Johnson Controls International plc (NYSE:JCI)

Ao analisar os indicadores de giro de estoque ao longo do período, observa-se uma tendência de redução no índice de giro, passando de 8,97 em 2019 para 6,42 em 2023. Consequentemente, o número de dias de rotação de estoque aumentou de 41 para 57 dias, indicando que os estoques estão sendo renovados com menor frequência, o que pode sugerir uma maior permanência de inventário ou uma modificação na estratégia de gerenciamento de estoques.

O índice de giro de recebíveis permaneceu relativamente estável, com pequenas oscilações, chegando a 4,46 em 2023. Os dias de rotação de contas a receber apresentaram estabilidade, variando entre 82 e 88 dias ao longo do período, refletindo uma consistência na gestão de recebíveis.

O índice de rotatividade a pagar apresentou uma ligeira diminuição de 4,74 em 2018 para 4,18 em 2023, com os dias de rotação de contas a pagar apresentando uma leve variação, chegando a 87 dias em 2023. Isso sugere uma leve tendência de alongamento no prazo médio de pagamento às fornecedores, o que pode impactar a liquidez de curto prazo.

No que refere ao giro de capital de giro, houve uma variação significativa, iniciando com um índice de 54,8 em 2018, diminuindo para 7,21 em 2019 e depois recoverando para picos de 56,72 em 2022, embora sem dados para 2023. Os ciclos operacionais permaneceram relativamente estáveis, variando entre 129 a 139 dias, indicando consistência na duração de todo o ciclo operacional ao longo dos anos.

O ciclo de conversão de caixa apresentou uma tendência de redução, passando de 58 dias em 2018 para 43 dias em 2022, com um aumento para 52 dias em 2023. Essa redução reflete uma melhora na eficiência na conversão de recursos em liquidez. Os dias de rotação de contas a pagar tendem a aumentar, indicando um alongamento no prazo de pagamento a fornecedores, o que pode contribuir para o aumento na liquidez de curto prazo, embora precise ser monitorado para evitar vulnerabilidades na relação com fornecedores.

O custo das vendas apresentou uma redução significativa entre setembro de 2018 e setembro de 2020, indicando uma possível melhora na eficiência operacional ou mudanças no mix de produtos ou serviços oferecidos. A partir de 2021, esse item voltou a crescer, atingindo um pico em 2023, o que pode refletir aumento nos custos de produção ou na intensidade de vendas.

Os inventários demonstraram uma tendência de queda de 2018 até 2020, o que sugere uma gestão eficiente de estoque ou uma redução na demanda. No entanto, a partir de 2021 esses valores retomaram crescimento contínuo, atingindo o nível mais alto em 2023. Isso pode indicar uma acumulação de estoque ou uma estratégia de gerenciamento de inventários para suportar o crescimento das vendas ou antecipar demandas futuras.

O índice de giro de estoque, que mede a frequência de reposição dos estoques em relação às vendas, apresentou alta de 2018 a 2019, sugerindo maior eficiência na utilização de estoques naquele período. Contudo, a partir de 2020, esse índice começou a declinar gradualmente, refletindo uma potencial desaceleração na rotatividade de estoques ou uma expansão dos níveis de inventário. O índice atingiu seu valor mais baixo em 2023, indicando uma menor eficiência na gestão de estoque relativamente ao volume de vendas.

