Celgene Corp. (NASDAQ:CELG)

Ao analisar os indicadores financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se uma tendência geral de aumento na alavancagem financeira da empresa. O índice de dívida sobre patrimônio líquido passou de 1,05 em 2014 para 3,29 em 2018, indicando uma ampliação significativa do endividamento relativo ao patrimônio líquido, o que sugere maior utilização de dívida para financiar os ativos.

De forma semelhante, o rácio dívida/capital total elevou-se de 0,51 em 2014 para 0,77 em 2018, refletindo um crescimento na proporção de dívida em relação ao capital total da empresa. Para o índice de dívida/ativos, houve incremento de 0,40 para 0,57 nesse mesmo período, indicando que uma parcela maior dos ativos passou a ser financiada por dívidas.

O índice de alavancagem financeira também apresentou alta, passando de 2,66 para 5,76, confirmando a tendência de maior endividamento relativamente ao patrimônio, o que aumenta o risco financeiro, embora possa potencialmente ampliar os retornos sobre o patrimônio investido.

Por outro lado, o índice de cobertura de juros apresentou baixa de 14,22 em 2014 para 7,52 em 2018, indicando uma deterioração na capacidade de cobrir os encargos de juros com os lucros operacionais. Essa redução aponta para maior esforço da empresa em manter suas despesas com juros sustentáveis, embora ainda seja uma margem considerável.

O índice de cobertura de encargos fixos alternou de forma semelhante, iniciando em 10,77 em 2014 e diminuindo para 6,66 em 2018. Essa redução reforça a percepção de crescente pressão potencial sobre a capacidade de atender às obrigações fixas, refletindo aumento na alavancagem e potencial aumento do risco financeiro.

Em suma, o período analisado revela uma tendência de aumento do endividamento em relação ao patrimônio e aos ativos, acompanhada por uma diminuição na capacidade de cobertura dos encargos financeiros. Esses padrões indicam uma maior exposição ao risco financeiro, possivelmente associada à estratégia de crescimento que envolve maior uso de dívida.

Análise do endividamento total ao longo do período avaliado revela uma tendência de crescimento consistente. A evolução de aproximadamente US$ 6,9 bilhões em 2014 para US$ 20,3 bilhões em 2018 indica que a empresa aumentou substancialmente sua alavancagem financeira, possivelmente para financiar aquisições, investimentos ou outras estratégias de expansão.

O patrimônio líquido apresentou uma variação menos acentuada, com uma oscilação que mostra uma ligeira recuperação de US$ 6,5 bilhões em 2014 para US$ 6,2 bilhões em 2018. No entanto, houve uma redução de patrimônio em 2015, o que pode refletir perdas ou distribuição de dividendos, seguida por uma recuperação parcial nos anos subsequentes.

O índice de dívida sobre patrimônio líquido mostrou uma elevação significativa durante o período, passando de 1,05 em 2014 para 3,29 em 2018. Este aumento sugere uma expansão do endividamento em relação ao patrimônio, indicativo de um maior grau de alavancagem financeira. Tal aumento pode representar maior risco financeiro, mas também pode indicar uma estratégia deliberada de financiamiento para expansão ou realização de projetos de maior impacto.

Endividamento total

Observa-se um aumento contínuo no endividamento total ao longo do período analisado. Em 2014, o valor era de aproximadamente US$ 6,87 bilhões, elevando-se para cerca de US$ 20,27 bilhões em 2018. Este crescimento indica uma ampliação do nível de dívidas ao longo dos anos, possivelmente refletindo uma estratégia de financiamento para impulsionar operações ou investimentos significativos.

Capital total

O capital total apresentou uma tendência de crescimento constante. Em 2014, o valor era de aproximadamente US$ 13,39 bilhões, passando para US$ 26,43 bilhões em 2018. Essa expansão do capital total sugere que a empresa aumentou seu patrimônio ao longo do período, o que pode indicar re-investimento de lucros, emissões de ações ou outras formas de captação de recursos.

Rácio dívida/capital total

O rácio dívida/capital total evidenciou uma tendência de aumento, saindo de 0,51 em 2014 para 0,77 em 2018. Este aumento gradual indica que a proporção de dívidas em relação ao capital total da empresa tem crescido, podendo indicar uma maior alavancagem financeira na estratégia de financiamento. Apesar do crescimento desse rácio, ele permaneceu abaixo de 1, o que sugere que a maior parte do financiamento ainda é proveniente do capital próprio, embora a dependência de dívidas tenha aumentado ao longo do tempo.

Endividamento total

Houve um aumento consistente no endividamento total ao longo do período analisado. Em 2014, o valor era de US$ 6.872 milhões, alcançando US$ 20.270 milhões em 2018. O crescimento demonstrado é significativo, com o endividamento mais que triplicando ao longo de cinco anos, indicando uma estratégia de financiamento que potencialmente visa capitalizar oportunidades de expansão ou investimentos de maior escala.

