GE Aerospace (NYSE:GE) 

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que a composição da receita de vendas tem apresentado variações ao longo do tempo, com uma redução na participação das vendas de equipamentos no início do período, especialmente a partir do primeiro trimestre de 2021, quando essa porcentagem caiu para aproximadamente 29,98%. Por outro lado, as vendas de serviços passaram a representar uma parcela maior, chegando a cerca de 70% no mesmo período, indicando possivelmente uma mudança na estratégia comercial ou na estrutura de receitas da empresa.

O custo do equipamento vendido como porcentagem das vendas de equipamentos e serviços demonstrou uma tendência geral de queda, especialmente após 2021, atingindo valores próximos a 26-27% em 2024. Essa redução sugere uma melhora na eficiência operacional ou uma mudança na composição dos produtos vendidos. Já o custo dos serviços, manteve-se relativamente estável, entre aproximadamente 34% e 40%, refletindo uma maior estabilidade nos custos associados a essa linha de negócio.

O lucro bruto das vendas, expresso como porcentagem das vendas de equipamentos e serviços, apresentou aumento ao longo do período, passando de valores próximos a 6% em meados de 2020 para mais de 32% em 2024. Este incremento indica uma melhora na margem de lucro bruto, possivelmente decorrente de uma gestão de custos mais eficiente ou de um mix de produtos mais favorável.

As receitas de seguros registraram variações menores, mantendo-se em torno de 8% a 10% até 2022, com ligeiro aumento a partir de 2023, atingindo cerca de 10,9%. Essa linha de receita parece relativamente constante, contribuindo de forma moderada para as receitas totais.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) apresentaram uma tendência de redução percentual, especialmente a partir de 2023, quando alcançaram aproximadamente 9-10%. Esse movimento sugere uma maior eficiência nos custos operacionais ou uma revisão na estrutura de despesas administrativas.

O resultado operacional antes de impostos mostrou alta volatilidade, com picos em 2024 de mais de 29%, após períodos de prejuízo em 2021 e 2022. Essa evolução reflete melhorias na rentabilidade operacional, suportadas, provavelmente, pelos ganhos de margem bruta e controle de custos. A partir de 2023, esse indicador se estabilizou em níveis elevados, indicando recuperação sustentável.

As despesas financeiras, incluindo juros e encargos financeiros, apresentaram tendência de estabilização, variando de aproximadamente -2% a -4% ao longo do período. Houve também um evento de custos de extinção de dívidas em 2021, que elevou temporariamente esse item, porém, posteriormente, os encargos se estabilizaram em patamares menores.

Perdas de seguros, benefícios de anuidade e outros custos tiveram comportamento variado, com aumentos significativos em determinados períodos, especialmente no primeiro trimestre de 2024, onde alcançaram mais de 8%. Essas oscilações podem refletir eventos específicos ou mudanças em provisões de contingências.

As imparidades de goodwill foram registradas de forma esporádica, com destaque para 2020, quando atingiram cerca de 10.69%, indicando ajustes relacionados a ativos intangíveis de valor elevado ou revisões de valor de mercado.

As receitas e custos de benefícios não operacionais, além de outros itens, também apresentaram variações ao longo do tempo, contribuindo para oscilações no resultado antes do imposto de renda. O resultado operacional antes do IR manteve-se positivo na maior parte do período, com picos acima de 47% e mínimos de aproximadamente -17%, refletindo uma recuperação notável a partir de 2023.

O resultado líquido das operações continuadas evidenciou uma forte recuperação após períodos de prejuízo, especialmente em 2022 e 2023, atingindo margens próximas a 20% no último trimestre de 2024. A lucratividade atribuível aos acionistas e à companhia também seguiu essa melhora, demonstrando uma sólida reversão de resultados negativos em anos anteriores.

Por fim, os lucros atribuíveis às ações ordinárias apresentaram uma tendência de recuperação significativa de prejuízos em anos anteriores para lucros positivos, chegando a quase 20% de margem em 2024. Essa evolução reflete uma melhora na rentabilidade geral da empresa ao longo do período analisado.