Advanced Micro Devices Inc. (NASDAQ:AMD)

Ao analisar a evolução dos indicadores financeiros ao longo do período, observa-se uma tendência de deterioração na eficiência operacional e na gestão de capital de giro. O índice de giro de estoque apresenta uma redução contínua, passando de 3,87 em 2020 para 2,28 em 2024, indicando uma maior acumulação de estoque ou menor rotatividade, o que é evidenciado pelo aumento dos Dias de rotação de estoque de 94 para 160 dias, elevando o ciclo operacional de 171 para 248 dias.

De forma semelhante, o índice de giro de recebíveis também mostra queda, de 4,73 para 4,16, refletindo uma menor eficiência na recuperação de créditos, corroborada pelo aumento dos Dias de rodízio de contas a receber, que sobe de 77 para 88 dias, e pelo ciclo de conversão de caixa, que aumenta de 139 para 192 dias ao longo do período. Esses movimentos indicam uma maior duração na conversão de recursos em caixa, impactando negativamente a liquidez operacional.

Por outro lado, o índice de rotatividade a pagar apresenta uma tendência de aumento, de 6,44 para 6,56, com os Dias de rotação de contas a pagar oscilando em torno de 32 a 70 dias, sem uma tendência clara de aumentos ou reduções significativas. Essa variação sugere uma tentativa de alongar o prazo de pagamento a fornecedores, possivelmente para compensar a maior retenção de recursos no ciclo operacional.

O índice de giro de capital de giro indica uma redução de 2,62 para 2,19, reforçando a percepção de uma utilização menos eficiente do capital de giro ao longo dos anos. O ciclo de conversão de caixa, que mede o tempo total necessário para transformar entradas em saídas de caixa, praticamente dobra, passando de 139 dias em 2020 para 192 dias em 2024, sinalizando maiores pressões de liquidez operacional.

De modo geral, os dados sugerem um aumento na duração do ciclo operacional, com maior tempo de retenção de estoques e recebíveis, ao mesmo tempo em que o ciclo de pagamento não acompanhou na mesma proporção, acarretando uma maior constrição de caixa operacional. Essa evolução requer atenção na gestão de estoques e créditos, a fim de otimizar o ciclo de caixa e assegurar uma maior eficiência na liquidez da operação.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período considerado, observa-se um crescimento constante no custo das vendas, que passou de US$ 5.416 milhões em 2020 para US$ 13.060 milhões em 2024, representando um aumento significativo de aproximadamente 141%. Este aumento indica um crescimento nas operações ou na escala de produção da empresa ao longo dos anos.

Os inventários também apresentaram uma trajetória de expansão, crescendo de US$ 1.399 milhões em 2020 para US$ 5.734 milhões em 2024, quase quadruplicando durante esse período. Essa expansão nos inventários reflete uma maior acumulação de estoque, possivelmente acompanhando o aumento na produção ou na demanda, ou uma estratégia de manutenção de estoques mais elevados.

Quanto ao índice de giro de estoque, que mede a eficiência na utilização do estoque para gerar vendas, houve uma redução de 3,87 em 2020 para 2,28 em 2024. A diminuição do índice sugere uma menor rotatividade de estoques, indicando que o estoque está sendo vendido ou utilizado de forma mais lenta ao longo do tempo. Essa tendência pode evidenciar uma estratégia de gestão de estoques ou uma mudança nas preferências de mercado, demandando uma análise mais detalhada para entender os fatores subjacentes.

Receita líquida

A receita líquida apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$ 9,76 bilhões em 2020 para cerca de US$ 25,78 bilhões em 2024. Após um aumento significativo de 68,4% entre 2020 e 2021, a receita continuou a crescer, embora em ritmo mais moderado, em 43,8% em relação ao ano anterior de 2021 para 2022. Nos anos seguintes, houve uma leve redução de 3,9% de 2022 para 2023, seguida por um novo aumento de aproximadamente 13,9% até 2024. Essa evolução sugere uma expansão consistente, embora com oscilações pontuais.

Contas a receber, líquidas

O valor das contas a receber líquidas aumentou de US$ 2,07 bilhões em 2020 para US$ 6,19 bilhões em 2024, refletindo uma expansão significativa na carteira de recebíveis da empresa. O crescimento ocorre de forma contínua ao longo dos anos, com destaque para o aumento de aproximadamente 31,3% de 2021 para 2022 e de 7,2% de 2023 para 2024. Esse aumento pode indicar uma ampliação nas vendas a crédito ou maior crescimento da receita que impactou diretamente nos saldos de contas a receber.

Índice de giro de recebíveis

O índice de giro de recebíveis, que mede a eficiência na cobrança das contas a receber, sofreu uma redução considerável ao longo do período, de 4,73 em 2020 para cerca de 4,16 em 2024. Notadamente, o índice atingiu o seu ponto mais alto em 2021 (6,07), indicando um período de maior eficiência na conversão de contas a receber em vendas realizadas, e depois apresentou uma tendência de declínio, refletindo uma diminuição na velocidade de recebimento ou maior prazos concedidos aos clientes. A redução do índice sugere uma possível ampliação nos prazos de pagamento ou menor eficiência na gestão de recebíveis no período mais recente.