A análise dos dados financeiros revela algumas tendências relevantes ao longo do período de cinco anos. As vendas líquidas apresentaram uma evolução positiva, registrando aumento gradual de aproximadamente 7,6% do último período em relação ao início de 2018 (de US$ 31,4 bilhões para US$ 26,8 bilhões). Embora tenha ocorrido uma queda significativa de 2018 para 2020, marcada por uma redução de mais de 7 bilhões de dólares, o valor das vendas se recuperou a partir de 2021, com crescimento contínuo até 2023, indicando uma retomada de crescimento nas operações comerciais. Em relação às contas a receber, observou-se uma redução de aproximadamente 24,9% entre 2018 e 2020, passando de US$ 7,1 bilhões para US$ 5,3 bilhões. Após esse período de declínio, houve uma estabilização e leve aumento, chegando a US$ 6 bilhões em 2023. Essa evolução sugere uma gestão mais eficiente na concessão de crédito ou uma mudança na base de clientes, refletindo possivelmente maior controle sobre o risco de inadimplência. O índice de giro de recebíveis demonstra uma melhora discreta ao longo do período, assessorado por flutuações. Em 2018, esse índice era de 4,44, atingindo um pico em 2022 com 4,58, o que evidencia uma maior eficiência na cobrança e na rotatividade dos recebíveis ao longo do período. Apesar de uma ligeira diminuição em 2023 para 4,46, mantém-se em patamar elevado, indicando uma gestão consistente na liquidação de contas a receber e na manutenção do ciclo de caixa. Em síntese, os dados sugerem que, apesar de desafios recentes que impactaram as vendas em 2020, a empresa conseguiu recuperar sua performance, consolidando uma gestão eficiente dos recebíveis e mantendo o índice de giro em níveis satisfatórios, o que contribui para uma estrutura financeira relativamente sólida diante do contexto operacional.

Ao analisar as tendências financeiras observadas no período de setembro de 2018 a setembro de 2023, alguns padrões relevantes podem ser destacados.

O custo das vendas apresenta uma evolução de alta ao longo dos anos, partindo de US$ 20.020 milhões em 2018 até atingir US$ 17.822 milhões em 2023. Apesar de uma redução entre 2018 e 2020, há uma recuperação do valor em 2021, seguida de um aumento contínuo até 2023, indicando uma tendência geral de crescimento nos custos relacionados à produção e comercialização de bens ou serviços.

As contas a pagar também apresentam um comportamento de aumento ao longo do período, passando de US$ 4.644 milhões em 2018 para US$ 4.268 milhões em 2023. Em particular, há uma redução significativa em 2019 e 2020, seguida de uma estabilização em torno de US$ 4.200 milhões a partir de 2021, sugerindo uma gestão relativamente consistente nesse item. O aumento de valores ao longo do período pode refletir uma expansão nos volumes de compras ou uma alteração nos prazos de pagamento negociados com fornecedores.

Quanto ao índice de rotatividade a pagar, observa-se relativa estabilidade ao longo dos anos, situando-se na faixa de aproximadamente 4,17 a 4,78. Houve uma ligeira redução de 4,74 em 2018 para 4,17 em 2021, seguida de uma leve variação para 4,18 em 2023. Essa estabilidade indica que a relação entre o custo das vendas e o volume de contas a pagar manteve-se bastante consistente, sinalizando uma gestão eficiente dos prazos de pagamento em relação ao giro de estoque e às vendas.

De modo geral, os dados revelam uma tendência de aumento nos custos das vendas e nos saldos de contas a pagar, acompanhada por uma estabilidade relativa na rotatividade a pagar, o que pode indicar uma estratégia de gestão financeira focada na manutenção de prazos de pagamento constantes, mesmo diante de incremento nos custos e volume de compras.

Ao analisar a evolução do capital de giro ao longo do período, observa-se uma trajetória bastante variável. De 2018 a 2019, houve um aumento expressivo, passando de 573 milhões de dólares para 3.323 milhões, indicando uma ampliação significativa na liquidez operacional. Em 2020, esse valor reduziu para 1.805 milhões, refletindo uma possível contenção ou ajuste na posição de capital de giro. A partir de então, houve uma queda constante até atingir uma posição negativa de -347 milhões de dólares em 2023, sugerindo uma possível pressão de liquidez ou necessidade de financiamento externo para sustentar operações.

Em relação às vendas líquidas, observa-se um crescimento consistente ao longo do período. Os valores aumentaram de 31.400 milhões de dólares em 2018 para 26.793 milhões de dólares em 2023, com uma leve oscilação em 2020, quando houve uma redução de aproximadamente 4,4%, possivelmente influenciada por fatores econômicos ou setoriais específicos. O crescimento contínuo até 2023 indica uma recuperação ou expansão da receita ao longo dos anos.

