Boeing Co. (NYSE:BA)

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

Os dados mostram uma tendência de deterioração contínua na lucratividade operacional ao longo do período analisado. Em 2020, o resultado foi altamente negativo, com uma perda de US$ 8.306 milhões, que melhorou em 2021, reduzindo a prejuízo para aproximadamente US$ 2.649 milhões. Contudo, essa melhora não se sustentou, e a perda se manteve relativamente estável em 2022, com US$ 2.910 milhões. Em 2023, a empresa alcançou uma quase recuperação, com prejuízo quase inexistente, de apenas US$ 77 mil, indicando uma recuperação quase total na operação. Entretanto, em 2024, houve uma deterioração significativa, culminando em uma perda expressiva de US$ 10.234 milhões, que representa uma reversão acentuada do cenário anterior.

Capital investido

O capital investido apresentou uma variação ao longo do período, inicialmente crescendo de US$ 47.630 milhões em 2020 para US$ 50.833 milhões em 2022, seguido de uma redução para US$ 44.883 milhões em 2023. Em 2024, ocorreu um aumento para US$ 50.250 milhões. Essas alterações indicam ajustes na base de recursos empregados na operação, possivelmente refletindo movimentos estratégicos, investimentos, ou ajustes na estrutura de capital.

Rácio de rendibilidade do capital investido (ROIC)

O ROIC reflete uma evolução preocupante ao longo do período. Em 2020, o indicador era extremamente negativo em -17,44%, indicando que a geração de retorno sobre o capital investido era insuficiente para cobrir o custo de capital. Apesar de uma melhora inicial em 2021 (-5,36%) e 2022 (-5,73%), a margem de retorno permaneceu negativa e relativamente estável nesses anos. Em 2023, a proporção quase zerou, chegando a -0,17%, sugerindo um ponto de recuperação ou de estabilidade próxima do empate. Contudo, em 2024, a rentabilidade caiu drasticamente para -20,37%, reforçando uma deterioração severa na eficiência da utilização do capital, associada à expressiva perda operacional daquele ano.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Ao longo do período analisado, observa-se uma melhora significativa na margem operacional, partindo de um índice negativo de -20,02% em 2020 até alcançar um ponto positivo de 0,85% em 2023. No entanto, há uma queda acentuada em 2024, retornando a uma margem negativa de -14,62%. Essa tendência indica alguma recuperação operacional intermediária, seguida de uma deterioração no último ano avaliado.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio de rotação de capitais revela uma tendência geral de incremento até 2023, passando de 1,22 em 2020 para um pico de 1,73. Em 2024, há uma redução para 1,32, porém ainda acima do valor de 2020, indicando uma maior eficiência na utilização dos ativos ao longo dos anos, com uma ligeira retração no último período.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

O índice permanece estável em 100% em 2020, 2021 e 2022, refletindo uma consistência na carga tributária. Em 2023, há uma anomalia com uma taxa negativa de -11,76%, o que pode indicar uma reversão de impostos ou alguma tributação excepcional, enquanto que em 2024, volta a 100%, sugerindo uma normalização na política tributária da entidade.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

O ROIC demonstra uma deterioração contínua ao longo do período, com valores negativos de -17,44% em 2020 até atingir -0,17% em 2023, sugerindo uma melhora na eficiência do uso do capital. Entretanto, em 2024, há um declínio acentuado, chegando a -20,37%, indicando uma redução significativa na rentabilidade sobre o capital investido e uma possível deterioração no desempenho financeiro global.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Os dados refletem uma volatilidade significativa ao longo do período analisado. Em 2020, a empresa apresentou um prejuízo expressivo, seguido de uma melhora em 2021 e 2022, com resultados negativos menores. No entanto, no ano de 2023, ocorreu um retorno ao lucro, embora modesto. Em 2024, a empresa voltou a registrar prejuízo, indicando uma instabilidade na rentabilidade operacional ao longo dos anos. Essa oscilação sugere dificuldades na manutenção de resultados positivos consistentes.

Receitas

As receitas demonstraram uma tendência de crescimento contínuo até 2023, atingindo o pico nesse ano. No entanto, houve uma redução expressiva em 2024, retornando ao nível próximo ao de 2021, o que indica uma retração da receita após o período de maior demanda ou geração de receita. Essa dinâmica sugere potencial impacto de fatores externos ou internos que afetaram a geração de receitas na última avaliação.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

O índice de margem operacional exibiu uma deterioração drástica de aproximadamente -20% em 2020 para cerca de -3% em 2021 e 2022, demonstrando uma melhora relativa nesses anos intermediários. Contudo, em 2023, o índice mostrou-se levemente positivo, sinalizando uma tentativa de recuperação na rentabilidade operacional. Em 2024, o índice voltou a apresentar uma forte queda, para aproximadamente -14,62%, refletindo uma piora na margem de lucro operacional, possivelmente alinhada às quedas de receita e prejuízos registrados nesse ano.

