Eli Lilly & Co. (NYSE:LLY)

Ao analisar os dados financeiros apresentados ao longo dos trimestres, observa-se uma variação significativa na rentabilidade e nos custos operacionais da empresa ao longo do período, refletindo diferentes dinâmicas de mercado e estratégias empresariais.

Desde o primeiro trimestre de 2020 até o último trimestre de 2024, a margem bruta permaneceu relativamente elevada, oscilando entre aproximadamente 76% a 84%. Houve uma tendência de crescimento ao final do período, atingindo o pico de 84,27% no último trimestre de 2024, indicando uma melhora na eficiência de produção ou uma gestão mais eficaz de custos de vendas.

Por outro lado, os custos das vendas apresentaram uma tendência de redução percentual em relação à receita, saindo de uma média próxima a -20,74% no primeiro trimestre de 2020 para uma média próxima a -15,73% no último trimestre de 2024. Essa redução contribui para o aumento da margem bruta ao longo do tempo.

Em relação às despesas operacionais, destaca-se que as despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D) tiveram uma relação percentual relativamente constante, variando entre cerca de -21,44% e -28,77%, com alguns picos negativos mais pronunciados em certos períodos, como o último trimestre de 2024 (-31,32%). Apesar dessas variações, o percentual de P&D manteve-se elevado, refletindo o foco contínuo na inovação.

Os gastos com marketing, vendas e administração apresentaram uma certa volatilidade, com índices variando de aproximadamente -17,7% a -27,33%. Notavelmente, no último trimestre de 2024, esse item ficou próximo de -17,7%, indicando uma possível contenção de despesas ou uma otimização dessas áreas.

Observa-se uma forte oscilação na proporção de receitas provenientes de itens extraordinários ou relacionados ao processo de aquisição de P&D, com destaque para o último trimestre de 2024, quando a imparidade de ativos, reestruturações ou encargos especiais atingiram aproximadamente -24,71%. Tais itens podem indicar investimentos, readequações de ativos ou ajustes contábeis pontuais.

O resultado operacional demonstrou uma tendência de alta substancial, especialmente nos últimos trimestres, alcançando até 44,14% no último período de 2024. Essa melhora certamente se deve ao aumento da margem bruta e à contenção de despesas operacionais, refletindo uma gestão mais eficiente da operação.

Rendimentos antes do imposto de renda também apresentaram crescimento ao longo do período, atingindo cerca de 43,56% do percentual de receita no último trimestre de 2024, consolidando uma posição financeira mais robusta antes da dedução de impostos.

O segmento de imposto de renda revelou uma relação percentual negativa, crescendo na proporção de despesas fiscais em relação à receita em determinados trimestres, chegando a até -7,17% no final de 2024. Essa variação pode estar relacionada a mudanças na legislação fiscal, benefícios fiscais ou ajustes de provisões.

Por fim, o lucro líquido apresentou uma forte recuperação e crescimento em relação ao período inicial, passando de níveis negativos ou próximos a zero em alguns trimestres finais de 2024, para atingir até 36,38% de margem líquida no último trimestre de 2024. Essa melhora indica uma tendência de alta na rentabilidade final, apoiada pelo crescimento operacional e pela gestão eficiente das despesas gerais.

De modo geral, o período analisado revela uma empresa com melhoria contínua em sua margem operacional e líquida, aliado a uma gestão controlada dos custos de vendas e despesas operacionais, além de uma ênfase constante em pesquisa e desenvolvimento. Os resultados finais reforçam uma tendência de fortalecimento e aumento na eficiência financeira ao longo do tempo, culminando em uma expressiva margem líquida no fechamento de 2024.