Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2025-05-31), 10-K (Data do relatório: 2024-05-31), 10-K (Data do relatório: 2023-05-31), 10-K (Data do relatório: 2022-05-31), 10-K (Data do relatório: 2021-05-31), 10-K (Data do relatório: 2020-05-31).
A análise dos dados financeiros revela várias tendências e mudanças no período de cinco anos. Observa-se que a composição do passivo evoluiu significativamente, com o passivo de longo prazo apresentando uma participação predominante ao longo do período, atingindo até 87,43% em 2022, antes de uma leve redução para 68,16% em 2025. Contrariamente, o passivo circulante apresentou oscilações, atingindo um pico de aproximadamente 22,38% em 2024, indicando uma possível maior necessidade de liquidez de curto prazo nesse período.
O percentual de títulos a pagar e outros empréstimos, correntes, apresentou um aumento de cerca de 2 pontos percentuais entre 2020 e 2021, passando de 2,05% para 6,29%, o que pode refletir uma maior necessidade de financiamento de curto prazo. Apesar de uma suave redução em 2022, houve um novo crescimento em 2024, atingindo 7,52%. Já os empréstimos de longa duração, representados pelas notas a pagar e outros empréstimos não correntes, permaneceram como a maior parcela do passivo, variando entre 54,1% e 65,98%, indicando uma forte dependência de financiamento de longo prazo.
A participação de passivos relacionados ao arrendamento financeiro, operacional e não circulante aumentou ao longo do período, sobretudo o passivo de arrendamento operacional não circulante, que passou de 1,32% em 2020 para 6,85% em 2025, sugerindo uma maior adoção de arrendamentos e contratos de leasing ao longo do tempo.
O indicador de dívida em contas a pagar mostrou grande estabilidade até 2022, mas saltou para 3,04% em 2025, indicando um aumento na proporção das obrigações de curto prazo relacionadas a contas a pagar. Além disso, os impostos de renda a pagar reduziram sua participação de 10,8% em 2020 para 6,1% em 2025, refletindo potencial melhoria na gestão fiscal ou alterações na política tributária.
Em relação ao patrimônio líquido, observa-se uma transformação notável: de um valor negativo de -11% em 2020, passando para -5,69% em 2022, e posteriormente revertendo a uma posição positiva de 12,15% em 2025. Essa recuperação indica uma melhora na estrutura de capital, possivelmente devido à redução do déficit acumulado e ao aumento de reservas de lucros ou emissão de novas ações. Especificamente, o déficit acumulado apresentou redução significativa, de -11% em 2020 para -9,2% em 2025, reforçando uma tendência de saneamento financeiro.
Por fim, os interesses não controladores continuram representando uma parcela pequena, cerca de 0,3 a 0,56% ao longo do período, indicando uma participação minoritária no patrimônio da empresa. A soma total do passivo e do patrimônio líquido manteve-se sempre igual a 100%, assegurando a consistência na análise percentual de cada componente sobre o total.