Fiserv Inc. (NASDAQ:FISV)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência geral de aumento nos rácios de avaliação financeira, indicando uma valorização do mercado em relação aos indicadores subjacentes da empresa.

No que tange ao rácio preço/lucro líquido (P/E), houve um incremento significativo a partir do início de 2017, com valores estabelecendo-se ao redor de 23,57 e 19,88 nos períodos seguintes, apresentando picos de até aproximadamente 82,54 em 2019. Após esse pico, observa-se uma tendência de redução, chegando aos valores mais baixos em 2022, próximo de 39,85, sugerindo potencialmente uma maior percepção de risco ou melhora nos lucros da empresa.

O índice preço/resultado operacional (P/OP) seguiu uma trajetória semelhante, apresentando aumento contínuo até atingir picos próximos de 47,73 em meados de 2019, seguido por uma tendência de queda. Essa redução ao longo do tempo pode refletir melhorias na eficiência operacional, redução dos múltiplos de avaliação ou mudanças no mercado.

Observa-se também uma elevação no rácio preço/receita (P/S), que ampliou seus valores até aproximadamente 9,69 em 2019, indicando que o mercado passou a valorizar a receita da empresa de forma mais expressiva ao longo do período analisado. No entanto, o índice apresentou uma pequena redução em 2022, ficando em torno de 4,08, o que pode refletir uma maior valorização dos resultados em relação às receitas.

O rácio preço/valor contabilístico (P/BV) evidenciou um aumento expressivo até 2019, atingindo valores acima de 15, o que sugere uma valorização do mercado em relação ao patrimônio líquido da empresa. De 2020 em diante, houve uma queda acentuada para valores próximos de 2, de modo que a relação estabilizou na faixa de 2,0 a 2,2 ao longo do restante do período, indicando uma revalorização do patrimônio ou uma redução na percepção de risco associada ao ativo.

Em síntese, os indicadores avaliam uma tendência de elevação nos múltiplos de mercado até 2019, seguida por uma estabilização ou leve redução a partir de 2020, apontando possíveis mudanças na percepção de risco, na rentabilidade ou na valorização do ativo ao longo do período. As variações nesses índices sugerem uma dinâmica de crescimento acompanhada de ajustes de mercado, refletindo melhorias nos resultados operacionais e na avaliação do mercado quanto à empresa.

O período analisado revela uma tendência de crescimento no preço das ações, que passou de aproximadamente US$ 59,95 em março de 2017 para um pico de US$ 123,42 em março de 2022. Essa valorização indica uma percepção positiva do mercado em relação à empresa, possivelmente refletindo melhorias de desempenho, inovação ou confiança na estratégia de negócios durante esse intervalo.

No que tange ao lucro por ação (EPS), houve um aumento significativo ao longo do tempo, saindo de valores não disponíveis até o trimestre de junho de 2018, quando atingiu 3,02 dólares. Desde então, apresentou uma trajetória de crescimento, alcançando 2,63 dólares no último trimestre de março de 2022. Essa evolução sugere uma melhora consistente na rentabilidade da empresa, consolidando sua capacidade de gerar lucros por ação ao longo do período avaliado.

O índice Preço/Lucro (P/E) apresentou variações estreitas em seu padrão, ainda que em um intervalo relativamente elevado. Após valores em torno de 23,57 em junho de 2017, aumentou de forma mais expressiva ao atingir um pico próximo de 82,54 em dezembro de 2019, indicando uma maior disposição do mercado em pagar por cada dólar de earnings, possivelmente refletindo expectativas de crescimento futuro. Após esse pico, houve uma redução, chegando a cerca de 39,85 em março de 2022, o que pode indicar uma estabilização ou uma visão mais moderada do mercado sobre as perspectivas de crescimento da empresa.

A análise conjunta indica que, durante esse período, houve uma tendência de valorização das ações, acompanhada de melhora no lucro por ação, embora os múltiplos de avaliação (P/E) tenham oscilado significativamente, sugerindo que o mercado passou a reavaliar suas expectativas ao longo do tempo. Esse comportamento pode estar relacionado a fatores internos de desempenho e à percepção do mercado sobre o potencial de crescimento da empresa.

Desempenho do preço das ações ao longo do período analisado

Durante o período de 2017 a 2022, o preço das ações apresentou uma tendência geral de valorização, iniciando em aproximadamente 59,95 dólares e atingindo picos superiores a 115 dólares no primeiro trimestre de 2021. Observa-se uma alta significativa entre os períodos de 2019 e 2021, atingindo seu ponto mais elevado nesse intervalo, seguido de uma ligeira queda até o último trimestre de 2021 e uma estabilização ao redor de 95 dólares em 2022. Essa evolução indica uma tendência de crescimento com alguns ajustes, possivelmente reflexo de condições de mercado e desempenho corporativo.

