Constellation Brands Inc. (NYSE:STZ)

Ao analisar as tendências do passivo e do patrimônio líquido ao longo dos anos, observa-se uma redução no percentual do passivo total em relação ao passivo de 62,99% em 2017 para 53,4% em 2022, indicando uma melhoria na estrutura de capital da empresa ao diminuir sua dependência de passivos totais. A parcela de passivo non circulante apresenta uma leve diminuição, passando de 48,49% em 2017 para 42,97% em 2022, refletindo uma possível redução da concentração de dívidas de longo prazo não circulantes.

O passivo circulante demonstra flutuações anuais, sendo certo que sua proporção atingiu o seu ponto mais baixo em 2021 (4,68%) e voltou a subir em 2022 (10,44%). Essa variação sugere mudanças na gestão de liquidez, possivelmente ajustando o nível de obrigações de curto prazo ao longo do período. Notavelmente, os vencimentos correntes da dívida de longo prazo apresentaram uma redução significativa em 2018, atingindo 0,11%, indicando uma quitação ou alongamento de dívidas de longo prazo naquele ano, seguida de uma recuperação gradual até 2022 (2,34%).

O componente de dívida de longo prazo, excluindo vencimentos correntes, manteve-se relativamente estável, variando de aproximadamente 36,7% a 45,85%, indicando uma composição consistente de obrigações de longo prazo ao longo dos anos. As provisões para impostos diferidos também apresentaram uma tendência de diminuição quer em 2018 (3,5%) quer em 2020 (1,41%), refletindo possíveis ajustes em expectativas fiscais ou alterações na base de ativos e passivos fiscais diferidos.

No que se refere aos passivos relacionados a benefícios fiscais e impostos a pagar, houve variações menores, com aumentos na participação de passivos de benefícios fiscais não reconhecidos de 0,46% em 2018 para 1,23% em 2022, indicando uma potencial expansão em passivos fiscais futuros ou ajustes nas avaliações fiscais da empresa.

Em relação ao patrimônio líquido, houve crescimento consistente ao longo do período, passando de 37,04% em 2017 para aproximadamente 46,6% em 2022, com destaque para o aumento em "Lucros não distribuídos", que atingiram 56,1% em 2022, sugerindo uma estratégia de retenção de lucros e fortalecimento do capital próprio. O capital adicional realizado também apresentou variações, atingindo 7% em 2022.

Além disso, as ações em tesouraria tiveram destaque negativo, aumentando sua participação de -14,93% em 2017 para -16,14% em 2022, o que reflete uma política de recompra de ações ou gestão de ações em circulação. A composição de interesses não controladores permaneceu relativamente estável, mantendo-se em torno de 1,22% a 1,25%, indicando uma participação minoritária consistente.

De modo geral, os dados evidenciam uma tendência de estrutura de capital mais equilibrada, com menor dependência de passivos de curto prazo e uma maior consolidação do patrimônio líquido, apoiada pelo crescimento de lucros retidos. Essas alterações sugerem uma estratégia de fortalecimento financeiro e uma gestão mais cautelosa dos passivos ao longo do período analisado.