Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2025-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2025-03-31), 10-K (Data do relatório: 2024-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2024-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2024-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2024-03-03), 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2023-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2023-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2023-03-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-03-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31).
Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que há uma significativa variação na composição das vendas líquidas entre produtos e serviços ao longo do período. Os produtos representam majoritariamente as vendas no início do período, com porcentagens próximas a 70% a 77%, permanecendo relativamente estáveis até o terceiro trimestre de 2021. Entretanto, a partir do quarto trimestre de 2021, há uma redução expressiva na participação de produtos, chegando a cerca de 64% no final de 2023 e mantendo-se nesse patamar até meados de 2024. Em contrapartida, as vendas de serviços, que inicialmente representam cerca de 22% a 28%, mostram um aumento contínuo após o segundo trimestre de 2021, atingindo aproximadamente 27% a 28% no final de 2023, indicando uma possível estratégia de diversificação ou mudança na composição de receitas.
O custo de vendas, predominantemente associado a produtos, apresenta uma tendência de aumento em termos absolutos conforme percentual das vendas líquidas. Entre 2020 e o terceiro trimestre de 2022, esse custo permanece próximo a 60-65%, refletindo uma estrutura de custos relativamente estável. Contudo, no quarto trimestre de 2022 e no primeiro trimestre de 2023, há uma expressiva elevação, atingindo mais de 80% dessas vendas, o que resulta numa margem bruta bastante reduzida ou negativa em alguns períodos. Desde então, a margem bruta oscila, permanecendo na faixa de aproximadamente 18% a 20%, sugerindo uma melhora relativa na eficiência de custos ou reajustes de preços.
A margem bruta, que acumulou momentos de forte diminuição, principalmente no segundo trimestre de 2020, e períodos de recuperação até o final de 2022, demonstra uma tendência de estabilização ao longo de 2023, frequentemente próxima a 20%. O período de maior retração ocorreu no segundo trimestre de 2020, com margem de aproximadamente 11,8%, devido ao impacto de custos elevados ou redução de receitas. Após esse período, nota-se uma recuperação consistente, consolidando uma margem em torno de 20% em 2023.
Os gastos com pesquisa e desenvolvimento representam uma proporção constante das vendas líquidas, geralmente entre 3,5% e 5,3%, sem alterações marcantes ao longo do período. Essa estabilidade pode indicar uma estratégia contínua de inovação, compatível com o padrão de despesas de uma empresa de tecnologia ou inovação.
As despesas com vendas, gerais e administrativas exibem maior variabilidade, tendo momentos de aumento em relação ao percentual das vendas, como no segundo trimestre de 2020 (aproximadamente 12,9%), e momentos de contenção, chegando a cerca de 6,9% no final de 2023. Essa oscilação pode refletir ajustes em estratégias de operação, controle de custos ou variações na estrutura de despesas operacionais ao longo do período analisado.
O prejuízo de ágio foi registrado até o segundo trimestre de 2020, após o qual não há mais registros, possivelmente indicando que esse item foi integralmente amortizado ou eliminado do balanço. O impacto de outras receitas e despesas líquidas apresenta variações, com momentos de aumento, especialmente no segundo trimestre de 2022, quando houve uma despesa líquida de aproximadamente 4,5% das vendas, e períodos de efeito neutro ou positivo, como no primeiro trimestre de 2023.
Os resultados operacionais evidenciam uma forte volatilidade durante o período, com destaque para o segundo trimestre de 2020, quando houve um prejuízo operacional de aproximadamente 26,7%, possivelmente decorrente de efeitos económicos adversos ou custos não recorrentes. Posteriormente, há uma recuperação consistente, atingindo margens próximas a 9% a 10% em diversos trimestres de 2022 e 2023. Essa recuperação indica uma melhoria na eficiência operacional ou na equipe de vendas e gerenciamento de custos.
As despesas financeiras líquidas mantêm-se relativamente estáveis, na faixa de aproximadamente -2,1% a -2,9% das vendas, refletindo uma política de endividamento controlada ou custos financeiros trabalhados de forma eficiente ao longo do tempo.
O resultado de operações continuadas apresentou forte variação, especialmente no segundo trimestre de 2020, atingindo uma redução significativa, mas retornando a níveis positivos nas demais ocasiões, evidenciando uma capacidade de recuperação econômica após períodos difíceis. O lucro líquido, que apresentou queda dramática no segundo trimestre de 2020 com prejuízo de 27%, recuperou-se nos períodos seguintes, apresentando margens positivas e, em algum momento, superiores a 9% ao longo de 2023.
Por fim, o lucro líquido atribuído aos acionistas também refletiu a volatilidade do período, demonstrando momentos de prejuízo no segundo trimestre de 2020, mas retomando posições de lucro constante em diferentes trimestres, com uma tendência de estabilidade e crescimento na última parte do período analisado. A participação de não controladores mostra-se relativamente estável, com pequenas oscilações, refletindo uma estrutura de participação acionária consolidada sem grandes mudanças na composição de controladoras.