Johnson Controls International plc (NYSE:JCI)

Ao longo do período analisado, o lucro operacional líquido após impostos apresentou variações relevantes, com um pico de 4.48 bilhões de dólares em 2020, evidenciando um impacto possivelmente decorrente de fatores extraordinários ou de uma reestruturação interna. Após esse ponto alto, observa-se uma redução pronunciada em 2021, seguida de recuperação modesta em 2022 e 2023, com valores próximos a 1.89 bilhões de dólares em 2023.

O capital investido exibiu uma tendência de redução significativa até 2020, passando de aproximadamente 35,2 bilhões de dólares em 2018 para cerca de 29,3 bilhões em 2020, indicando possivelmente desinvestimentos ou otimizações do ativo. A partir de então, manteve-se relativamente estável, rondando os 29,4 bilhões de dólares até 2023, sugerindo um nivelamento do investimento fixo e consumidores de recursos ao longo do período.

O rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC), que mede a eficiência na utilização do capital investido para gerar lucro, demonstrou estabilidade na maior parte do período, variando entre 6.18% e 7.1%. Contudo, em 2020, houve uma queda acentuada para 1.53%, reflexo possivelmente de uma diminuição significativa na eficiência operacional ou de um impacto pontual na rentabilidade, correlacionado ao aumento do lucro na referida data. Após 2020, o ROIC retomou o patamar de cerca de 6.3% a 6.4%, indicando uma recuperação na eficiência operacional e na utilização do capital.

De maneira geral, os dados sugerem uma empresa que passou por um período de crescimento de lucratividade até 2020, seguido de uma fase de ajuste ou crise que impactou seus indicadores de eficiência e retorno sobre o capital. No entanto, houve sinais de recuperação na rentabilidade operacional e na eficiência na utilização do capital investido nos anos subsequentes. O aumento do lucro em 2020, mesmo com estabilidade do investimento, indica melhora na margem operacional ou em outros fatores de produtividade, enquanto a estabilidade do capital investido após 2020 demonstra uma estratégia de manutenção de ativos enquanto se busca equilíbrio na rentabilidade.

Ao analisar as tendências de indicadores financeiros ao longo do período de seis anos, observa-se uma variação significativa na margem de lucro operacional (OPM). Entre 2018 e 2021, a margem apresentou uma forte queda, atingindo 5,03% em 2020, refletindo possível impacto de fatores econômicos ou operacionais adversos. Contudo, a partir de 2021, há uma recuperação notável, com a margem ascendendo para 12,34%, e mantendo-se relativamente estável em torno de 8,48% até 2023, indicando uma possível melhora na eficiência operacional ou na margem de lucro líquida.

O rácio de rotação de capitais (TO) demonstra uma tendência de crescimento constante ao longo do período, passando de 0,89 em 2018 para 0,92 em 2023. Este aumento sugere uma melhora na eficiência na utilização do capital investido, indicando que a empresa consegue gerar mais receita com o mesmo nível de capital ou com uma gestão mais eficiente dos ativos.

No que diz respeito à taxa efetiva de imposto (CTR), a variação é bastante acentuada e imprevisível. O valor atinge um pico de 161,09% em 2019, indicando provavelmente um erro de cálculo ou um efeito contábil extraordinário, o que inviabiliza uma interpretação direta. Em geral, os valores relativos a essa métrica mostram grande volatilidade, com taxas que variam de aproximadamente 39,88% a 161,09%, dificultando uma análise consistente. Essa alta volatilidade pode refletir mudanças na política tributária, reconhecimento de créditos fiscais ou ajustes contábeis pontuais.

Quanto ao retorno sobre o capital investido (ROIC), observa-se uma tendência de recuperação após uma queda acentuada em 2020, quando atingiu apenas 1,53%. Desde então, o indicador estabilizou-se em torno de 6,3% a 6,4%, demonstrando uma permanência moderada na rentabilidade do capital investido. Essa estabilidade sugere que, apesar das flutuações no período, a empresa mantém uma capacidade razoável de gerar retorno sobre seus investimentos, embora os valores não indiquem uma rentabilidade elevada ou consistente em todos os anos.

Ao analisar as tendências dos dados financeiros da empresa ao longo do período de seis anos, observa-se um padrão de variações na lucratividade e nas vendas líquidas ajustadas.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Houve um aumento significativo de 2019 para 2021, atingindo um pico de 2.946 milhões de dólares em 2021. No entanto, após esse período, verificou-se uma redução em 2022, fechando em 2.019 milhões, seguida por uma ligeira recuperação em 2023, somando 2.287 milhões. Essa evolução sugere uma fase de crescimento até 2021, com um recuo subsequente e uma possível tentativa de estabilização.

