Oracle Corp. (NYSE:ORCL)

O padrão observado no índice de giro de estoque indica uma oscilação ao longo do período analisado, com um pico em maio de 2021 e uma queda significativa em maio de 2022, seguida por uma estabilização em valores mais altos em maio de 2023 e maio de 2024, atingindo até 55,86. Essa variação sugere mudanças na eficiência na gestão de estoques, com períodos de melhoria e piora na rotatividade.

O índice de giro de recebíveis mostra uma estabilidade relativa entre 7,04 e 7,48 vezes, indicando consistência na coleta de contas a receber ao longo dos anos. No entanto, há uma leve tendência de diminuição na última comparação, com valores próximos de 6,71, o que pode sinalizar uma ligeira desaceleração na liquidez de recebíveis.

Por outro lado, o índice de rotatividade a pagar apresenta uma forte redução, saindo de 12,46 em maio de 2020 para 3,31 em maio de 2025, passando por variações ao longo do período. Essa diminuição sugere que a empresa vem, gradualmente, estendendo seus prazos de pagamento, possivelmente buscando maior prazo de financiamento de fornecedores ou uma mudança na política de pagamento.

O índice de giro de capital de giro apresenta apenas dois pontos de dados, 1,12 e 1,29, indicando uma leve melhoria na eficiência na utilização do capital de giro em maio de 2021. Como não há dados posteriores, a análise se limita a essa tendência inicial.

Na análise do ciclo operacional, observa-se uma variação, com valores menores em maio de 2021 (56 dias) e maio de 2023 (59 dias), mas maior em maio de 2022 (64 dias). Essa oscilação aponta uma certa estabilidade na duração das operações, refletindo a combinação de prazos de estoque, recebíveis e pagáveis.

Os dias de rotação de estoque mantêm-se relativamente baixos, entre 7 a 13 dias, indicando uma boa eficiência na gestão de inventários. Já os dias de rodízio de contas a receber permanecem na faixa de 49 a 54 dias, revelando uma política de crédito consistente.

O ciclo de conversão de caixa evidencia melhorias, com uma redução significativa de 33 dias em maio de 2020 para apenas 5 dias em maio de 2024, embora em maio de 2025 haja um valor negativo (-49), indicando uma possível alteração metodológica ou ajuste de calendário na análise do ciclo de caixa, o que poderia refletir uma situação de entrada de caixa ainda mais rápida que as saídas ou uma mudança nos processos de gestão de caixa.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos períodos apresentados, observa-se que o custo das receitas apresenta uma tendência de crescimento contínuo, passando de aproximadamente US$ 7.938 milhões em maio de 2020 para cerca de US$ 16.927 milhões em maio de 2025, o que indica um aumento expressivo na despesa operacional direta relacionada à produção ou aquisição de bens e serviços vendidos.

Os inventários exibiram variações ao longo do tempo, com uma redução de sua magnitude de 211 milhões em maio de 2020 para 142 milhões em maio de 2021, seguida por um aumento até atingir 314 milhões em maio de 2022, e uma leve redução subsequente nos períodos seguintes, finalizando em 303 milhões em maio de 2025. Essas oscilações podem refletir mudanças na gestão de estoques, demanda de mercado ou estratégias de produção.

O índice de giro de estoque, que mede a eficiência na transformação de estoques em vendas, apresenta variações consideráveis ao longo do período, começando em 37,62 em maio de 2020, atingindo um pico de 55,32 em maio de 2021, seguido por uma queda para 28,27 em maio de 2022. Posteriormente, o índice recupera o equilíbrio ao atingir valores ao redor de 45 nos anos seguintes, encerrando em 55,86 em maio de 2025. Essas oscilações indicam períodos de maior e menor eficiência na rotatividade dos estoques, possivelmente refletindo ajustes operacionais ou mudanças na demanda de mercado.

Receitas

Ao longo do período analisado, as receitas apresentaram uma tendência de crescimento contínuo, passando de US$ 39.068 milhões em maio de 2020 para US$ 57.399 milhões em maio de 2025. Houve uma aceleração do crescimento entre 2022 e 2023, refletida no aumento absoluto das receitas, indicando possivelmente uma expansão de mercado ou novas fontes de receita. O incremento constante ao longo dos anos sugere uma trajetória de crescimento sustentável.