O índice de giro de capital de giro apresenta padrões distintos. Em 2018, esse índice foi bastante alto, em 54,8, o que sugere uma utilização eficiente do capital de giro em relação às vendas. No entanto, em 2019, houve uma forte redução para 7,21, indicando uma diminuição na eficiência de utilização do capital ou mudanças estruturais. Nos anos seguintes, o índice aumentou progressivamente, atingindo 12,36 em 2020 e 26,3 em 2021, refletindo uma recuperação na eficiência de uso do capital de giro. Ainda assim, a ausência do dado para 2023 impede uma avaliação definitiva do comportamento no último ano, embora o índice em 2022 tenha sido expressivo em 56,72, sinalizando uma alta eficiência de capital em relação às vendas nesse período.

Em síntese, a análise revela uma gestão de capital de giro que passou por períodos de fortalecimento e fragilidade, concomitante a uma tendência de crescimento nas vendas líquidas. O aumento do índice de giro de capital de giro em 2021 e 2022 sugere melhorias na eficiência operacional nesse aspecto. No entanto, a deterioração do saldo de capital de giro e a ocorrência de valores negativos em 2023 indicam desafios de liquidez que podem demandar atenção para manutenção da saúde financeira da operação.

O índice de giro de estoque apresentou uma tendência de aumento do período de 2018 até 2019, passando de 6,83 para 8,97, indicando uma maior eficiência na rotatividade do estoque nesse período. Após esse pico, houve uma redução consistente ao longo dos anos seguintes, chegando a 6,42 em 2023, o que sugere uma diminuição na eficiência de vendas ou aumento nos estoques armazenados.

Por outro lado, o número de dias de rotação de estoque seguiu uma trajetória oposta. Em 2018, esse indicador era de 53 dias, apresentando uma redução até 2019, atingindo 41 dias, o que corroborava a melhora na rotatividade de estoques. Em 2020, o período de rotação voltou a aumentar ligeiramente para 43 dias, permanecendo relativamente estável até 2021. A partir de 2022, observou-se uma progressiva elevação, chegando a 57 dias em 2023, refletindo uma maior duração na retenção de estoques na empresa.

De modo geral, a análise evidencia que, após um período de aumento na eficiência de rotatividade de estoques até 2019, a tendência subsequente indica uma perda de agilidade na renovação dos estoques, com o número de dias de rotação aumentando consideravelmente na última oportunidade avaliada. Esse comportamento pode estar relacionado a mudanças na estratégia de gestão de estoques, condições de mercado ou variações na demanda. A evolução dos indicadores sugere uma necessidade de monitoramento para entender possíveis impactos na liquidez e na eficiência operacional.

O índice de giro de recebíveis apresentou uma variação relativamente estável ao longo do período analisado, com pequenas oscilações ao redor de 4,2 vezes. Houve uma leve aumento em 2022, atingindo 4,58, indicando uma potencial melhoria na eficiência na recuperação de créditos, seguido por uma leve redução em 2023 para 4,46. Essas mudanças sugerem uma manutenção da eficácia na gestão de contas a receber, sem mudanças drásticas de performance.

Os dias de rodízio de contas a receber refletiram uma tendência semelhante, mantendo-se próximos aos 87 dias na maior parte do período, com uma redução significativa para 80 dias em 2022. Essa diminuição indica uma melhora na liquidez e na eficiência na coleta de recebíveis, contribuindo para uma gestão de capital de giro mais eficaz. Em 2023, os dias voltaram a subir ligeiramente para 82, aproximando-se do patamar anterior, o que pode indicar uma estabilização após a melhora observada em 2022.

Indicadores de liquidez e eficiência

Os índices indicam uma manutenção da eficiência na gestão de contas a receber, com melhorias pontuais em 2022, sugerindo esforços para acelerar a liquidez. As pequenas variações reforçam uma estabilidade na política de cobrança e gestão de crédito durante o período.

O período analisado revela uma tendência de aumento no ciclo operacional, que passou de 135 dias em 2018 para 139 dias em 2023, indicando uma leve extensão no tempo para a realização do ciclo completo de operações, podendo refletir mudanças na eficiência operacional ou na gestão de estoques e contas a receber.

O número de dias de rotação de estoque apresentou uma redução significativa de 53 dias em 2018 para 41 dias em 2019, seguido por uma estabilização próxima a essa faixa até 2021. Entretanto, a partir de 2022, há uma crescente contínua, chegando a 57 dias em 2023, sugerindo uma possível deterioração na eficiência do giro de estoques ou uma mudança na política de inventário.

