Applied Materials Inc. (NASDAQ:AMAT)

Ao analisar os dados trimestrais apresentados, observam-se diversas tendências e variações nos indicadores financeiros ao longo do período avaliado.

O índice de giro de estoque demonstra uma estabilização relativamente próxima de 2,3 a 2,6 vezes ao longo do período, com aumento notável em algumas datas, atingindo picos de 2,8 e 2,82, indicando uma melhora na eficiência na rotação de estoques. Essa estabilidade sugere uma gestão consistente do estoque, com variações sutis ao longo do tempo.

O índice de giro de recebíveis mostra um comportamento mais volátil, com valores variando entre aproximadamente 4,25 e 5,98. Destaca-se uma redução a partir de 5,88 (julho de 2019) até um valor mais baixo de 4,25 (janeiro de 2023), seguida por uma leve recuperação. Essas flutuações indicam alterações na eficiência na recuperação de recebíveis ao longo do tempo, possivelmente influenciadas por mudanças na política de crédito ou na coleta de contas a receber.

O índice de giro de capital de giro apresenta uma tendência de aumento moderada, iniciando em cerca de 1,86 e atingindo até 3,02, evidenciando uma melhora na utilização do capital de giro ao longo do período. Essa elevação sugere maior eficiência na administração do capital de giro, possivelmente relacionada à otimização de recursos ou ajustes na estratégia financeira.

Os dias de rotação de estoque permanecem relativamente constantes entre 138 e 159 dias, com uma ligeira redução e estabilização em torno de 139 a 157 dias. Essa consistência indica uma gestão que mantém os ciclos de inventário relativamente estáveis ao longo do tempo.

Já os dias de rodízio de contas a receber variam mais significativamente, indo de aproximadamente 61 a 86 dias. Observa-se uma tendência de aumento ao longo do tempo, chegando a valores superiores a 70 dias em períodos recentes. Essa tendência pode refletir uma extensão no período de recebimento, o que pode impactar a liquidez da operação.

Por fim, o ciclo operacional, que combina os dias de estoque e de recebíveis, mostra uma subida progressiva de cerca de 195 dias para aproximadamente 243 dias, indicando um aumento no tempo total de ciclo de operação. Essa elevação pode implicar em maior período de capital de giro investido na operação, potencialmente afetando a liquidez e o capital disponível para outras necessidades financeiras.

Em resumo, esses indicadores sugerem uma melhora na eficiência operacional em alguns aspectos, como o giro de estoque e de capital de giro, enquanto há aumento no ciclo operacional e nos dias de recebíveis, sinalizando possíveis áreas a serem monitoradas para manter a saúde financeira e operacional da entidade.

Análise das variações no custo dos produtos vendidos

Observa-se uma tendência geral de aumento no custo dos produtos vendidos ao longo do período analisado, passando de US$ 2.088 milhões no início de 2019 para US$ 3.670 milhões no primeiro trimestre de 2025. Houve variações pontuais, com picos registrados em momentos específicos, visando refletir possíveis oscilações de mercado, aumento de produção ou variações nos custos de insumos. Destaca-se um crescimento contínuo, especialmente entre 2020 e 2022, indicando uma escalada nos custos que pode estar relacionados à expansão da produção ou à cadeia de abastecimento. A estabilização relativamente moderada nos últimos trimestres sugere uma possível melhora na gestão de custos ou ajustes de preços.

Análise das variações nos inventários

Os inventários apresentam uma evolução significativa de US$ 3.703 milhões em janeiro de 2019 para US$ 5.656 milhões em abril de 2025. Após oscilações próximas de valores em torno de 3.500 a 4.900 milhões, há um aumento acentuado em 2020, chegando a picos superiores a 5.000 milhões, consolidando-se até meados de 2022. O crescimento contínuo sugere que a empresa acumulou estoques ao longo do tempo, possivelmente em tentativa de atender à demanda futura ou devido a estratégias de produção. Apesar dessa acumulação, também há sinais de ajustes na gestão de estoques, com algumas reduções pontuais nos valores mais recentes, indicando uma tentativa de reduzir excesso ou melhorar o giro de estoque.