Ativos totais

Os ativos totais também apresentaram uma expansão constante ao longo do período, passando de US$ 17.340 milhões em 2014 para US$ 35.480 milhões em 2018. Este aumento sugere crescimento operacional e potencial incremento no volume de negócios ou investimentos de ativos fixos e circulantes. A proporção de crescimento dos ativos foi proporcional ao aumento do endividamento, refletindo possivelmente uma fonte de financiamento de dívidas para sustentar a expansão.

Relação dívida/ativos

A relação dívida/ativos iniciou em 0,4 em 2014, indicando que 40% dos ativos totais eram financiados por dívidas. Este índice aumentou ao longo do tempo, atingindo 0,57 em 2018. Essa tendência sugere uma maior alavancagem financeira, com uma maior dependência de endividamento relativamente ao total de ativos. Apesar do aumento, esse índice ainda permanece abaixo de 1, indicando que uma parcela significativa dos ativos continua sendo financiada por capitais próprios ou outras fontes.

De modo geral, os dados demonstram uma estratégia de crescimento sustentada por maior endividamento, que acompanha o incremento nos ativos totais. A maior alavancagem financeira, embora possa representar maior risco financeiro, também pode refletir uma tentativa de alavancar recursos para ampliar operações e potencialmente melhorar a rentabilidade, desde que gerenciados adequadamente.

Ativos totais

Observa-se um crescimento contínuo nos ativos totais ao longo dos cinco anos analisados, passando de US$ 17.340 milhões em 2014 para US$ 35.480 milhões em 2018. Este aumento indica uma expansão significativa do porte da empresa, possivelmente refletindo aquisições, investimentos ou aumento na operação. A taxa de crescimento mostra uma aceleração após 2015, sugerindo um período de maior investimento ou expansão de recursos.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresenta uma flutuação ao longo do período, iniciando em US$ 6.525 milhões em 2014, caindo para US$ 5.919 milhões em 2015, recuperando-se para US$ 6.599 milhões em 2016, e atingindo US$ 6.921 milhões em 2017, porém recuando para US$ 6.161 milhões em 2018. Essa variação indica que a empresa enfrentou momentos de retração e recuperação, possivelmente influenciados por resultados operacionais, distribuições de lucros ou variações na valorização de ativos.

Índice de alavancagem financeira

O índice de alavancagem financeira apresenta uma tendência de incremento acentuado ao longo do período, partindo de 2,66 em 2014 até atingir 5,76 em 2018. Este aumento sugere que a empresa passou a financiar-se de maneira mais agressiva, aumentando sua proporção de dívida em relação ao patrimônio líquido. O crescimento deste índice ao longo dos anos pode sinalizar uma estratégia de endividamento para sustentar a expansão dos ativos ou otimizar a estrutura de capital.

A análise dos dados financeiros ao longo do período de 2014 a 2018 revela determinadas tendências e variações nos indicadores observados.

Lucro antes de encargos fixos e impostos

Nos anos iniciais, o lucro antes de encargos fixos e impostos apresentou uma leve diminuição de 2014 para 2015, passando de US$ 2.566 milhões para US$ 2.400 milhões. A partir de 2016, esse indicador demonstrou uma recuperação significativa, atingindo US$ 2.942 milhões, e posteriormente experimentou um crescimento substancial em 2017, chegando a US$ 4.905 milhões. Em 2018, esse valor continuou em alta, atingindo US$ 5.686 milhões, indicando uma tendência de forte aumento na geração de lucro operacional antes de encargos fixos e impostos.

Encargos fixos

Os encargos fixos apresentaram uma trajetória de crescimento consistente ao longo do período. Em 2014, estavam em US$ 238 milhões, evoluindo para US$ 377 milhões em 2015 e quase dobrando até US$ 570 milhões em 2016. O aumento se acumulou nos anos seguintes, chegando a US$ 591 milhões em 2017 e atingindo US$ 854 milhões em 2018. Este crescimento sugere uma ampliação nos custos fixos associados às operações da empresa.

Índice de cobertura de encargos fixos

Este índice, que mede a capacidade operacional de cobrir os encargos fixos, apresentou uma oscilação ao longo do período. De 10,77 em 2014, houve uma redução expressiva até 2016, atingindo 5,17. Em 2017, houve recuperação, com o índice subindo para 8,3. Contudo, em 2018, o índice voltou a diminuir, situando-se em 6,66. Essas variações indicam que, embora a geração de lucro antes de encargos estivesse crescendo, a capacidade de cobrir os encargos fixos de forma proporcional apresentou uma flutuação, podendo refletir mudanças na estrutura de custos ou na eficiência operacional.