Resumo da análise financeira

A análise dos indicadores revela uma tendência de aumento no custo das vendas ao longo do período avaliado. Houve um crescimento expressivo de aproximadamente 57% de 2020 para 2021, seguido de um aumento de cerca de 53% até 2022. Nos anos posteriores, observou-se uma estabilização relativa, embora o valor tenha se mantido em patamares elevados, chegando a um ligeiro aumento para 2024.

As contas a pagar também apresentaram uma tendência de crescimento considerável, com um aumento de aproximadamente 182% de 2020 para 2021, seguido de um crescimento mais modesto de cerca de 89% até 2022. Após esse pico, os valores reduziram um pouco em 2023, para depois se estabilizarem quase que no mesmo patamar em 2024.

O índice de rotatividade a pagar demonstra uma redução significativa de 2020 para 2022, passando de 11.57 para 5.21, indicando uma maior duração ou menor frequência de pagamento das obrigações a curto prazo. Em 2023, esse índice aumentou levemente para 5.95, e voltou a subir em 2024 para 6.56, sugerindo uma possível mudança na política de pagamento ou na gestão de obrigações, aproximando-se novamente dos níveis iniciais de 2020.

De modo geral, o crescimento contínuo do custo das vendas sugere aumento na produção ou aquisição de bens ou serviços. A evolução das contas a pagar acompanha esse crescimento, embora com maior volatilidade, refletindo possíveis mudanças na política de gerenciamento de passivos. A redução do índice de rotatividade a pagar até 2022 indica uma extensão do ciclo de pagamento, com uma posterior reversão, que pode influenciar o fluxo de caixa e a gestão de liquidez da empresa.

Capital de giro

Observa-se um aumento consistente no capital de giro ao longo do período analisado, passando de US$ 3.726 milhões em 2020 para US$ 11.768 milhões em 2024. Este crescimento reflete uma ampliação na liquidez operacional e na capacidade de manter operações sustentáveis, indicando potencial aumento nas atividades comerciais ou melhorias na gestão de ativos e passivos de curto prazo.

Receita líquida

A receita líquida apresentou um crescimento significativo de 2020 para 2022, passando de US$ 9.763 milhões para US$ 23.601 milhões, demonstrando uma expansão expressiva no volume de vendas ou serviços oferecidos. Contudo, houve uma ligeira redução no valor de 2022 para 2023, de US$ 23.601 milhões para US$ 22.680 milhões, seguida de um novo aumento em 2024, atingindo US$ 25.785 milhões. Essa dinâmica sugere uma fase de alto crescimento até 2022, com um breve período de estabilização ou leve retração, seguido por uma retomada do crescimento em 2024.

Índice de giro de capital de giro

O índice de giro de capital de giro inicialmente foi de 2,62 em 2020, aumentando para 3,78 em 2021, indicando uma maior eficiência na utilização do capital de giro para gerar receita. No entanto, a partir de então, há uma tendência de redução, com valores de 2,73 em 2022, 2,25 em 2023 e 2,19 em 2024. Essa diminuição sugere uma diminuição na eficiência de utilização do capital de giro, o que pode estar associado ao aumento do capital de giro ou a mudanças na gestão operacional. Apesar da redução na eficiência, o índice mantém-se em níveis relativamente positivos, indicando que a empresa ainda consegue gerar receita com o capital de giro disponível, embora com menor intensidade relativa.

Índice de giro de estoque

Observa-se uma tendência de declínio no índice de giro de estoque ao longo do período, passando de 3,87 em 2020 para 2,28 em 2024. Essa redução indica que a empresa está vendendo seu estoque de forma menos eficiente, com menor número de vezes que o estoque é renovado ao longo do ano.

Dias de rotação de estoque

O número de dias que o estoque permanece antes de ser totalmente vendido aumentou consistentemente de 94 dias em 2020 para 160 dias em 2024. Este aumento revela uma desaceleração na velocidade de vendas dos estoques, refletindo potencialmente uma deterioração na demanda ou ajustes na estratégia de estoque.

Índice de giro de recebíveis

Observa-se uma tendência de aumento no índice de giro de recebíveis de 2020 para 2021, indicando maior eficiência na recuperação de créditos naquela época. A partir de 2021, o índice apresenta uma leve redução em 2022, seguido por uma diminuição contínua em 2023 e 2024, atingindo o valor mais baixo no último período. Essa trajetória sugere uma possível deterioração na eficiência na gestão de contas a receber ao longo do tempo, com menor frequência de giro dos recebíveis nos períodos mais recentes.

Dias de rodízio de contas a receber

O número de dias de contas a receber apresenta uma variação significativa. Houve uma redução de 77 dias em 2020 para 60 dias em 2021, indicando uma melhora na liquidez e na eficiência de recebimento neste intervalo. Contudo, a partir de 2022, ocorre um aumento moderado para 64 dias, seguido por um aumento mais expressivo para 70 dias em 2023, e uma nova elevação para 88 dias em 2024. Essa elevação contínua nos últimos períodos aponta para um alongamento no ciclo de recebimento, o que pode afetar negativamente a liquidez da empresa, refletindo uma menor eficiência na gestão financeira de contas a receber ao longo do tempo.

