Thermo Fisher Scientific Inc. (NYSE:TMO)

Ao analisar a composição do passivo e do patrimônio líquido ao longo de cinco anos, observa-se que a empresa mantém uma estrutura financeira relativamente estável, com algumas tendências relevantes.

O percentual do passivo total dedicado às obrigações de longo prazo, excluindo vencimentos correntes, apresentou um aumento de 27,67% em 2020 para 33,99% em 2021, atingindo um pico de 31,71% em 2023, antes de uma redução para 29,86% em 2024. Essa variação sugere uma maior concentração de passivos de longo prazo em 2021, com uma posterior redução, indicando possível refinanciamento ou redução na dependência de dívidas de longo prazo.

Já as obrigações de curto prazo, representadas pelo item passivo circulante, mostraram uma oscilação, iniciando em 14,92% em 2020, caindo para 14,12% em 2021, atingindo o valor mais alto de 17,51% em 2022, e posteriormente diminuindo para cerca de 13,7% em 2024. Essa tendência indica que, embora haja momentos de aumento na participação de obrigações de curto prazo, há um esforço geral de estabilização ou de aumento na proporção de passivos de longo prazo ao longo do período.

O percentual total do passivo em relação ao total do passivo, participação não controladora, e patrimônio líquido aumentou significativamente de aproximadamente 50% em 2020 para cerca de 56,92% em 2021, e posteriormente reduziu para cerca de 48,96% em 2024. Essa alteração sugere uma maior alavancagem em 2021, seguida de uma correção ou redução na dependência de financiamentos de terceiros ao longo do tempo.

O patrimônio líquido total, como percentual do passivo, teve uma evolução ascendente, passando de 49,97% em 2020 para 50,95% em 2024, demonstrando uma crescente participação dos recursos próprios na estrutura de financiamento. Em especial, os lucros não distribuídos sofreram aumento expressivo, de 40,72% em 2020 para 54,56% em 2024, indicando uma retenção de resultados, possivelmente para reinvestimento ou fortalecimento patrimonial.

O capital superior ao valor nominal permaneceu relativamente estável em torno de 17% ao longo do período, enquanto a participação das ações preferenciais não foi reportada. A participação de itens como estoques de tesouraria a custo apresentou uma tendência de redução, de -9,87% em 2020 para -19,76% em 2024, indicando uma aquisição ou aumento de atividades de recompra de ações, que podem influenciar na valorização das ações ou na estrutura de capital.

Por fim, as responsabilidades contratuais apresentaram incremento de 1,84% em 2020 para 2,93% em 2024, enquanto as outras despesas acumuladas permaneceram relativamente estáveis, contribuindo para a estabilidade na composição dos passivos de longo prazo. O imposto de renda diferido reduziu seu percentual de 2,6% para aproximadamente 1,3%, refletindo possíveis mudanças na base tributária ou em estratégias fiscais.

Em síntese, a análise demonstra uma empresa que, ao longo dos anos, vem ajustando sua estrutura de passivos, aumentando sua participação de recursos próprios e mantendo uma gestão equilibrada dos seus compromissos de curto e longo prazo, evidenciando uma estratégia potencial de fortalecimento patrimonial e redução de dependência de dívidas de longo prazo.