Variações no lucro operacional por ação

O lucro operacional por ação foi inicialmente ausente nos anos de 2017, mas a partir do segundo trimestre de 2017 demonstra estabilidade progressiva até o terceiro trimestre de 2018, oscilando entre aproximadamente 3,87 e 4,38 dólares. Após esse período, há uma tendência de crescimento, alcançando patamares próximos a 3,44 dólares em 2022, com variações menores ao longo do tempo. Essa estabilidade relativa sugere uma gestão de custos eficiente e uma operação relativamente consolidada durante o período.

Rácio preço sobre lucro operacional (P/OP)

O rácio P/OP mostra variações significativas entre os períodos, atingindo valores elevados superiores a 47, durante o quarto trimestre de 2019. Esses altos ratios indicam que o mercado estava atribuindo um alto valor às expectativas de crescimento da empresa ou uma alta avaliação de risco naqueles momentos. Após esses picos, observa-se uma redução gradual até aproximadamente 25,46 no primeiro trimestre de 2022, indicando uma possível revisão das expectativas de crescimento ou uma maior estabilidade na avaliação do mercado.

Observações gerais

O comportamento do preço das ações e do P/OP sugere que o mercado tinha uma percepção de valorização crescente até 2021, apoiada por melhorias nos lucros operacionais por ação e pelo desempenho consistente. Contudo, a estabilização e a redução do P/OP após esse pico sugerem uma possível acomodação nas expectativas de crescimento ou uma reavaliação de risco, refletindo uma fase de maior maturidade ou ajustes na percepção de risco de mercado.

Ao analisar os dados trimestrais de desempenho financeiro, observa-se uma trajetória de aumento nos preços das ações ao longo do período, com uma variação significativa entre o primeiro trimestre de 2017 (59,95 dólares) e o primeiro trimestre de 2022 (95,56 dólares), indicando uma valorização consistente ao longo dos anos. Houve um crescimento inicial até o primeiro trimestre de 2018, atingindo 84,75 dólares, seguido de uma flutuação com picos e quedas menores, até atingir o valor de 98,53 dólares no final de 2021, antes de uma leve redução no último trimestre analisado. Em relação às vendas por ação, os dados disponíveis a partir do terceiro trimestre de 2017 demonstram uma tendência de crescimento sustentado, passando de aproximadamente 13,78 dólares no terceiro trimestre de 2017 para 25,69 dólares no primeiro trimestre de 2022. Essa evolução sugere uma melhora contínua na capacidade de geração de receita por ação ao longo do período, fortalecendo a percepção de crescimento da receita operacional. O índice P/S (preço sobre vendas), que reflete a avaliação do mercado em relação às vendas, apresenta uma tendência de redução após picos elevados em certos períodos. Entre o terceiro trimestre de 2017 e o primeiro trimestre de 2022, o índice variou de um máximo de 9,69 em final de 2019 para valores mais baixos, como 3,84 no último trimestre de 2021. Essa diminuição pode indicar uma maior valorização do mercado em relação às vendas, ou uma percepção de maior eficiência no relacionamento entre preço de mercado e receita gerada. De modo geral, os dados indicam uma valorização contínua dos ativos da empresa, acompanhada de crescimento na geração de receita por ação. Embora o índice P/S tenha apresentado declínios, esses puderam estar associados a uma melhora na avaliação de mercado, refletindo uma possível maior confiança dos investidores na estabilidade e no potencial de crescimento a longo prazo da empresa. A constância na evolução positiva dos principais indicadores financeiros sugere uma trajetória de desempenho robusta ao longo do período analisado.

Houve uma valorização contínua do preço das ações ao longo do período analisado, com destaque para um pico no final de 2020 e início de 2021, atingindo cerca de 115 dólares no primeiro trimestre de 2021. Antes, houve uma tendência de aumento com variações periódicas, especialmente de 2017 a 2019, seguida de uma queda leve após o pico de 2021.

O valor contábil por ação (BVPS) apresentou uma tendência de crescimento constante ao longo do período, passando de aproximadamente 5,71 dólares em março de 2017 para cerca de 48,38 dólares em março de 2022. Este aumento reflete uma valorização dos ativos líquidos por ação, indicando uma sólida geração de valor patrimonial ao longo do tempo.

O índice P/BV, que relaciona o preço de mercado ao valor contábil por ação, variou significativamente durante o período, começando em torno de 10,5 no início de 2017. Houve picos acima de 15,0 em alguns momentos de 2019 e 2020, indicando que o mercado estava valorizando as ações a múltiplos elevados em relação ao valor contábil. Contudo, após o pico de 2021, observou-se uma redução desse índice para níveis próximos de 2,0 a 2,4, indicando uma maior aproximação entre o valor de mercado e o valor contábil, possivelmente refletindo uma avaliação mais realista ou uma mudança na percepção de risco ou potencial de crescimento.

De modo geral, os dados sugerem uma fase de valorização contínua do mercado, acompanhada de aumento do valor patrimonial por ação; ao mesmo tempo, o índice P/BV mostra que essa valorização estava, em certos momentos, muito acima do valor contabilístico, o que pode indicar expectativas de crescimento ou fatores de mercado específicos. A tendência de baixa do índice após o pico de 2021 sugere uma possível mudança na percepção do mercado ou uma correção na avaliação relativa ao valor patrimonial.