De modo geral, os dados indicam um período de altos e baixos na performance financeira, com dificuldades de manter resultados positivos de forma consistente e uma tendência de redução de receitas e margens nos últimos anos, sobretudo em 2024. Essas variações sugerem que a empresa enfrentou desafios que impactaram sua rentabilidade e estabilidade financeira ao longo do período avaliado.

Receitas:

Observa-se um crescimento consistente nas receitas ao longo do período de 2020 a 2023, com um aumento de aproximadamente 16,4% de 2020 (US$ 58,158 milhões) para 2023 (US$ 77,794 milhões). No entanto, há uma significativa redução de receitas em 2024, com o valor caindo para aproximadamente US$ 66.517 milhões, representando uma diminuição de cerca de 14,5% em relação a 2023. Essa reversão pode indicar um desafio ou ajuste no desempenho financeiro da empresa no último ano analisado.

Capital investido:

O capital investido manteve-se relativamente estável entre 2020 (US$ 47.630 milhões) e 2022 (US$ 50.833 milhões), indicando uma estabilidade nos recursos aplicados na operação. Em 2023, houve uma redução significativa, chegando a US$ 44.883 milhões, antes de retornar a um nível similar ao de 2022 em 2024 (US$ 50.250 milhões). Essa flutuação sugere ajustes na alocação de recursos ou na estratégia de investimento ao longo dos anos.

Rácio de rotação de capitais (TO):

O rácio de rotação de capitais apresentou uma tendência de aumento de 1.22 em 2020 para 1.31 em 2022, indicando uma maior eficiência na utilização do capital investido para gerar receitas. Entre 2022 e 2023, houve um aumento acentuado até 1.73, o que reforça a melhoria na eficiência operacional nesse período. Entretanto, em 2024, o rácio retornou a 1.32, aproximando-se novamente do nível de 2022, o que pode sugerir uma estabilização ou uma leve diminuição na eficiência da utilização do capital nesse último ano.

De modo geral, os padrões revelam crescimento nas receitas e melhorias na eficiência na maior parte do período, seguidas por ajustes e estabilizações nos anos finais. A diminuição nas receitas em 2024 é um ponto de atenção, podendo refletir dificuldades operacionais, mudanças de mercado ou outros fatores externos. O comportamento do rácio de rotação de capitais indica que a gestão tem se mostrado cada vez mais eficaz até o pico em 2023, antes de regredir para níveis anteriores no último ano analisado.

Impostos operacionais de caixa

Os impostos operacionais de caixa apresentaram uma variação significativa ao longo dos anos, passando de um valor negativo de aproximadamente US$ -3.337 milhões em 2020, indicando uma saída de caixa relacionada a impostos, para um saldo positivo de US$ 676 milhões em 2021. Este cenário sugere uma recuperação ou reembolso de impostos, seguido por valores positivos moderados de US$ 588 milhões em 2022, aumento para US$ 736 milhões em 2023, e uma redução para US$ 508 milhões em 2024. Tal evolução aponta para melhor eficiência na gestão de obrigações fiscais, embora haja flutuações anuais no fluxo de caixa associado.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

O indicador do lucro operacional antes de impostos revelou uma forte instabilidade. Em 2020, o valor negativo de aproximadamente US$ -11.643 milhões demonstra prejuízo operacional. Houve uma significativa melhora em 2021 e 2022, com valores negativos menores de US$ -1.973 milhões e US$ -2.323 milhões respectivamente, indicando uma diminuição das perdas nesse período. Contudo, em 2023, houve um lucro operacional líquido positivo de US$ 658 milhões, sinalizando recuperação e potencial retorno à rentabilidade operacional. Em 2024, contudo, o resultado voltou a uma posição negativa expressiva, com prejuízo de US$ -9.725 milhões, indicando um retrocesso na performance operacional e levantando atenção para fatores que impactaram novamente a lucratividade.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

Apenas em 2024, a taxa efetiva de imposto foi registrada, apresentando um valor elevado de 111,76%. Este dado sugere uma carga tributária desproporcional ou ajustes específicos relacionados ao período, podendo refletir impostos diferidos ou encargos extraordinários impostos. A ausência de informações para os anos anteriores impede uma análise de tendência, porém, o valor elevado em 2024 é relevante, pois impacta diretamente o resultado líquido e a percepção de eficiência fiscal da empresa nesse ano.