Walt Disney Co. (NYSE:DIS)

Ao analisar a evolução dos indicadores financeiros ao longo dos períodos de 2019 a 2024, observa-se uma crescente volatilidade na rentabilidade operacional, refletida na variação do lucro líquido das operações continuadas. Após um resultado positivo de aproximadamente US$10,9 bilhões em 2019, ocorreu um prejuízo de US$2,4 bilhões em 2020, possivelmente relacionado a impactos econômicos e operacionais daquele período, seguido por uma recuperação ao longo dos anos subsequentes, atingindo US$5,7 bilhões em 2024.

Indicadores de depreciação e amortização mantêm-se relativamente estáveis, apresentando valores entre US$4,1 bilhões e US$5,4 bilhões, indicando consistência na política de amortização dos ativos tangíveis e intangíveis.

As imparidades relacionadas a goodwill, conteúdo produzido e licenciado tiveram picos significativos em 2020 e 2024, indicando processos de ajuste ou reavaliação de ativos que impactaram a demonstração de resultados nesses períodos.

Quanto às perdas em investimentos, houve forte oscilação, com prejuízos em 2019 e 2020, seguido de resultados positivos em 2022, 2023 e 2024, sugerindo melhorias na performance das participações societárias ao longo do tempo.

Os impostos diferidos apresentaram variações negativas marcantes em 2020, 2022, 2024, indicando dificuldades na consolidação de créditos fiscais ou ajustes fiscais que impactaram o imposto de renda efetivamente pago ou provisionado.

O saldo de equivalência patrimonial na perda de rendimentos das investidas manteve-se negativo, embora em leve redução, refletindo dificuldades ou resultados desfavoráveis em investimentos que influenciam o resultado consolidado.

As distribuições de caixa recebidas de participações societárias mostraram um padrão de estabilidade até 2022, seguido por significativa redução em 2024, indicando menor fluxo de retorno de investimentos societários ou desinvestimentos nesse período.

Na variação líquida nos custos e adiantamentos de conteúdo produzido e licenciado, observa-se uma forte reversão da tendência negativa de 2021 para 2022, com recuperações substanciais em 2024, o que pode refletir ajustes na estratégia de conteúdo ou mudanças na contabilização desses ativos.

Os valores referentes à remuneração baseada em equidade apresentaram crescimento contínuo, indicando uma maior utilização de instrumentos como ações ou opções como forma de compensação ou incentivo às equipes.

As despesas médicas de pensão e pós-aposentadoria apresentaram forte baixa ou evolução negativa em 2024, o que pode indicar a realização de ajustes ou redução dessas despesas naquele ano.

Nos demais ativos, como recebíveis, inventários e outros ativos, há uma constante oscilação, com tendências de valores negativos ou positivos que refletem a dinâmica operacional e de gestão de ativos da empresa.

Na área de passivos, especialmente contas a pagar, outros passivos e impostos de renda, há também grande volatilidade, com períodos de aumento significativo em 2020 e 2022, influenciados por estratégias de gestão financeira e operacional.

O fluxo de caixa operacional denota crescimento contínuo ao longo dos anos, especialmente em 2024, com um aumento expressivo, indicando melhorar a geração de caixa operacional mesmo diante de oscilações na lucratividade líquida.

Na atividade de investimentos, há uma tendência de aumento no desembolso, especialmente em investimentos em propriedades, parques e resorts, refletindo expansão ou manutenção de ativos centrais ao negócio.

As receitas advindas da venda de investimentos apresentaram crescimento constante, enquanto os desembolsos para compra de investimentos também aumentaram ao longo do tempo, evidenciando uma estratégia de investimento crescente.

O fluxo de caixa utilizado nas atividades de investimento, por sua vez, apresentou incremento, indicando maior volume de saída de caixa para aquisição de ativos e participações.

Na área de financiamento, observa-se um aumento substancial no caixa utilizado, especialmente em 2024, com forte impacto das operações de pagamento de empréstimos, recompras de ações e pagamento de dividendos, ainda que com redução total na dívida de longo prazo até 2024.

Os empréstimos contraídos sofreram redução, refletindo uma estratégia de desinvestimento ou redução do endividamento. Em contraposição, houve incremento na contração de novos empréstimos em 2024, embora em menor escala.

As atividades de financiamento mostram uma forte saída de caixa, especialmente em 2024, indicativa de pagamento de dívidas e recompra de ações, além de remuneração aos acionistas.

Por fim, o fluxo de caixa total revela grande variação, com períodos de expansão significativa em 2020 e 2024, mas também de decréscimo acentuado em outros anos, consequência de operações financeiras, investimentos e ajustes cambiais, refletindo uma gestão ativa tanto na captação quanto na aplicação de recursos ao longo do período avaliado.