maior acumulação de estoques ou dificuldades na execução de vendas.

Dias de rotação de estoque

Complementarmente ao índice de giro, os dias de rotação de estoque aumentaram de 265 dias em 2020 para 298 dias em 2023 e atingiram 329 dias em 2024. A inversa lógica entre os dois indicadores evidencia que, conforme o índice de giro diminui, o período de estoque permanece mais longo, refletindo uma maior persistência dos estoques por períodos mais extensos. Essa expansão no tempo de rotação pode indicar dificuldades na comercialização dos produtos ou mudanças na estratégia de estoque, resultando em uma menor eficiência logística e operacional.

Índice de giro de recebíveis

Observa-se uma leve oscilação nesse índice ao longo do período analisado. De 4.18 em 2020, houve um aumento marginal para 4.24 em 2021, indicando uma pequena melhoria na eficiência na recuperação de receitas de clientes. Em 2022, houve uma redução para 4.14, demonstrando uma ligeira deterioração na agilidade na conversão de recebíveis em caixa. Nos anos seguintes, até 2024, há uma redução mais significativa para 3.75, sugerindo uma diminuição na eficiência de giro, embora a recuperação em 2024 para 4.09 indique uma tendência de reversão, mais próxima dos níveis de 2021.

Dias de rodízio de contas a receber

Este indicador apresenta uma variação ao longo dos anos, mantendo-se próximo de 87 a 88 dias em 2020 e 2021, refletindo um ciclo de recebimento relativamente estável. Em 2022, há um aumento ligeiro para 88 dias, indicando uma leve expansão no período médio de recebimento. Em 2023, o período se estende para 97 dias, sugerindo que a empresa passou a demorar mais para receber seus créditos, possivelmente impactada por mudanças na política de crédito ou na composição da carteira de clientes. Em 2024, há uma redução para 89 dias, indicando uma retomada ao padrão anterior ou uma tentativa de agilizar o ciclo de recebimento. No geral, as oscilações mantêm o ciclo de recebimento em uma faixa de aproximadamente 87 a 97 dias, com um pico em 2023 que merece atenção para analisar possíveis causas e estratégias de gestão de crédito.

O levantamento dos indicadores evidencia algumas tendências e variações ao longo do período de avaliação.

Dias de rotação de estoque

Houve redução considerável em 2021 em relação a 2020, passando de 265 dias para 194 dias, indicando uma melhora no ciclo de gerenciamento de estoque. No entanto, essa métrica apresentou aumento subsequente, atingindo 237 dias em 2022 e um crescimento acentuado para 298 dias em 2023. A previsão para 2024 aponta uma elevação ainda maior, chegando a 329 dias, sugerindo um aumento na permanência de estoques e possível desaceleração na rotatividade.

Dias de rodízio de contas a receber

Este indicador permaneceu relativamente estável entre 2020 e 2022, com valores próximos a 86-88 dias. Em 2023, houve incremento para 97 dias, indicando uma expansão no prazo médio de recebimento. A previsão para 2024 demonstra estabilização na métrica, com leve redução para 89 dias, refletindo potencialmente melhorias na gestão de cobranças ou mudanças nas condições de crédito aos clientes.

Ciclo operacional

Este indicador demonstrou uma redução significativa de 2020 para 2021, caindo de 352 para 280 dias, o que aponta uma maior eficiência operacional e melhorias na gestão de estoques e contas a receber. No entanto, essa métrica voltou a subir em 2022, chegando a 325 dias, e apresentou crescimento expressivo em 2023, atingindo 395 dias. A previsão de 2024 indica continuidade nesta tendência, com o ciclo operacional estimado em 418 dias, sugerindo uma combinação de fatores como aumento no tempo de gestão de estoques ou ampliação nos ciclos de recebimento, indicando possíveis desafios na eficiência operacional.

Índice de rotatividade a pagar

Observa-se uma variação no índice de rotatividade a pagar ao longo do período analisado. Houve um aumento de 3,41 em 2020 para 4,38 em 2021, indicando maior eficiência na rotação das contas a pagar nesse ano. Contudo, em 2022, houve uma redução para 3,43, retornando a níveis próximos ao início do período, o que sugere uma estabilidade relativa no ciclo de pagamento. Posteriormente, o índice apresenta uma tendência de queda, chegando a 2,73 em 2023 e a 2,61 em 2024, indicando uma maior duração dos prazos para pagamento das obrigações a pagar ao longo dos últimos anos.

Dias de rotação de contas a pagar

O número de dias para rotação de contas a pagar mostra uma evolução significativa. Em 2020, esse período era de 107 dias, reduzindo para 83 dias em 2021, o que aponta para uma melhora na eficiência de pagamento, acelerando o giro das obrigações. Em 2022, o tempo retornou a aproximadamente 106 dias, similar ao valor inicial, sugerindo uma estabilização nesse ciclo. No entanto, a partir de 2023, há um aumento contínuo, com 134 dias, seguido de um ligeiro incremento para 140 dias em 2024. Essa tendência sugere uma ampliação no prazo médio de pagamento, possivelmente refletindo estratégias de alongamento do ciclo de pagamento ou mudanças na política de fornecedores.

A análise dos indicadores de liquidez e eficiência operacional revela diversas tendências ao longo do período avaliado. Os dias de rotação de estoque apresentaram uma variação significativa, iniciando em 265 dias em 2020, reduzindo para 194 dias em 2021, antes de aumentar novamente para 237 dias em 2022. Após esse período, a tendência de aumento continua, atingindo 298 dias em 2023 e 329 dias em 2024, indicando uma deterioração na eficiência de gestão de estoque.

Quanto aos dias de rodízio de contas a receber, os números permaneceram relativamente estáveis, com leves oscilações, mantendo-se próximos de aproximadamente 86 a 88 dias em 2020 e 2021. Em 2022, houve uma leve elevação para 88 dias, seguida de um aumento progressivo em 2023 para 97 dias, e um pequeno recuo para 89 dias em 2024, sugerindo uma estabilidade moderada, mas com picos de maior duração na liquidação das contas a receber.

Os dias de rotação de contas a pagar demonstraram variações mais acentuadas. Em 2020, foram registrados 107 dias, seguidos de uma redução para 83 dias em 2021. Em 2022, houve um aumento para 106 dias, e a partir de então, os valores cresceram significativamente, chegando a 134 dias em 2023 e a 140 dias em 2024. Isso indica uma maior prolongação no período de pagamento às fornecedores ao longo do tempo.

O ciclo de conversão de caixa, que combina os dias de rotação de estoques, contas a receber e contas a pagar, demonstra uma tendência geral de alongamento. Após um ciclo de 245 dias em 2020, houve uma diminuição para 197 dias em 2021, seguido por um aumento para 219 dias em 2022. Em 2023, o ciclo se expandiu para 261 dias, alcançando 278 dias em 2024, sinalizando uma maior demora na conversão de investimentos em caixa final.

No conjunto, observa-se uma deterioração na eficiência operacional, especialmente na gestão de estoques e no ciclo de conversão de caixa, refletida pelo aumento persistente nos dias de rotação de estoque e no ciclo de conversão de caixa. A maior concentração de dias nos itens de contas a pagar sugere também uma estratégia de alongamento de prazos de pagamento, potencialmente visando melhorar a liquidez de curto prazo, embora essa tática possa impactar as relações comerciais e a necessidade de gerenciar cuidadosamente os impactos de tais mudanças.