Mastercard Inc. (NYSE:MA)

A análise dos indicadores financeiros ao longo dos anos revela diversas tendências e variações que merecem atenção.

Relação preço/lucro líquido (P/E)

Observa-se um aumento progressivo dessa métrica de 38,62 em 2018 até alcançar um pico de 52,84 em 2020, indicando uma valorização do mercado em relação ao lucro líquido durante esse período. Em 2021, houve uma diminuição para 41,61, seguida por uma redução mais acentuada em 2022 para 35,51, o que sugere uma possível correção na avaliação de mercado ou uma melhoria no desempenho de lucros, reduzindo a múltipla de avaliação.

Relação preço/resultado operacional (P/OP)

Essa relação também apresentou crescimento de 31,07 em 2018 para 41,92 em 2020, refletindo uma valorização do mercado frente ao resultado operacional. Após esse pico, houve declínio para 35,85 em 2021 e uma redução adicional para 28,76 em 2022, indicando uma potencial reversão na valorização ou melhorias nos resultados operacionais que justificaram múltiplas menores.

Relação preço/receita (P/S)

Esta relação cresceu continuamente de 15,13 em 2018 para 22,14 em 2020, o que indica uma maior apreciação do mercado em relação à receita. Apesar de uma ligeira queda para 19,14 em 2021, ela voltou a diminuir para 15,86 em 2022, aproximando-se dos níveis de 2018, sugerindo uma estabilização ou uma avaliação mais conservadora relativamente às receitas na última année.

Relação preço/valor contabilístico (P/BV)

A relação manteve-se bastante elevada e relativamente estável, variando de 41,94 em 2018 para um pico de 58,15 em 2019, declinando posteriormente para 53 em 2020, retornando para 49,43 em 2021 e atingindo 56 em 2022. Essa oscilação indica uma forte valorização do mercado relativamente ao valor patrimonial da empresa, com um aumento na última data, possivelmente refletindo expectativas de crescimento ou reconhecimento de valor intangível.

De modo geral, os indicadores mostram uma valorização significativa dos múltiplos de avaliação até 2020, seguida por uma tendência de redução ou estabilização em 2021 e 2022, o que poderá refletir mudanças nas expectativas de mercado, melhorias nos resultados operacionais ou ajustes na percepção de risco.

Preço das ações

Observa-se uma tendência geral de valorização no preço das ações ao longo do período analisado, com aumento de aproximadamente 59% entre o final de 2018 (US$ 220,54) e o final de 2022 (US$ 369,96). Houve uma significativa elevação de 54,4% de 2018 para 2019, seguida por uma estabilidade relativamente estável em 2020, quase estático em relação ao ano anterior. Em 2021, o preço manteve-se praticamente constante, chegando a US$ 369,96, mas apresentou um crescimento expressivo de 0,07% em 2022, indicando potencial valorização contínua.

Lucro por ação (EPS)

O EPS apresentou crescimento ao longo do período, com variações relevantes. Entre 2018 e 2019, houve um aumento expressivo de aproximadamente 41,6% (de US$ 5,71 para US$ 8,08). Em 2020, houve uma redução de 20,2% em relação a 2019, caindo para US$ 6,45, indicador que pode refletir impactos de fatores econômicos adversos ou mudanças na estrutura de custos. A recuperação se concretizou em 2021, com o EPS atingindo US$ 8,89, representando um crescimento de 37,9% em relação ao ano anterior, seguido por uma continuidade da trajetória de alta, atingindo US$ 10,42 em 2022, um avanço de aproximadamente 17,3%.

P/E ratio (Índice Preço/Lucro)

O índice P/E iniciou em 38,62 em 2018, apresentando aumento progressivo até atingir 52,84 em 2020, o que indica uma valorização dos ativos com base na expectativa de lucros futuros. Em 2021, o índice diminuiu para 41,61, sugerindo uma avaliação mais moderada do mercado em relação à companhia ou uma mudança nas expectativas de crescimento. Em 2022, houve uma nova redução para 35,51, o menor valor desse período, indicando que o mercado passou a valorar a empresa de forma mais conservadora ou que houve expectativas de crescimento mais realistas frente ao aumento do EPS.

Ao analisar as tendências apresentadas nos dados financeiros, observa-se que o preço das ações da empresa apresentou um crescimento contínuo ao longo do período, passando de 220,54 dólares em 2018 para 369,96 dólares em 2022, indicando uma valorização significativa ao longo dos anos.

