First Solar Inc. (NASDAQ:FSLR)

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se uma tendência de aumento na duração do ciclo operacional, que passa de 121 dias em 2019 para 221 dias em 2023. Essa expansão sugere que a empresa está levando mais tempo para transformar suas atividades operacionais em caixa, indicando uma menor eficiência no giro de seus processos internos.

O índice de giro de estoque apresentou uma redução significativa de 5,67 em 2019 para 2,46 em 2023, acompanhada por um aumento nos dias de rotação de estoque, que passou de 64 para 148 dias. Isso evidencia uma maior permanência dos estoques em estoque, potencialmente indicando uma acumulação de inventário ou mudança na política de gestão de estoques.

O índice de giro de recebíveis sofreu uma oscilação ao longo do período, começando em 6,45 em 2019, atingindo um pico de 10,19 em 2020 e caindo para 5,02 em 2023. Os dias de rotação de recebíveis também aumentaram de 57 dias em 2019 para 73 dias em 2023, indicando uma tendência de maior tempo para receber os valores de clientes, o que pode impactar a liquidez.

O índice de rotatividade a pagar reduziu-se ligeiramente de 11,53 em 2019 para 9,74 em 2023, enquanto os dias de pagamento a fornecedores variaram, com aumento notável de 32 dias em 2019 e 2020 para 49 dias em 2022, seguido de uma redução para 37 dias em 2023. Essa variação pode refletir ajustamentos na gestão de contratos e condições de pagamento com fornecedores.

O índice de giro de capital de giro mostrou uma leve diminuição de 1,34 em 2019 para 1 em 2023, acompanhada por uma redução na rotatividade de capital de giro de 1,25 a 1,19, indicando uma possível estabilização ou redução na eficiência do uso do capital de giro ao longo do período.

O ciclo de conversão de caixa, que mede o tempo para transformar recursos investidos em vendas em caixa disponível, aumentou de 89 dias em 2019 para 184 dias em 2023, refletindo uma maior lentidão na conversão do ciclo operacional em liquidez real.

De modo geral, os dados indicam que a empresa enfrentou desafios na gestão de seus estoques, recebíveis e ciclo operacional, com aumento nos períodos de retenção de ativos e no ciclo de conversão de caixa. Essas tendências sugerem a necessidade de melhorias na eficiência operacional e na gestão de liquidez para otimizar o ciclo financeiro e reduzir o tempo necessário para a geração de caixa a partir das atividades operacionais.

O custo das vendas apresentou variações ao longo do período analisado. Após um aumento de aproximadamente 10% de 2019 para 2020, houve uma redução de cerca de 8,8% em 2021, seguida por um aumento expressivo de aproximadamente 16% em 2022. Em 2023, o custo voltou a diminuir, registrando uma redução de cerca de 20,7% em relação ao ano anterior, assumindo o valor mais baixo da série. Essas oscilações indicam instabilidade na relação entre custos e receita ao longo dos anos.

Os inventários demonstraram crescimento contínuo ao longo do período. De aproximadamente US$ 443,5 milhões em 2019, houve um aumento gradual até alcançar cerca de US$ 819,9 milhões em 2023, o que representa um aumento acumulado de aproximadamente 85%. Essa tendência sugere uma expansão dos estoques ou maior acumulação de inventários ao longo do tempo.

O índice de giro de estoque evidencia uma deterioração significativa na eficiência na rotação de inventários. Em 2019, o índice era de 5,67, indicando que os estoques eram renovados aproximadamente 5,67 vezes ao ano. Este índice caiu de forma contínua até atingir 2,46 em 2023, uma redução de 56,7%. A diminuição do índice sugere que os estoques estão sendo renovados com menos frequência, o que pode indicar excesso de inventários, dificuldades na venda ou mudanças na gestão de estoques.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se que as vendas líquidas apresentaram flutuações, com um aumento significativo em 2023 em comparação ao ano anterior, atingindo aproximadamente US$ 3,318 milhões. Nos anos anteriores, houve uma redução de 2019 para 2020, seguida de uma recuperação em 2021 e uma nova diminuição em 2022, antes do incremento em 2023.

Quanto às contas a receber líquidas, houve uma variação considerável ao longo dos anos. Após uma redução de 2019 para 2020, houve um aumento substancial em 2021, seguido de uma diminuição em 2022 e um grande aumento em 2023. Essa variação pode indicar alterações nos prazos de recebimento ou na eficiência na gestão de crédito da empresa.

O índice de giro de recebíveis, que indica a eficiência na recuperação de contas a receber, apresentou um aumento de 2019 até 2020, atingindo 10,19, sugerindo maior eficiência na gestão de recebíveis naquele período. Posteriormente, houve uma queda em 2021 para 6,81, seguida de uma melhora em 2022, com o índice subindo para 8,08. Em 2023, o índice caiu novamente para 5,02, indicando uma redução na frequência de giro dos recebíveis e uma possível deterioração na eficiência na cobrança ou uma maior variabilidade nos períodos de recebimento.