Créditos a receber líquidos de provisões para perdas de crédito

Os créditos a receber também mostraram um aumento progressivo, de US$ 5.551 milhões em 2020 para US$ 8.558 milhões em 2025, acompanhado de uma tendência de expansão consistente. Essa variação pode indicar crescimento na base de clientes ou aumento na atuação da empresa no mercado, refletindo maior volume de vendas ou operações a crédito. A relação de provisões parece manter-se eficiente, pois o valor de créditos líquidos permanece em crescimento, compatível com a expansão das receitas.

Índice de giro de recebíveis

Este índice apresentou uma leve redução de 7,04 em 2020 para 6,71 em 2025, indicando uma ligeira diminuição na eficiência na coleta de créditos ou um aumento na duração do ciclo de recebimentos. Apesar da expansão dos créditos a receber, a redução do índice sugere que a empresa pode estar levando um pouco mais de tempo para converter suas vendas em caixa, o que é um padrão comum em fases de crescimento ou mudança de estratégia de crédito. Essa tendência deve ser monitorada, pois uma redução significativa poderia impactar o fluxo de caixa operacional.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se uma tendência de crescimento consistente no custo das receitas ao longo dos períodos analisados, com um aumento significativo entre maio de 2022 e maio de 2023, e continuidade dessa trajetória de alta até maio de 2025. Essa elevação pode indicar expansão na operação ou aumento dos custos associados à produção ou aquisição de bens e serviços.

Os contas a pagar apresentaram uma evolução consistente, refletindo uma ampliação no passivo de curto prazo. Houve uma aceleração no montante de contas a pagar sobretudo a partir de maio de 2022, chegando a um pico em maio de 2025. O aumento no saldo de contas a pagar sugere uma possível estratégia de alongar prazos de pagamento ou um crescimento das obrigações financeiras da empresa, possivelmente acompanhando a expansão operacional.

Por outro lado, o índice de rotatividade a pagar evidencia uma tendência de redução, indicando que a frequência com que a empresa faz pagamentos a fornecedores diminuiu ao longo do tempo. Entre maio de 2020 e maio de 2025, esse índice caiu de 12,46 para 3,31, sinalizando uma gestão de contas a pagar mais alongada ou maior estabilidade na relação com fornecedores. Essa redução sugere uma postura de alongamento de prazos ou maior dilatação no ciclo de pagamento, o que pode impactar o fluxo de caixa e a liquidez de curto prazo.

Em síntese, os dados apontam para uma expansão da escala operacional e uma estratégia de gestão de obrigações que favorece o alongamento dos prazos de pagamento, ao mesmo tempo em que há crescimento nos custos de receita. Essa combinação pode indicar um esforço para otimizar recursos de liquidez, mas também demanda atenção à sustentabilidade dessa estratégia de alongamento de pagamentos, sob o risco de impactos na relação com fornecedores e na liquidez global da operação.

Receitas

Observando a evolução das receitas ao longo dos períodos considerados, houve um crescimento contínuo e significativo de 2020 a 2025. As receitas aumentaram de US$ 39.068 milhões em 2020 para US$ 57.399 milhões em 2025, representando um crescimento total aproximado de 47%. Este incremento sugere uma expansão consistente das operações e do volume de vendas ao longo dos anos.

Capital de giro

O capital de giro apresentou uma forte redução de 2020 a 2023, começando em US$ 34.940 milhões em 2020 e atingindo US$ -2.086 milhões em 2023, indicando uma transição de uma posição de liquidez para uma posição de liquidez negativa. A partir de 2023, houve uma deterioração contínua na posição de capital de giro, com valores negativos crescentes, chegando a US$ -8.064 milhões em 2025. Essa tendência indica uma possível necessidade de financiamento adicional, maior ônus financeiro ou dificuldades na gestão de liquidez.

Índice de giro de capital de giro

O índice de giro de capital de giro melhorou significativamente de 2020 até 2022, passando de 1,12 para 3,5, antes de não estar disponível para os anos seguintes. A alta nesse indicativo demonstra uma maior eficiência na utilização do capital de giro naquele período, embora essa melhora possa não ter sido sustentada nos anos posteriores, dada a deterioração da posição de liquidez. A ausência de dados após 2022 impede uma análise contínua da eficiência da gestão de capital de giro.

O índice de giro de estoque apresentou uma variação significativa ao longo do período analisado. Em 2020, o índice foi de 37,62, seu valor mais baixo nesse intervalo. Houve um aumento expressivo em 2021, atingindo 55,32, indicando uma maior eficiência na rotatividade de estoque naquele ano. Contudo, em 2022, ocorreu uma queda considerável para 28,27, sugerindo uma redução na eficácia do giro de estoque. Nos anos seguintes, o índice retomou uma trajetória de recuperação, atingindo 45,52 em 2023, permanecendo relativamente estável em 45,34 em 2024. A expectativa para 2025 é de um novo aumento, com o índice chegando a 55,86, superando o pico de 2021.

