Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2017 a 2021, observa-se uma tendência de redução no peso relativo de passivos de longo prazo, que passaram de 50,86% em 2017 para 29,72% em 2021. Essa diminuição significativa indica uma estratégia de quitação ou refinanciamento de obrigações de longo prazo, refletindo possivelmente uma melhora na estrutura de capital da empresa e na sua liquidez a longo prazo.
Contrariamente, os passivos circulantes tiveram uma elevação percentual, passando de 19,25% em 2017 para 23,7% em 2021, indicando um aumento na parcela de obrigações de curto prazo ou uma maior dependência de recursos de curto prazo. Essa mudança pode sugerir maior ênfase na gestão de passivos de curto prazo ou uma alteração na política de financiamento da empresa.
O item referente aos empréstimos de curto prazo apresentou aumento do percentual, de 1,02% em 2017 para 1,88% em 2018, seguido por oscilações menores, o que sugere uma disposição contínua em manter uma parcela relevante de endividamento de curto prazo, embora em proporções relativamente pequenas em relação ao passivo total.
Os saldos relativos a contas a pagar apresentaram aumento em sua participação, de 11,57% em 2017 para 13,82% em 2021, indicando uma gestão de contas a pagar que prioriza a manutenção ou aumento de obrigações nesta categoria, possivelmente em decorrência de maior volume de compras ou de estratégias de alongamento de prazos com fornecedores.
A análise dos itens associados aos lucros não distribuídos mostra crescimento contínuo, de 30,51% em 2017 para 40,3% em 2021, refletindo uma política de retenção de lucros e fortalecimento do patrimônio da empresa ao longo do período, além de potencial adequação às necessidades de investimentos futuros.
O patrimônio líquido, por sua vez, expandiu sua participação, de 27,7% em 2017 para 45,38% em 2021. Essa ampliação indica uma maior autossuficiência financeira e uma estabilização do capital próprio, o que pode contribuir para uma maior resiliência financeira da companhia.
O patrimônio líquido atribuído à empresa cresceu em termos absolutos e relativos, corroborando a tendência de fortalecimento do patrimônio e indicando uma possível consolidação de resultados ao longo do período analisado.
Quanto às ações em tesouraria, houve uma redução no seu percentual, de -14,55% em 2017 para -9,2% em 2021, o que sugere uma política de recompra de ações que foi sendo moderada ao longo do tempo, ou uma estratégia de valorização das ações em circulação.
Por fim, o incremento no valor do patrimônio líquido, associado ao aumento nos lucros retidos e na participação dos interesses não controladores, demonstra uma melhora na saúde financeira e na estrutura de capital da companhia, possibilitando maior capacidade de investimento e resiliência econômica.