Custo das vendas

Ao longo do período avaliado, o custo das vendas apresentou variações expressivas. Após uma redução de aproximadamente 19% de 2019 para 2020, houve um aumento de cerca de 8% em 2021. Essa tendência de crescimento continuou em 2022, atingindo um pico de US$ 2.549.461 mil, representando um aumento de aproximadamente 16% em relação a 2021. No entanto, em 2023, houve uma redução significativa de aproximadamente 20,7%, indicando uma possível otimização de custos, redução de despesas ou mudança na estrutura produtiva.

Contas a pagar

As contas a pagar apresentaram uma tendência de crescimento no início do período, aumentando cerca de 16% de 2019 para 2020. Em 2021, este valor consolidou-se com uma ligeira alta de aproximadamente 0,5%. Contudo, em 2022, houve um aumento considerável de aproximadamente 77% na quantidade de contas a pagar, sugerindo maior endividamento ou maior necessidade de liquidez. Em 2023, esse valor retornou a valores mais próximos aos de 2021, reduzindo cerca de 39%, indicando possível pagamento de dívidas ou redução na necessidade de crédito.

Índice de rotatividade a pagar

O índice de rotatividade a pagar permaneceu relativamente estável de 2019 até 2021, embora com pequenas variações ao redor de 11,3 a 11,5. Em 2022, ocorreu uma redução significativa para 7,47, indicando que a empresa levou mais tempo para pagar suas obrigações ou que houve uma mudança na política de pagamento a fornecedores. No ano seguinte, 2023, o índice recuperou parcialmente, atingindo 9,74, sugerindo uma tendência de normalização na frequência de pagamento ou uma estratégia de gestão de liquidez.

Ao analisar os dados ao longo dos anos, observa-se que o capital de giro da empresa apresentou uma tendência de crescimento constante, passando de aproximadamente US$ 2,28 bilhões em 2019 para cerca de US$ 3,33 bilhões em 2023. Essa evolução indica uma ampliação na liquidez operacional e na capacidade de suportar as operações da companhia ao longo do período.

As vendas líquidas exibiram uma dinâmica mais variada. Houve uma redução de US$ 3,06 bilhões em 2019 para US$ 2,71 bilhões em 2020, o que pode refletir efeitos de mercado, ajustes estratégicos ou impactos de fatores externos. A partir de 2020, as vendas retomaram uma tendência de crescimento, atingindo US$ 2,92 bilhões em 2021, seguido por uma nova queda para US$ 2,62 bilhões em 2022. Em 2023, as vendas apresentaram forte recuperação, atingindo US$ 3,32 bilhões, superando os níveis anteriores a 2020 e aproximadamente alinhando-se com os valores de 2019.

O índice de giro de capital de giro demonstra uma diminuição progressiva de 1,34 em 2019 para 1,19 em 2021, indicando uma menor eficiência na utilização do capital de giro para gerar vendas nesse período. Em 2022, o índice caiu para 0,95, refletindo uma possível desaceleração na rotatividade do capital de giro ou uma maior necessidade de recursos de liquidez. No entanto, em 2023, o índice voltou a alcançar o valor de 1, sugerindo uma recuperação na eficiência operacional nesse aspecto, possivelmente acompanhando o fortalecimento das vendas e um uso mais eficiente dos ativos de curto prazo.

Índice de giro de estoque

Observa-se uma tendência de declínio ao longo do período, iniciando em 5,67 em 2019 e chegando a 2,46 em 2023. Este indicador indica que a eficiência na reposição de estoque diminuiu, sugerindo uma rotatividade menor ao longo do tempo, especialmente nos últimos anos. A redução pode refletir uma mudança na gestão de estoques, potencialmente devido a estratégias de inventário mais conservadoras ou a dificuldades na comercialização dos produtos.

Dias de rotação de estoque

Houve um aumento contínuo nesse indicador, partindo de 64 dias em 2019 e atingindo 148 dias em 2023. Esse crescimento no número de dias indica que os estoques permanecem mais tempo na empresa antes de serem vendidos, corroborando a queda na eficiência da rotatividade de estoques. Essa tendência pode impactar negativamente o fluxo de caixa, aumentando os custos de armazenamento e impactando a liquidez operacional.

De maneira geral, os dados sugerem um arrefecimento na eficiência de gestão de estoques na empresa ao longo do período analisado, potencialmente exigindo atenção para estratégias de melhoria na rotatividade de inventário e na otimização do capital de giro relacionado a estoques.

Índice de giro de recebíveis

O índice de giro de recebíveis apresentou variação ao longo do período analisado. Em 2019, o índice foi de 6,45, indicando que os recebíveis foram convertidos em vendas aproximadamente 6,45 vezes ao ano. Houve um aumento significativo em 2020, atingindo 10,19, o que sugere uma maior eficiência na gestão de contas a receber ou um aumento na velocidade de recebimento. Contudo, a partir de 2021, o índice diminuiu para 6,81, e posteriormente caiu para 8,08 em 2022, retornando a valores inferiores ao pico de 2020. Em 2023, o índice caiu para 5,02, indicando uma redução na frequência de rotatividade dos recebíveis, o que pode refletir uma maior duração dos prazos ou dificuldades na recuperação de crédito.

