Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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- Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
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- Análise de índices de rentabilidade
- Análise da DuPont: Agregação do índice de ROE, ROAe margem de lucro líquido
- Análise de áreas geográficas
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- Índice de liquidez corrente desde 2006
- Índice de dívida sobre patrimônio líquido desde 2006
- Relação preço/receita (P/S) desde 2006
- Análise do endividamento
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31).
Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que a empresa apresentou um lucro líquido positivo em 2020 e 2021, com valores de US$ 398.355 mil e US$ 468.693 mil, respectivamente. Contudo, em 2022 houve um prejuízo significativo de US$ 44.166 mil, seguido por um retorno a um lucro expressivo em 2023, de US$ 830.777 mil. Esses movimentos indicam uma volatilidade considerável no resultado final ao longo do período analisado.
Nos componentes de despesas, nota-se uma tendência de crescimento na depreciação, amortização e acréscimos, que passaram de US$ 205.475 mil em 2019 para US$ 307.994 mil em 2023, sugerindo maior investimento em ativos de longo prazo ou maior depreciação dos ativos existentes.
As imparidades e perdas líquidas na alienação de ativos de longa duração apresentaram maior incidência em 2020 e 2022, chegando a US$ 63.338 mil nesse último ano, indicando períodos de desinvestimento ou reavaliação de ativos. Em 2023, esse item caiu para uma quantidade muito menor (US$ 1.568 mil), refletindo uma possível estabilização ou redução na alienação de ativos.
A remuneração baseada em ações teve uma diminuição gradual até 2021, seguida de aumento em 2022 e 2023, alinhada com possíveis estratégias de incentivo aos colaboradores ou a recompra de ações. Já o imposto de renda diferido exibiu variações acentuadas, alternando entre valores negativos e positivos, o que sugere mudanças na provisão de impostos diferidos ou acordos fiscais específicos.
Ganho nas vendas de empresas foi registrado em 2021 e 2022, com valores elevados na ordem de dezenas de milhões de dólares, mas em 2023 apresentou uma redução significativa para US$ 6.883 mil, configurando uma venda menos impactante naquele período.
Valores relativos a contas a receber e inventários mostram grande volatilidade, com picos e quedas importantes. Em 2020, houve um aumento expressivo nessas contas, enquanto em 2021 houve queda. Nos anos seguintes, esses itens voltaram a oscilar, refletindo possíveis variações na atividade operacional e nas condições de mercado.
Os ativos relacionados a projetos de energia solar e outros ativos tiveram flutuações, com picos em 2020 e 2021, seguidos de retrações em 2022 e 2023. Indicando uma fase de expansão e posterior estabilização ou redução de investimentos em certos ativos de projeto.
Contas a pagar e despesas acumuladas, assim como receitas diferidas, também mostraram comportamentos variáveis, reforçando a presença de alterações na estrutura de passivos e receitas ao longo do período. Destaca-se o incremento na receita diferida em 2021 e 2022, chegando a mais de US$ 912 milhões, o que pode indicar reconhecimento diferido de receitas.
Os passivos de responsabilidade assumidas pelos clientes e outros passivos apresentaram uma tendência de redução em 2020, seguida de uma estabilização ou crescimento moderado, sugerindo mudanças nas obrigações decorrentes das operações e contratos.
Nos aspectos de fluxo de caixa, o caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais variou significativamente, de um valor negativo em 2019 e 2020, até um pico de mais de US$ 873 milhões em 2022, antes de recuar em 2023. Esses movimentos refletem a dinâmica das receitas e despesas operacionais ao longo do tempo.
Investimentos em bens do ativo imobilizado e títulos negociáveis tiveram forte crescimento em valores negativos, indicando aumentos substanciais em compras de ativos e títulos ao longo dos anos, especialmente em 2023, quando esses itens chegaram a mais de US$ 3,6 bilhões. Essa estratégia de expansão de investimentos parece estar alinhada com uma fase de capitalização de novos projetos ou ativos.
Por outro lado, o produto de vendas de títulos e de empresas apresentou crescimento constante, atingindo US$ 4,56 bilhões em 2023, refletindo uma atividade robusta de desinvestimento e geração de caixa por meio dessas operações.
Nos financiamentos, houve entrada de caixa por empréstimos contraídos, chegando a cerca de US$ 368 milhões em 2023, enquanto os pagamentos de dívidas permaneceram relativamente baixos ou ausentes em determinados anos. Destaca-se o aumento na atividade de financiamento, que apoiou a liquidez da empresa durante o período.
Finalmente, o saldo de caixa, equivale a caixa, caixa restrito e seus equivalentes, demonstrou uma tendência de crescimento consistente ao longo de todos os anos, culminando em um saldo final de aproximadamente US$ 1,97 bilhão em 2023. Além disso, o aumento líquido de caixa do período foi positivo em quase todos os anos, indicando uma sólida geração de caixa e capacidade de sustentar suas operações e projetos de longo prazo.