Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Philip Morris International Inc., estrutura do balanço patrimonial consolidado: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2024-12-31), 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma dinâmica significativa na composição do passivo e do déficit dos acionistas. Os empréstimos de curto prazo apresentaram um aumento expressivo até 2022, atingindo 9,14% do passivo total, seguido de uma redução substancial em 2023 e 2024, indicando uma possível estratégia de alongamento do endividamento de curto prazo ou liquidação dessa dívida.
Por sua vez, a parcela atual da dívida de longo prazo apresentou uma diminuição até 2022, atingindo 4,23%, mas voltou a registrar aumento em 2023, chegando a 7,19%, antes de reduzir-se novamente em 2024 para 5,49%. Essa oscilação sugere variações na estrutura de endividamento de longo prazo ao longo do período analisado.
O passivo circulante, que compreende obrigações de curto prazo, revelou uma tendência de queda, passando de aproximadamente 43,77% em 2020 para 37,09% em 2024, indicando uma melhoria na liquidez ou reestruturação das obrigações de curto prazo.
Os passivos não circulantes, por sua vez, tiveram uma redução de aproximadamente 80% em 2020 para cerca de 66% em 2022, antes de retornarem a aproximadamente 79% em 2024, refletindo uma mudança na composição do passivo de longo prazo ao longo do período.
O total do passivo, como proporção do passivo total e déficit dos acionistas, permaneceu relativamente estável, entre 110% e 123%, evidenciando uma manutenção na estrutura global de endividamento com pequenas variações ao longo dos anos.
Na composição do déficit do acionista, destaca-se o aumento do lucro reinvestido, que elevou sua participação de aproximadamente 70,6% em 2020 para 80,12% em 2021, embora tenha sofrido retração nos anos subsequentes, estabilizando por volta de 52% a 53%.
Perdas abrangentes acumuladas apresentaram uma redução significativa ao longo de 2020 e 2021, mas tiveram leve aumento em 2024, sugerindo oscilações na valorização de ativos ou reconhecimentos de perdas não realizadas.
O custo do estoque recomprado demonstrou uma forte variação, sendo extremamente negativo em 2020 e 2021, com redução gradual de sua magnitude até 2024, o que pode indicar uma estratégia de recompra de ações ou estoques com impacto significativo na composição do passivo e do patrimônio. Já o déficit total dos acionistas apresentou uma trajetória de recuperação até 2022, seguido de incremento em 2023 e 2024, indicando evolução na situação patrimonial líquida.
Em resumo, os dados apontam para uma estrutura de endividamento com reajustes e adaptações ao longo do tempo, uma maior ênfase na sustentabilidade do capital próprio e uma gestão prudente das obrigações de curto e longo prazo, após períodos de mudanças marcantes em suas proporções relativas.