Dias de rodízio de contas a receber

Em relação ao período, observou-se uma redução nos dias de rodízio de contas a receber de 57 dias em 2019 para 36 dias em 2020, indicando uma melhora na gestão de recebíveis nesse ano. Entretanto, a partir de 2021, houve um aumento para 54 dias, seguido de uma redução para 45 dias em 2022. Em 2023, o número de dias de recebimento aumentou significativamente para 73, sugerindo uma desaceleração na recuperação de valores, possivelmente devido a mudanças nas políticas de crédito, condições de mercado ou dificuldades na cobrança, impacto que se reflete na maior duração média para o recebimento dos valores devidos.

Ao analisar a série temporal dos indicadores de dias de rotação de estoque, dias de rodízio de contas a receber e ciclo operacional, observa-se uma tendência de aumento ao longo do período de 2019 a 2023.

Os dias de rotação de estoque apresentaram uma elevação contínua, passando de 64 dias em 2019 para 148 dias em 2023. Tal incremento indica uma maior permanência dos produtos em estoque, sugerindo possíveis mudanças na gestão de inventário ou alterações na estratégia de operações comerciais.

Os dias de rodízio de contas a receber oscilaram inicialmente, com uma redução de 57 dias em 2019 para 36 dias em 2020, seguida por um aumento para 54 dias em 2021, 45 dias em 2022 e um crescimento mais expressivo para 73 dias em 2023. Essa tendência sugere maior variação na eficiência da gestão de crédito e cobrança, com um aumento significante em 2023, o que pode refletir dificuldades na recuperação dos créditos ou estratégia de concessão de prazos mais alongados aos clientes.

O ciclo operacional, que combina os dois indicadores anteriores e mede o tempo total desde a aquisição de estoque até o recebimento da receita, aumentou substancialmente de 121 dias em 2019 para 221 dias em 2023. O crescimento dessa métrica evidencia um prolongamento dos ciclos de operação, podendo impactar a liquidez e a necessidade de capital de giro da empresa.

De modo geral, os dados revelam uma ampliação nos prazos de ciclo operacional ao longo do período avaliado, refletindo possivelmente uma maior demora na administração de estoques e cobranças, o que pode demandar atenção para otimizar a eficiência operacional e gerir melhor os recursos financeiros.

Índice de rotatividade a pagar

Ao analisar a evolução deste índice ao longo dos anos, observa-se uma tendência de estabilização entre 2019 e 2021, com valores próximos de 11, o que indica uma consistência na frequência de pagamento das contas a pagar. Em 2022, constatou-se uma redução significativa para 7,47, sugerindo uma melhora na eficiência dos pagamentos ou uma mudança na política de gestão de passivos. No entanto, em 2023, houve um aumento a 9,74, indicando uma recuperação parcial, mas ainda abaixo dos níveis anteriores a 2022.

Dias de rotação de contas a pagar

Nos anos analisados, o número de dias para a rotação de contas a pagar manteve-se em torno de 32 a 33 dias até 2021, refletindo um padrão de pagamento relativamente uniforme. Em 2022, houve um aumento significativo para 49 dias, indicando uma prorrogação no prazo de pagamento ou uma mudança na estratégia de gestão de contas a pagar, possivelmente para otimizar o fluxo de caixa. Em 2023, esse número reduziu para 37 dias, indicando uma tentativa de normalizar o ciclo de pagamento, porém ainda acima do período observado antes de 2022.

O ciclo de conversão de caixa apresentou variações ao longo do período analisado, demonstrando uma tendência de aumento em 2023, atingindo 184 dias, em comparação com 89 dias em 2019. Este aumento sugere que a liquidez da empresa, ou a eficiência na gestão do ciclo operacional, diminuiu ao longo dos anos, levando mais tempo para converter recursos investidos em caixa.

Os dias de rotação de estoque apresentaram uma elevação significativa, passando de 64 dias em 2019 para 148 dias em 2023. Este aumento indica que a empresa está mantendo estoques por períodos mais longos, o que pode refletir uma estratégia de estoque mais conservadora ou dificuldades na venda de produtos.

Por sua vez, os dias de rodízio de contas a receber mostraram uma redução de 57 dias em 2019 para 36 dias em 2020, seguida por oscilações posteriores: 54 dias em 2021, 45 dias em 2022 e um aumento para 73 dias em 2023. A redução inicial pode indicar melhorias na cobrança ou maior eficiência na recuperação de créditos, enquanto o aumento em 2023 sugere uma deterioração na mesma área.

Os dias de rotação de contas a pagar permaneceram relativamente estáveis entre 32 e 33 dias de 2019 a 2021, indicando consistência na política de pagamento aos fornecedores. Em 2022, houve um aumento para 49 dias, acompanhado por uma redução para 37 dias em 2023, refletindo possíveis ajustes na gestão de obrigações a curto prazo.

No geral, a análise aponta para um aumento no ciclo de conversão de caixa, acompanhado por maior permanência de estoque e oscilações na gestão de contas a receber. Essas tendências sugerem uma possível mudança na estratégia operacional ou impacto de condições de mercado que afetam a liquidez e eficiência da gestão financeira no período analisado.