Merck & Co. Inc. (NYSE:MRK)

Observa-se um crescimento consistente no lucro líquido atribuível à Merck & Co., Inc. entre 2020 e 2024, com uma robusta elevação de aproximadamente 906% do valor de 2020 para 2024, passando de US$ 7.067 milhões para US$ 17.117 milhões.

Nos anos iniciais, de 2020 a 2022, houve um aumento significativo, indicando possível expansão de mercado ou melhorias na eficiência operacional. Porém, em 2023, há uma queda expressiva no lucro líquido para US$ 365 milhões, seguida de uma forte recuperação em 2024, atingindo US$ 17.117 milhões. Essa oscilação sugere que o ano de 2023 pode ter sido impactado por eventos pontuais, como custos extraordinários ou ajustes contábeis, que foram posteriormente compensados em 2024.

O lucro antes de impostos (EBT) também revela um crescimento geral, acompanhando a tendência do lucro líquido, porém apresenta um declínio abrupto em 2023, muito mais acentuado em relação ao ano anterior, seguido de recuperação em 2024. O aumento de aproximadamente 126% de 2020 a 2022 evidencia melhora na margem de lucratividade operacional antes de tributações.

A redução drástica em 2023 pode indicar despesas financeiras elevadas, perdas ocasionais ou outros fatores não recorrentes que impactaram o resultado antes de impostos. A forte recuperação em 2024 reforça a capacidade da empresa de retomar sua performance operacional após períodos de dificuldades.

O resultado de resultados antes de juros e impostos (EBIT) apresenta uma tendência de crescimento semelhante, com crescimento consistente até 2022. Entretanto, também sofre uma queda acentuada em 2023, seguida de uma recuperação expressiva em 2024, atingindo US$ 21.207 milhões, indicando uma melhora significativa na rentabilidade operacional.

Esses dados sugerem que a empresa enfrentou desafios pontuais em 2023, mas conseguiu reverter esses efeitos no ano seguinte, possivelmente por meio de melhorias na eficiência, redução de custos ou sucesso em suas estratégias de vendas e inovação.

A métrica de resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) demonstra a maior volatilidade, com crescimento consistente até 2022, seguido por uma queda drástica em 2023. Entretanto, ela recupera-se de forma expressiva em 2024, atingindo US$ 25.706 milhões, indicando uma forte geração de caixa operacional na fase mais recente.

O comportamento do EBITDA reforça a hipótese de que fatores extraordinários ou despesas específicas afetaram o resultado em 2023, mas a operação da empresa permanece altamente saudável e capaz de gerar um fluxo de caixa robusto na atualidade.

Ao analisar os dados financeiros anuais, observa-se que o valor da empresa (EV) apresentou um crescimento consistente de 2020 até 2022, atingindo um pico de aproximadamente US$296,5 bilhões. Contudo, houve uma redução significativa em 2023, caindo para aproximadamente US$254,4 bilhões, o que indica uma possível diminuição no valor de mercado ou ajustes de avaliação. Em 2024, o EV voltou a aumentar, chegando a cerca de US$354,3 bilhões, refletindo uma recuperação ou crescimento após a queda de 2023.

O EBITDA, por sua vez, seguiu uma tendência de crescimento até 2022, passando de aproximadamente US$13,2 milhões em 2020 para US$21,3 milhões em 2022. Em 2023, o EBITDA caiu para cerca de US$6,9 milhões, indicando uma redução significativa na geração de resultados operacionais antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Contudo, em 2024, houve uma importante recuperação, com EBITDA subindo para aproximadamente US$25,7 milhões, superando claramente os níveis anteriores à queda de 2023.

O rácio EV/EBITDA, que avalia a valorização da empresa em relação à sua geração de caixa operacional, apresentou uma tendência de queda de 2020 até 2021, saindo de 16,05 para 12,18. Em 2022, o crescimento se acentuou para 13,91, refletindo uma leve valorização relativa em relação ao EBITDA. Porém, em 2023, o rácio disparou para 51,3, indicando uma valorização excessiva ou um possível aumento de risco percebido, dado o declínio no EBITDA. Em 2024, o rácio caiu para 9,9, voltando a valores mais próximos de 2021, o que sugere uma melhora na avaliação relativa, alinhando-se com a recuperação do EBITDA.

De modo geral, observa-se que a empresa passou por uma fase de crescimento robusto até 2022, seguida de uma fase de ajuste ou crise em 2023, refletida na redução do EBITDA e na elevação do rácio EV/EBITDA. Em 2024, há sinais de reversão, com melhora no EBITDA e na avaliação de mercado, indicando uma possível recuperação operacional e de mercado.