Quanto aos Dias de rotação de estoque, houve oscilações ao longo do período, refletindo variações na duração média dos ciclos de estoque. Em 2020, esse indicador era de 10 dias. Em 2021, reduziu-se para 7 dias, indicando maior eficiência na gestão dos estoques. Em 2022, o número de dias aumentou para 13, sinalizando um período de menor eficiência ou maior acúmulo de estoque. Em 2023, o índice voltou a diminuir para 8 dias, permanecendo constante em 2024, também em 8 dias. Para 2025, a previsão é de uma nova redução para 7 dias, reforçando uma tendência de melhoria na rotação de estoque.

Resumo Geral

Os dados revelam ciclos de melhora e deterioração na eficiência da gestão de estoques ao longo dos anos considerados. O índice de giro de estoque demonstra uma tendência geral de recuperação na eficiência, especialmente com a previsão de alcançar o nível mais alto em 2025, após uma redução em 2022. Nos dias de rotação, observa-se uma movimentação que aponta para melhorias na gestão de estoques, com expectativas de reduzir o tempo de permanência do estoque em aproximadamente uma semana até 2025, o que evidencia uma gestão mais eficiente na movimentação dos estoques ao longo do período analisado.

O índice de giro de recebíveis apresentou uma tendência de incremento entre o período de maio de 2020 e maio de 2021, passando de 7,04 para 7,48, o que indica uma maior eficiência na recuperação de crédito nesse intervalo. Contudo, a partir desse pico, o índice demonstrou uma leve diminuição, chegando a 7,13 em maio de 2022, seguido por uma estabilização próxima a 7,22 em maio de 2023. Nos períodos posteriores, observa-se uma redução contínua no índice, chegando a 6,73 em maio de 2024 e mantendo-se praticamente constante em 6,71 em maio de 2025. Essa tendência sugere uma possível deterioração na eficiência na gestão das contas a receber ou mudanças nos prazos de pagamento concedidos aos clientes. Quanto aos dias de rodízio de contas a receber, houve uma relativa estabilidade ao longo dos períodos analisados. Foram 52 dias em maio de 2020, reduzindo para 49 dias em maio de 2021, o que demonstra uma melhora na recuperação de recebíveis nesses anos iniciais. A partir de então, os dias de rodízio permaneceram próximos, atingindo 51 dias em maio de 2022, estabilizando na mesma faixa em maio de 2023. Nos anos seguintes, ocorreu um aumento leve para 54 dias em maio de 2024, mantendo o mesmo valor em maio de 2025. Essa estabilidade e variação moderada sugerem que o ciclo de recebimento mantém-se relativamente constante, embora haja uma leve tendência de aumento, o que poderia indicar prazos de recebimento mais alongados ou uma maior dificuldade na liquidação dos créditos. No conjunto, observa-se uma combinação de melhora inicial seguida por uma estabilização na eficiência de gestão de recebíveis, enquanto o período também mostra uma leve tendência de alongamento nos prazos de recebimento, potencialmente impactando a liquidez de curto prazo.

Dias de rotação de estoque

Observa-se uma redução significativa nos dias de rotação de estoque entre maio de 2020 e maio de 2021, passando de 10 para 7 dias. Contudo, esse indicador apresenta variações posteriores, apresentando elevações em maio de 2022 para 13 dias e mantendo-se relativamente estável em torno de 8 dias nos anos seguintes. Esse padrão sugere uma melhora inicial na eficiência de gestão de estoque, seguida por uma etapa de aumento no período de estoque em 2022, possivelmente refletindo mudanças na estratégia de inventário ou variações na demanda.

Dias de rodízio de contas a receber

Este indicador mostra uma estabilidade relativamente alta ao longo do período. Em maio de 2020, estava em 52 dias, reduzindo marginalmente para 49 dias em maio de 2021. Posteriormente, permanece praticamente constante em torno de 51 a 54 dias, indicando uma gestão consistente do ciclo de recebíveis com pouca variação no tempo médio de recebimento das contas a receber ao longo dos anos analisados. Esta estabilidade pode refletir políticas de crédito e cobrança bem estabelecidas.

