Fiserv Inc. (NASDAQ:FISV)

Resumo analítico dos padrões observados nos três itens ao longo do período considerado, destacando trajetórias, pontos de inflexão e relações entre preço, lucratividade por ação e avaliação relativa.

Preço das ações

Apresenta uma trajetória de crescimento de longo prazo com uma interrupção pontual em períodos de crise. Entre 2006 e 2009 ocorre uma queda relativa durante a crise financeira, seguida de uma recuperação gradual que se acelera a partir de 2010. A partir de 2013-2014, a curva de valorização ganha intensidade, levando a um patamar próximo de 115,37 em 2021, o maior valor observado no conjunto. Em 2022 ocorre uma correção para 95,56, indicando uma desaceleração ou ajuste após o pico anterior, mas o nível de preço permanece significativamente superior aos níveis de início do período. Em síntese, a série exibe um fortalecimento consistente de preço ao longo de mais de uma década, com uma flutuação aguda apenas durante o choque de 2020 e após, sugerindo ganhos de valor acumulados, porém com volatilidade associada a choques macroeconômicos e de mercado.

Lucro operacional por ação

A série de lucratividade por ação apresenta crescimento quase contínuo de 2006 até 2019, aumentando de 1,04 para 4,48. Esse movimento aponta para melhoria sustentada da margem de lucro operacional por ação ao longo de quase uma década, acompanhando o fortalecimento de resultados operacionais. Em 2020 ocorre recuo significativo para 2,37, evidenciando o impacto adverso da pandemia sobre a lucratividade. Em 2021 ocorre leve recuperação para 2,77 e, em 2022, há maior recuperação para 3,51, ainda aquém do ponto alto de 2019, mas acima de muitos anos anteriores. O padrão sugere uma resistência positiva de longo prazo, com uma interrupção aguda em 2020 seguida de reversão parcial, indicando recuperação gradual da lucratividade operativa nos anos seguintes.

P/OP

A evolução do índice P/OP mostra expansão contínua até 2019, subindo de 10,19 para 18,93, o que indica valorização relativa do preço frente à lucratividade operacional naquele período. Em 2020 ocorre um salto expressivo para 45,81, seguido de leve recuo para 41,70 em 2021 e posterior queda para 27,24 em 2022. Esse comportamento aponta para um efeito de valorização acentuado em 2020, possivelmente impulsionado pela queda na lucratividade operacional em contexto de demanda ou custos atípicos, enquanto o preço oscilou, mantendo a relação elevada. Mesmo após a correção de 2022, o P/OP permanece substancialmente acima dos níveis pré-2020, sugerindo um valuation alto ou expectativas elevadas de desempenho futuro em relação ao lucro operacional. Em resumo, o ratio demonstra maior volatilidade recente, com impacto direto de choques de lucratividade, mantendo, porém, um patamar de valuation superior ao observado antes de 2020.