Johnson Controls International plc (NYSE:JCI)

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de aumento na participação dos produtos e sistemas nas vendas líquidas, iniciando em aproximadamente 80% e atingindo valores superiores a 75% na maior parte dos trimestres, com picos de 76,84% no terceiro trimestre de 2022. Essa evolução sugere um fortalecimento da linha de produtos e sistemas, possivelmente devido a estratégias de foco ou crescimento neste segmento.

Por outro lado, a participação de serviços no faturamento, que começou em cerca de 20%, apresentou variações ao longo do tempo, atingindo picos de aproximadamente 28,87% em determinados períodos e registrando quedas relevantes em outros ciclos, chegando a 23,16% no terceiro trimestre de 2020. Essa oscilação indica uma possível reestruturação ou mudança na composição dos negócios de serviços em relação às vendas totais.

Os custos das vendas, como percentual das vendas líquidas, manteram-se relativamente estáveis na maior parte do período, variando entre aproximadamente 65% e 70%, com alguns picos e quedas pontuais. No entanto, observa-se uma leve tendência à diminuição no percentual em alguns trimestres finais, o que pode indicar melhorias na eficiência operacional ou mudanças de preços ou mix de produtos.

O lucro bruto, expresso como percentual das vendas líquidas, manteve-se ao redor de 32% a 34% na maior parte do período, revelando uma margem relativamente consistente. Houve aumentos pontuais em alguns trimestres, atingindo até 34,73% no primeiro trimestre de 2021, o que sinaliza melhorias na rentabilidade bruta e na gestão de custos.

As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram grande volatilidade. Após um pico significativo de 33,6% no primeiro trimestre de 2024, esse item revelou uma tendência de aumento geral, indicando possível elevação de custos administrativos ou investimentos em estrutura e marketing, especialmente nos últimos trimestres. Em períodos anteriores, houve momentos de redução relativa dessas despesas, embora sem uma tendência clara de longa duração.

As despesas com reestruturações e imparidades, que inicialmente estavam ausentes em alguns períodos, mostraram alta volatilidade. Com picos importantes, como 11,42% no segundo trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2024, essa variável evidencia esforços de reestruturação e ajustes estratégicos que impactaram a demonstração financeira. Essas mudanças refletem um movimento de adaptação às condições de mercado ou realinhamento interno.

O resultado operacional exibiu variações consideráveis, com margens positivas registadas em quase todos os trimestres, atingindo picos de 12,2% a 11,84% e quedas abaixo de 0% em alguns períodos, incluindo prejuízos pontuais. Essas oscilações indicam uma fase de instabilidade operacional e de margens que, embora negativas em alguns momentos, mostram uma recuperação na maior parte do período, sinalizando uma gestão que busca ajustar a rentabilidade diante de desafios diversos.

Encargos financeiros líquidos, considerando sua participação percentual, mostraram-se relativamente estáveis, embora com ligeira tendência de aumento no período mais recente, chegando a -1,62% no último trimestre de 2023. A estabilidade nas despesas financeiras sugere uma gestão de endividamento consistente, embora o aumento na sua participação possa refletir aumento na alavancagem financeira ou custos de financiamento.

O resultado de equivalência patrimonial manteve-se também em patamares modestos, com oscilações ao redor de 0,37% a 1,17%, indicando impacto relativamente pequeno das participações em entidades coligadas ou controladas nesta linha de demonstração financeira.

O resultado antes do imposto de renda foi bastante variável, com margens positivas significativamente altas em alguns trimestres, chegando a 12,61%, e perdas evidentes em outros, como no terceiro trimestre de 2020, quando registrou -2,3%. Essas flutuações podem estar relacionadas às operações contínuas e às condições específicas de mercado ou restructurações em andamento.

O benefício de imposto de renda apresentou momentos de impacto positivo, especialmente em certos trimestres que exibiram valores insustentáveis, como 9,99% no terceiro trimestre de 2019, e resultados negativos em outros, refletindo uma gestão de impostos fragmentada ou que depende de estratégias fiscais específicas ao longo do período.

O resultado líquido, que é a métrica final de lucro ou prejuízo, refletiu a volatilidade do período, apresentando margem positiva em praticamente todos os trimestres, com picos de 66,28% no quarto trimestre de 2018 e valores próximos a 15,73% no último trimestre de 2022. Ainda assim, houve a ocorrência de prejuízos pontuais, como no primeiro trimestre de 2024, indicando desafios residuais na estabilidade de resultados.

Os rendimentos atribuíveis a interesses não controladores mostraram-se negativos na maior parte do tempo, refletindo uma diminuição relativa na participação de acionistas minoritários ou menor impacto de dividendos ou resultados dessas participações ao longo do período.

Por fim, o lucro líquido atribuído à controladora manteve uma trajetória de crescimento até o quarto trimestre de 2022, atingindo um pico de 14,71% em relação às vendas, embora alguns trimestres recentes tenham apresentado recuos, inclusive prejuízos, como no primeiro trimestre de 2024. Essa volatilidade evidencia adaptação das operações e oscilação na rentabilidade atribuível à controladora, influenciada por variáveis operacionais, financeiras e fiscais durante o período.