Os dias de rodízio das contas a receber, por sua vez, exibiram uma relativa estabilidade ao longo do período, mantendo-se em torno de 82 a 88 dias. Após uma leve melhora de 88 dias em 2019 para 87 dias em 2020, há uma redução para 80 dias em 2022, indicando uma gestão mais eficiente na recuperação de créditos, embora essa melhora não seja mantida em 2023, quando o valor retorna a 82 dias.

No geral, a combinação desses indicadores sugere uma estabilidade relativa na gestão de contas a pagar e recebíveis, enquanto a eficiência na rotação de estoques experimentou um declínio recentemente. A extensão do ciclo operacional pode estar relacionada ao aumento no ciclo de estoque, o que pode impactar a liquidez e o capital de giro da empresa.

Ao analisar o índice de rotatividade a pagar ao longo do período de cinco anos, observa-se uma certa estabilidade, com variações marginais ao redor de 4, aproximadamente entre 4.17 e 4.78. Houve um leve aumento do índice de 4.54 em 2019 para 4.78 em 2020, seguido por uma diminuição nos anos seguintes, estabilizando-se em torno de 4 a 4.18 em 2022 e 2023. Essa tendência sugere uma relativa manutenção do volume de obrigações a pagar no horizonte financeiro da organização, refletindo possivelmente uma gestão coesa no ciclo de contas a pagar.

Já no que diz respeito aos dias de rotação de contas a pagar, houve uma variação mais perceptível. Em 2018, esse período foi de 77 dias, aumentando para 80 dias em 2019. A partir de então, houve uma redução em 2020 para 76 dias, indicando uma rotação mais rápida talvez devido a melhorias na gestão de pagamentos. Contudo, a partir de 2021, observou-se uma tendência de aumento progressivo, alcançando 88 dias e posteriormente estabilizando em 91 dias em 2022, antes de uma leve redução para 87 dias em 2023. Essa elevação no número de dias sugere uma extensão no prazo médio de pagamento, indicando possível negociação de prazos mais longos com fornecedores ou uma estratégia de gestão de liquidez que visa otimizar o fluxo de caixa.

Em síntese, a análise revela uma estabilidade no índice de rotatividade a pagar com pouca variação ao longo do tempo, enquanto o período de rotação de contas a pagar apresentou um aumento substancial, sobretudo a partir de 2021, refletindo uma possível mudança na política de gestão de pagamentos ou condições contratuais com fornecedores. Ambas as tendências indicam um entendimento consistente do ciclo financeiro a curto prazo, com a gestão mantendo o controle sobre os prazos de pagamento em um cenário de variações no comportamento de liquidez.

Dias de rotação de estoque

Observa-se um aumento gradual nesse indicador ao longo do período analisado, passando de 53 dias em 2018 para 57 dias em 2023. Essa tendência sugere uma maior permanência dos estoques, o que pode indicar uma elevação no nível de inventários ou uma mudança na estratégia de gestão de estoques.

Dias de rodízio de contas a receber

Esse indicador apresenta variações menores, mantendo-se aproximadamente na faixa de 80 a 88 dias. Houve um leve aumento de 82 dias em 2018 para 88 dias em 2019, seguido de estabilidade até 2021, e uma redução para 80 dias em 2022, retornando a 82 dias em 2023. Essa estabilidade sugere consistência na política de crédito e na gestão de recebíveis.

Dias de rotação de contas a pagar

O período de pagamento apresenta uma tendência de aumento, passando de 77 dias em 2018 para 87 dias em 2023. Notavelmente, há um pico em 2021, com 88 dias, indicando uma possível estratégia de alongar prazos de pagamento nesse período, seguida de uma estabilização na faixa de 87 dias. Essa mudança pode refletir tentativas de melhorar o fluxo de caixa ou negociações com fornecedores.

Ciclo de conversão de caixa

Este indicador mostra uma redução de 58 dias em 2018 para 43 dias em 2022, indicando uma maior eficiência na conversão de recursos em caixa ao longo do tempo. Contudo, há uma reversão em 2023, com o ciclo aumentando para 52 dias, o que poderia sugerir uma leve deterioração na gestão de liquidez ou uma alteração nas práticas operacionais.