A análise temporal dos principais indicadores de giro e ciclo de operação revela uma tendência de aumento ao longo dos anos considerados.

O número de dias de rotação de estoque apresenta uma variação, iniciando em 94 dias em 2020, diminuindo para 84 dias em 2021, porém, posteriormente, há um aumento consistente, chegando a 106 dias em 2022, e continuando a subir para 130 dias em 2023 e atingindo 160 dias em 2024. Essa elevação sugere que a empresa pode estar levando mais tempo para vender ou liquidar seus estoques.

Quanto aos dias de rodízio de contas a receber, há uma redução de 77 dias em 2020 para 60 dias em 2021, indicando uma melhora na eficiência na cobrança. Contudo, essa métrica se estabiliza próximo de 64 dias em 2022, e posteriormente apresenta uma elevação, atingindo 70 dias em 2023 e chegando a 88 dias em 2024. Essa evolução aponta para uma possível desaceleração na recuperação dos créditos, refletindo uma maior duração na conversão de vendas a crédito em caixa.

O ciclo operacional, que compõe a soma dos dias de rotação de estoque e dias de rodízio de contas a receber, mostra uma tendência de crescimento sistemático. Após um ciclo de 171 dias em 2020, há uma redução para 144 dias em 2021, seguida por um aumento brusco para 170 dias em 2022. Em 2023, o ciclo se expande para 200 dias e, em 2024, atinge 248 dias, o que indica um prolongamento geral no tempo necessário para transformar recursos em caixa operacional líquido.

De modo geral, esses indicadores demonstram uma deterioração na eficiência operacional ao longo do período, com aumentos expressivos nos dias de ciclo operacional, refletindo possivelmente em pressões sobre a liquidez e a gestão de estoques e recebíveis da empresa.

Índice de rotatividade a pagar

Observa-se uma diminuição significativa neste índice de 11,57 em 2020 para 6,44 em 2021, indicando uma redução na frequência de pagamento dos fornecedores em relação ao valor das contas a pagar. Em 2022, o índice continua a cair, chegando a 5,21, demonstrando uma tendência de alongamento nos prazos de pagamento.

Entretanto, a partir de 2023, há um leve aumento para 5,95, seguido por um novo incremento para 6,56 em 2024. Essa variação sugere uma transformação na estratégia de pagamento, possivelmente indicando uma tentativa de equilibrar prazos de pagamento com condições de liquidez ou negociações com fornecedores.

Dias de rotação de contas a pagar

O número de dias para a rotação das contas a pagar apresentou um aumento gradual de 32 dias em 2020 para um pico de 70 dias em 2022, refletindo uma tendência de alongamento nos prazos de pagamento ao longo do período. Em 2023, houve uma redução para 61 dias, seguida por uma nova diminuição para 56 dias em 2024.

Essas variações indicam um movimento de flexibilização crescente nas condições de pagamento até 2022, seguido por uma tentativa de normalização ou possível redução dos prazos de pagamento mais alongados até o final do período analisado.

Observa-se que o número de dias de rotação de estoque apresentou uma tendência de aumento ao longo do período analisado, passando de 94 dias em 2020 para 160 dias em 2024. Essa expansão sugere que a empresa manteve seus estoques por períodos mais longos, o que pode indicar uma estratégia de acumulação de inventário ou possíveis dificuldades na venda ou renovação de estoques.

Os dias de rodízio de contas a receber exibiram uma redução significativa de 77 dias em 2020 para 60 dias em 2021, indicando uma melhora na eficiência na cobrança de clientes. No entanto, posteriormente, houve uma leve elevação para 64 dias em 2022, seguidos de um aumento acentuado para 70 dias em 2023 e novamente para 88 dias em 2024, o que aponta para uma deterioração na gestão de recebíveis ou mudanças no perfil de crédito dos clientes ao longo do período.

Por outro lado, os dias de rotação de contas a pagar apresentaram uma tendência de aumento de 32 dias em 2020 para 70 dias em 2022, o que indica uma extensão no período de pagamento aos fornecedores, possivelmente uma estratégia de alongamento de prazos de pagamento. Em 2023, houve uma leve redução para 61 dias, e em 2024, uma nova diminuição para 56 dias, sugerindo um ajuste na política de pagamento para equilibrar a liquidez e as relações com fornecedores.

O ciclo de conversão de caixa, que combina os ciclos de estoque, contas a receber e contas a pagar, inicialmente diminuiu de 139 dias em 2020 para 87 dias em 2021, indicando uma melhora na eficiência do ciclo de liquidez da empresa. No entanto, a partir de 2022, esse ciclo voltou a aumentar, chegando a 192 dias em 2024. Isso reflete uma maior extensão no tempo necessário para converter investimentos em estoque e recebíveis em caixa, o que pode impactar negativamente a liquidez e a gestão de capital de giro, potencialmente sinalizando dificuldades na otimização do ciclo financeiro ao longo do período analisado.