Balanço: ativo
O balanço patrimonial fornece aos credores, investidores e analistas informações sobre os recursos (ativos) da empresa e suas fontes de capital (seu patrimônio líquido e passivos). Normalmente, também fornece informações sobre a capacidade de ganhos futuros dos ativos de uma empresa, bem como uma indicação dos fluxos de caixa que podem vir de recebíveis e estoques.
Ativos são recursos controlados pela empresa como resultado de eventos passados e dos quais se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade.
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2025-05-31), 10-K (Data do relatório: 2024-05-31), 10-K (Data do relatório: 2023-05-31), 10-K (Data do relatório: 2022-05-31), 10-K (Data do relatório: 2021-05-31), 10-K (Data do relatório: 2020-05-31).
Ao analisar a evolução dos ativos e componentes financeiros ao longo do período, observa-se uma tendência de crescimento substancial no total de ativos, que registrou um aumento de aproximadamente 45,8% de maio de 2020 até maio de 2025. Em particular, o ativo não circulante apresentou um incremento expressivo, com destaque para o imobilizado líquido, cujo montante mais que dobrou nesse intervalo, indicando potenciais investimentos em propriedade, planta ou equipamento.
Os ativos circulantes exibiram variações ao longo do período, inicialmente crescendo de maio de 2020 até maio de 2021, passando de US$ 52,140 milhões para US$ 55,567 milhões. Posteriormente, houve uma redução significativa até maio de 2022, atingindo aproximadamente US$ 31,633 milhões, seguida por uma recuperação gradual até maior valor de US$ 24,554 milhões em maio de 2024. Essa dinâmica sugere ajustes nas operações de curto prazo da entidade ou variações na liquidez disponível num período de volatilidade.
Os itens de caixa e equivalentes de caixa apresentaram declínio acentuado entre maio de 2020 e maio de 2023, caindo de US$ 37.239 milhões para US$ 9.765 milhões, com uma leve recuperação subsequente para US$ 10.786 milhões em maio de 2025. Essa redução representa uma diminuição de aproximadamente 70%, sendo importante avaliar as razões por trás de uma possível condução de recursos para investimentos ou pagamento de obrigações.
Os títulos e valores mobiliários tiveram uma variação irregular, inicialmente crescendo de US$ 5.818 milhões em 2020 para US$ 16.456 milhões em 2021, e posteriormente declinando drasticamente em 2022, até US$ 519 milhões. Após essa queda, os níveis se estabilizaram em torno de aproximadamente US$ 200-400 milhões nos anos seguintes, indicando possível venda ou mudança na estratégia de gerenciamento de portfólio financeiro.
Os créditos a receber, líquidos de provisões, demonstraram crescimento constante, subindo de US$ 5.551 milhões em 2020 para US$ 8.558 milhões em 2025. Isso indica uma gestão ativa na carteira de clientes ou aumento na venda a crédito, refletindo potencial aumento na atividade operacional ou expansão comercial.
Os estoques apresentaram variações menores, com um aumento de maio de 2020 a um pico em 2022, após o qual voltaram a níveis próximos aos iniciais. A flutuação sugere ajustes na produção ou na política de inventário em resposta às condições de mercado.
Os ativos não circulantes, incluindo o ativo fixo líquido e outros ativos não correntes, cresceram de forma expressiva. O imobilizado líquido, por exemplo, quase quadruplicou de US$ 6.244 milhões em 2020 para US$ 43.522 milhões em 2025, indicando investimentos significativos na expansão de capacidade de produção ou infraestrutura. Os ativos incorpóreos líquidos também aumentaram inicialmente até 2021, depois passaram a reduzir-se, havendo uma maior ênfase em ativos tangíveis ou investimentos em propriedades físicas ao longo do tempo.
A boa vontade permaneceu relativamente constante em torno de US$ 43.769 milhões em 2020, com ligeiras oscilações, refletindo estabilidade na avaliação de ativos intangíveis adquiridos por aquisições anteriores.
Tributos diferidos ativos tiveram aumento expressivo até 2021 e apresentaram certa estabilidade subsequente, o que pode refletir diferenças nas estratégias tributárias ou reconhecimento de benefícios fiscais diferidos.
Os outros ativos não correntes tiveram incremento ao longo do período, contribuindo para o aumento geral do ativo não circulante, reforçando uma estratégia de crescimento por meio de investimentos em ativos de longo prazo.
Em síntese, a análise revela uma estratégia de crescimento contínuo, com aumento considerável do ativo imobilizado e ativo não circulante, acompanhado por um decréscimo na liquidez de curto prazo que, embora significativa, mostra sinais de estabilização mais recentemente. Essas tendências sugerem uma fase de investimento na expansão operacional e aumento de ativos de longo prazo, possivelmente visando melhorias na capacidade produtiva ou na presença de mercado da empresa.