Bristol-Myers Squibb Co. (NYSE:BMY)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se que o caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais apresentou um crescimento de aproximadamente 8,2% de 2020 (US$ 14.052 milhões) para 2021 (US$ 16.207 milhões), seguido de uma redução de cerca de 19,5% em 2022 (US$ 13.066 milhões). Nos anos subsequentes, houve uma recuperação, com um aumento de aproximadamente 6,1% em 2023 (US$ 13.860 milhões) e uma expansão significativa de cerca de 9,6% em 2024 (US$ 15.190 milhões), atingindo o maior valor no período analisado.

O fluxo de caixa livre para a empresa mostrou comportamento semelhante, com um incremento de aproximadamente 13,4% de 2020 (US$ 14.563 milhões) para 2021 (US$ 16.533 milhões). Assim como o caixa gerado pelas operações, houve uma queda de cerca de 20,7% em 2022 (US$ 13.100 milhões). Posteriormente, o fluxo de caixa livre também apresentou recuperação, crescendo cerca de 5,2% em 2023 (US$ 13.795 milhões) e chegando a um aumento de aproximadamente 11,3% em 2024 (US$ 15.364 milhões).

De modo geral, os indicadores demonstram uma estabilidade relativa na geração de caixa operacional e de fluxo de caixa livre ao longo do período, com uma queda em 2022 que pode indicar efeitos de mercado ou desafios temporários, seguido de uma retomada consistente. Os aumentos observados nos anos finais sugerem uma melhora na eficiência operacional ou estratégias de gestão de recursos que contribuíram para um fortalecimento do caixa da empresa. Essas tendências indicam uma posição financeira relativamente sólida, com capacidade de gerar caixa consistente ao longo do tempo, especialmente na recuperação de 2022 para os anos seguintes.

Alíquota efetiva do imposto de renda (EITR)

Observa-se uma variação significativa na alíquota efetiva do imposto de renda ao longo dos anos analisados. Em 2020, a alíquota atingiu 21%, diminuindo para 13,4% em 2021, uma redução considerável que indica uma possível mudança na composição fiscal ou estratégias de planejamento tributário. Em 2022, houve uma leve alta para 17,7%, seguida por uma redução substancial para 4,7% em 2023, sugerindo efeitos de descontos fiscais, provisões ou ajustes específicos. Em 2024, a alíquota retorna a 21%, indicando uma reversão possivelmente devido a mudanças na legislação, reconhecimento de impostos diferidos ou reavaliações fiscais.

Pagamentos de juros, líquidos de impostos

Os pagamentos líquidos de juros permaneceram relativamente estáveis entre 2020 e 2021, com valores de aproximadamente 1.264 milhões a 1.299 milhões de dólares. Em 2022, houve uma redução para 1.152 milhões, acompanhando uma tendência de leve diminuição nesse período; nos anos subsequentes, 2023 e 2024, os valores se mantiveram constantes perto de 1.144 milhões e 1.422 milhões, respectivamente. Essa estabilidade sugere uma política consistente de endividamento e pagamento de juros, com um aumento notável em 2024 que pode indicar maior endividamento ou ajustes nos custos financeiros, possivelmente relacionados ao cenário econômico ou estratégias corporativas.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se que o valor da empresa (EV) apresentou um crescimento consistente de 2020 até 2022, passando de US$ 169.334 milhões para US$ 181.761 milhões. Contudo, houve uma redução significativa em 2023, quando o valor caiu para US$ 126.048 milhões. Em 2024, houve uma recuperação parcial, elevando-se para US$ 152.789 milhões, ainda abaixo do pico de 2022, mas acima de 2023.

O fluxo de caixa livre para a empresa (FCFF) apresentou estabilidade e crescimento moderado ao longo do período. Em 2020, o FCFF foi de US$ 14.563 milhões e cresceu para US$ 16.533 milhões em 2021. Em 2022, houve uma decréscimo para US$ 13.100 milhões, seguida por uma recuperação suave em 2023, alcançando US$ 13.795 milhões. Em 2024, o FCFF voltou a crescer, atingindo US$ 15.364 milhões, demonstrando uma tendência de recuperação dos fluxos de caixa.

Razão EV/FCFF

A relação EV/FCFF variou ao longo do período, indicando alterações na avaliação do valor da empresa em relação ao fluxo de caixa livre gerado. Em 2020, essa relação foi de 11,63, diminuindo para 10,52 em 2021, o que sugere uma valorização relativa do fluxo de caixa. Entretanto, em 2022, a relação aumentou para 13,87, apontando uma potencial desvalorização ou maior expectativa de crescimento futuro. Em 2023, essa relação reduziu para 9,14, indicando uma melhora na avaliação relativa considerando o fluxo de caixa, enquanto em 2024, aumentou ligeiramente para 9,94.

De modo geral, a análise mostra um período de crescimento e valorização até 2022, seguido por uma desaceleração e posterior recuperação em 2024. As variações nas relações financeiras reforçam a necessidade de monitorar continuamente os fatores de mercado, fluxo de caixa e valor de mercado para uma compreensão mais aprofundada do desempenho financeiro da empresa ao longo do tempo.