Ciclo operacional

O ciclo operacional apresenta uma evolução dinâmica. Em maio de 2020, era de 62 dias, reduzindo para 56 dias em maio de 2021, indicando uma melhora na eficiência operacional. Entretanto, há um aumento para 64 dias em maio de 2022, seguido por uma recuperação parcial para 59 dias em maio de 2023, e recentemente estabilizando em torno de 62 a 61 dias em maio de 2024 e 2025. Essa variação sugere ajustes na gestão do fluxo de processos internos, impacto de mudanças na cadeia de suprimentos ou na demanda de mercado, e uma possível tentativa de estabilizar o ciclo operacional em torno de um padrão consistente.

Ao analisar os dados financeiros fornecidos, observa-se uma tendência de melhoria no índice de rotatividade a pagar ao longo do período avaliado. Inicialmente, há uma redução consistente neste índice de 12,46 em maio de 2020 para 10,54 em maio de 2021, seguida por uma queda significativa para 6,74 em maio de 2022. Embora haja um aumento temporário para 11,27 em maio de 2023, a tendência geral sugere uma melhora na eficiência do gerenciamento das contas a pagar, refletida em índices mais baixos, especialmente até maio de 2025, quando o índice atinge 3,31. Este movimento indica uma possível redução no ritmo de pagamento ou uma gestão mais eficiente do passivo circulante ao longo do tempo.

Por outro lado, o número de dias de rotação de contas a pagar apresenta uma variação mais marcada e irregular. Em maio de 2020, eram necessários 29 dias para rotacionar as contas a pagar, aumentando para 35 dias em 2021 e chegando a 54 dias em 2022. Esse aumento sugere um alongamento no prazo de pagamento aos fornecedores durante esse período. Em 2023, há uma diminuição para 32 dias, indicando uma possível tentativa de acelerar o pagamento ou melhorar o ciclo financeiro em relação ao período anterior. No entanto, a tendência volta a se alongar drasticamente, atingindo 57 dias em 2024, e saltando para 110 dias em maio de 2025, o que aponta para um alongamento significativo nos prazos de pagamento ou uma mudança na estratégia de gerenciamento de contas a pagar.

Em suma, enquanto o índice de rotatividade demonstra uma melhora contínua na eficiência de pagamento ao longo dos anos, o aumento considerável no número de dias de rotação em 2025 indica uma prática de pagamento mais prolongada, o que pode impactar a liquidez e o relacionamento com fornecedores. Assim, há uma combinação de melhorias relativas na gestão do passivo circulante com mudanças substanciais no ciclo de pagamento que merecem atenção para avaliar potenciais efeitos futuros na saúde financeira da entidade.

Dias de rotação de estoque

Houve variações na quantidade de dias necessários para rotacionar o estoque ao longo do período analisado. Após uma redução de 10 dias em 2020 para 7 dias em 2021, o indicador aumentou para 13 dias em 2022, indicando um aumento no tempo de estoque. Nos anos seguintes, permaneceu relativamente estável em torno de 8 dias, com uma leve manutenção em 2024 e 2025, sugerindo maior eficiência na gestão de estoques após a alta registrada em 2022.

Dias de rodízio de contas a receber

Este indicador apresentou estabilidade e uma tendência de leve melhora entre 2020 e 2021, diminuindo de 52 para 49 dias. A permanência em torno de 51 dias em 2022 e 2023 mostra uma manutenção nesse ciclo, enquanto há um pequeno aumento para 54 dias em 2024 e 2025, indicando uma leve demora na recuperação de créditos, o que pode impactar a liquidez de curto prazo.

Dias de rotação de contas a pagar

Observa-se uma trajetória de maior oscilação, com aumento expressivo de 29 dias em 2020 para 35 em 2021, seguido por uma elevação significativa para 54 dias em 2022. Em 2023, houve uma redução para 32 dias, porém, posteriormente, os dias aumentaram novamente para 57 em 2024. Para 2025, há um aumento acentuado de até 110 dias, o que sugere uma estratégia de espera ou adiamento nos pagamentos, podendo refletir mudanças na política de crédito ou na negociação com fornecedores.

Ciclo de conversão de caixa

O ciclo de conversão de caixa apresentou uma tendência de decréscimo ao longo dos anos, partindo de 33 dias em 2020 para apenas 10 dias em 2022, sinalizando uma maior eficiência na conversão de vendas em caixa. Em 2023, ocorreu um aumento para 27 dias, porém, nos anos seguintes, o ciclo reduziu drasticamente para 5 dias em 2024, atingindo uma expectativa de -49 dias em 2025, o que indicaria um período em que o recebimento de receitas ocorre antes do pagamento de despesas, sugerindo uma gestão de caixa altamente eficiente ou possíveis mudanças nos prazos de recebimento e pagamento.