Vendas líquidas ajustadas

As vendas apresentaram crescimento contínuo desde 2020, passando de aproximadamente 22.345 milhões de dólares em 2020 para 26.985 milhões em 2023. Apesar de uma queda de 2018 para 2019, a tendência de longo prazo indica uma recuperação e expansão no volume de negócios, reforçada pela trajetória ascendente recente.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

O percentual de margem operava em 10,76% em 2018, caindo para 5,49% em 2019 e para 5,03% em 2020, refletindo uma redução na eficiência operacional ou aumento de custos relativos às vendas no período. Em 2021, observou-se uma recuperação para 12,34%, indicando uma melhora na margem de lucro operacional naquele ano. Contudo, nos anos seguintes, a margem decresceu para 7,94% em 2022 e se estabilizou em 8,48% em 2023. Essa oscilação sugere dificuldades temporárias na gestão de custos ou mudanças no mix de produtos, embora tenha havido uma tentativa de reequilíbrio.

Em síntese, a análise revela uma fase inicial de retração na lucratividade até 2020, seguida por um período de recuperação em 2021 e subsequente estabilização com variações moderadas nas margens e crescimento contínuo das vendas. Esses padrões indicam uma empresa que enfrentou desafios de eficiência operacional, mas que buscou se recuperar após os anos de menor margem, mantendo um crescimento constante em receitas.

O período analisado apresenta uma tendência de aumento nas vendas líquidas ajustadas ao longo de seis anos, passando de US$ 31.447 milhões em 2018 para US$ 26.985 milhões em 2023. Apesar de uma queda significativa de 2018 para 2019, as vendas estabilizaram-se posteriormente, demonstrando crescimento gradual de 2020 a 2023, o que indica uma recuperação ou estabilização das receitas ao longo do tempo.

O capital investido apresentou queda de US$ 35.173 milhões em 2018 para US$ 29.496 milhões em 2022, com uma ligeira redução de US$ 29.496 milhões em 2022 para US$ 29.464 milhões em 2023. Essa estabilidade sugere que a empresa conseguiu manter o nível de investimentos ao longo do período mais recente, mesmo com variações anteriores.

O rácio de rotação de capitais, que mede a eficiência no uso do capital investido para gerar vendas, mostrou melhora contínua ao longo do período. O índice aumentou de 0.89 em 2018 para 0.92 em 2023, indicando maior eficiência na utilização do capital investido para gerar receitas, especialmente após 2020, quando houve uma tendência de recuperação após períodos de estabilidade. Esse aumento sugere uma gestão mais eficiente dos recursos, refletida na maior conversão de capital investido em vendas.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o saldo de impostos operacionais de caixa teve variações consideráveis ao longo do período. Houve um pico negativo em setembro de 2019, chegando a -US$ 806 milhões, seguido de uma recuperação e crescimento contínuo nos anos subsequentes, atingindo US$ 395 milhões em setembro de 2023. Essa oscilação indica períodos de ajuste nos impostos de caixa, possivelmente relacionados a mudanças na legislação, estratégias fiscais ou variações nos lucros.

O lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT) apresentou uma tendência de recuperação após uma queda significativa em 2019. Em setembro de 2018, o valor foi de US$ 3.385 milhões, caindo para US$ 1.320 milhões em 2019, e atingindo um ponto mais baixo em 2020 com US$ 1.124 milhões. No entanto, a partir de 2021, esse indicador apresentou crescimento ativo, atingindo US$ 2.946 milhões e US$ 2.019 milhões em 2022, e estabilizando em US$ 2.287 milhões em 2023. Essa tendência sugere uma melhora na lucratividade operacional ao longo do período, especialmente após a crise de 2020.

A taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR) demonstrou grande volatilidade. Em 2018, apresentou uma taxa de 35,74%, indicando uma carga tributária relativamente elevada. Em 2019, essa taxa negativa de -61,09% aponta para uma possível reversão ou ajuste tributário extraordinário que impactou os impostos pagos. Desde então, a CTR recuperou-se, variando entre 29,24% em 2021, atingindo uma baixa de 7,86% em 2022, e retornando a 17,28% em 2023. Essas oscilações refletem a complexidade das estratégias fiscais e possíveis mudanças na legislação tributária ou na efetividade da organização em gerir suas obrigações fiscais ao longo dos anos.

De modo geral, o período analisado revela uma recuperação na lucratividade operacional e uma melhora na gestão de impostos de caixa após períodos de instabilidade, indicando uma possível estabilização e adaptação às condições fiscais e de mercado ao longo do tempo.