O lucro operacional por ação também demonstrou uma tendência de aumento geral, saindo de 7,1 dólares em 2018 para 12,87 dólares em 2022. Apesar de uma pequena redução em 2020, o valor recuperou e superou o nível anterior, refletindo uma melhora na rentabilidade operacional per capita ao longo do tempo.

O índice P/OP (preço sobre lucro operacional por ação) apresentou variações ao longo do período, iniciando em 31,07 em 2018, atingindo um pico de 41,92 em 2020, e subsequently caindo para 28,76 em 2022. Essa evolução sugere que, enquanto o preço das ações aumentou de maneira contínua, a relação entre preço e lucro operacional mostrou uma tendência de redução mais acentuada nos últimos anos, indicando uma possível valorização das ações que não acompanhou proporcionalmente o crescimento do lucro operacional por ação.

De modo geral, os dados evidenciam uma trajetória de valorização do mercado acionário da entidade, sustentada por melhorias no lucro operacional por ação, embora o índice P/OP indique uma redução na relação de avaliação relativa ao lucro operacional, o que pode refletir uma maior percepção de segurança dos investidores ou uma reavaliação do mercado em relação ao potencial de crescimento da empresa.

Preço das ações

Observa-se uma trajetória de crescimento contínuo no preço das ações ao longo do período analisado. Após um aumento expressivo de 2018 para 2019, os valores se mantiveram relativamente estáveis em 2020, demonstrando uma estabilidade na cotação. A partir de 2021, o preço das ações retomou uma ascensão contínua, atingindo o valor mais elevado em 2022, indicando uma valorização consistente no mercado ao longo de cinco anos.

Vendas por ação

As vendas por ação apresentaram tendência de crescimento ao longo do período. Houve uma elevação de 14,57 dólares em 2018 para 16,80 dólares em 2019, seguida por uma ligeira redução em 2020, chegando a 15,40 dólares. A partir de 2021, passou a apresentar aumento substancial, atingindo 19,32 dólares, e continuando a subir até 23,33 dólares em 2022. Essa evolução sugere uma melhora no desempenho financeiro relativo ao número de ações em circulação ou aumento nas receitas geradas por cada ação.

Rácio P/S (Preço sobre Vendas)

O rácio P/S teve uma variação de alta até 2020, atingindo seu ponto máximo em 2020 com 22,14, indicando uma valorização maior em relação às vendas. Contudo, a partir de 2021, houve uma queda acentuada para 19,14, e posteriormente para 15,86 em 2022. Essa redução pode refletir uma diminuição na avaliação de mercado em relação às vendas ou uma adaptação do mercado às condições financeiras da empresa, possivelmente acompanhando a valorização contínua do preço das ações e o crescimento das vendas por ação.

Ao analisar os dados fornecidos, observa-se uma tendência de crescimento no preço das ações ao longo do período de 2018 a 2022, passando de 220,54 dólares em 2018 para 369,96 dólares em 2022, refletindo uma valorização consistente ao longo desses anos. Mesmo com pequenas variações, o aumento geral sugere uma percepção positiva do mercado em relação à companhia durante esse intervalo.

O valor contábil por ação (BVPS) também apresentou crescimento de 5,26 dólares em 2018 para 6,61 dólares em 2022, indicando uma melhora na posição patrimonial da empresa entre esses anos. No entanto, após atingir um pico de 7,48 dólares em 2021, houve uma ligeira queda no BVPS em 2022, o que pode sugerir ajustes na avaliação contábil ou variações nos ativos ou lucros retidos.

O rácio P/BV nesse período apresentou variações ao redor de valores elevados, refletindo uma alta valorização do mercado em relação ao valor contábil. Foi observado um aumento de 41,94 em 2018 para 58,15 em 2019, seguido por uma redução para 53 em 2020, indicando uma pequena diminuição da relação. Em 2021, o P/BV recuou para 49,43 antes de subir novamente para 56 em 2022. Essas flutuações evidenciam uma avaliação de mercado relativamente alta e uma percepção de crescimento continuado, embora com ajustes pontuais na relação entre o valor de mercado e o valor contábil.

De modo geral, a combinação de aumentos no preço das ações e no valor contábil por ação, juntamente com o comportamento do rácio P/BV, sugere que a empresa manteve uma trajetória de valorização de mercado consistente, apoiada por melhorias no patrimônio líquido, com leves variações que podem refletir oscilações na percepção de risco, desempenho financeiro ou condições de mercado ao longo dos anos analisados.