Análise do índice de giro de estoque

O índice de giro de estoque manteve-se relativamente estável ao longo do período, oscilando em torno de 2.3 a 2.8. Calcula-se que a empresa renova seu estoque aproximadamente de duas a três vezes ao ano, o que é típico para setores com rotatividade elevada. Notavelmente, houve um aumento marginal no índice a partir de meados de 2021, chegando a valores próximos de 2.63, o que pode indicar melhorias na eficiência na utilização dos estoques ou esforços para acelerar a rotatividade. Essa estabilidade, aliada ao aumento nos inventários, sugere uma gestão de estoques que busca equilibrar a disponibilidade de produtos com a eficiência operacional, sem elevar excessivamente a frequência de giro.

Ao analisar os dados trimestrais, observa-se uma tendência geral de crescimento na receita líquida ao longo do período considerado. No início, em janeiro de 2019, a receita totalizava aproximadamente US$ 3.753 milhões, apresentando flutuações moderadas ao longo dos trimestres seguintes. Até o quarto trimestre de 2021, a receita atingiu seu pico em US$ 6.520 milhões, indicando um crescimento consistente e robusto ao longo de aproximadamente dois anos.

Após esse pico, o valor da receita apresenta estabilidade relativa, com pequenas variações que mantêm-se na faixa de US$ 6.600 a US$ 7.200 milhões, até o último trimestre de abril de 2025, onde o valor chega a US$ 7.166 milhões. Essa trajetória demonstra uma trajetória de crescimento contínuo, embora moderado, sem quedas expressivas nos últimos trimestres.

No que concerne às contas a receber líquidas, observa-se uma tendência de aumento de longo prazo, passando de aproximadamente US$ 2.444 milhões em janeiro de 2019 para cerca de US$ 6.187 milhões em abril de 2025. No entanto, os dados também evidenciam uma maior volatilidade nesse indicador, que apresenta oscilações de aumento e redução em diferentes períodos. Desde meados de 2019, tal indicador mantém-se em elevação constante, indicando maior volume de crédito concedido ou de gerência de recebíveis.

Na relação entre contas a receber e receita líquida, o índice de giro de recebíveis apresenta variações consideráveis ao longo do período. Inicialmente, do início de 2019 até o segundo trimestre de 2020, o índice oscilou pouco, situando-se na faixa de aproximadamente 5,5 a 5,9, indicando rotatividade relativamente saudável dos recebíveis. No entanto, a partir do terceiro trimestre de 2020, o índice apresenta uma tendência de queda acentuada, chegando a valores próximos de 4,25 no quarto trimestre de 2021. Essa redução aponta para uma menor velocidade na conversão de recebíveis em caixa, podendo refletir alterações na política de crédito, condições de mercado ou eficiência na cobrança. Após essa queda, o índice estabiliza em torno de 4,5 a 5,5 nos últimos trimestres, sugerindo uma recuperação parcial na eficiência de gerenciamento de contas a receber.

De modo geral, o período analisado revela uma expansão sólida na receita líquida, acompanhada de crescimento na carteira de contas a receber, com flutuações na eficiência de seu giro. Esses padrões sugerem uma estratégia de crescimento que aumentou o volume de negócios e crédito concedido, com uma subsequente estabilização dos indicadores de eficiência ao longo do tempo, refletindo ajustes na gestão de recebíveis para melhorar a liquidez e a rotatividade desses ativos.

Capital de giro

Ao longo do período analisado, observa-se uma tendência de crescimento no capital de giro, iniciando em aproximadamente US$6,5 bilhões no início de 2019 e atingindo um pico de cerca de US$13,4 bilhões em janeiro de 2024. Após esse ponto, há uma redução para aproximadamente US$12,8 bilhões até abril de 2025. Essa evolução sugere uma expansão de recursos destinados às operações da empresa, possivelmente refletindo aumento na escala de negócios ou uma estratégia de gestão de liquidez que buscou ampliar o ativo circulante ao longo do tempo.

Receita líquida

Houve um crescimento consistente na receita líquida, passando de US$3,75 bilhões no início de 2019 para aproximadamente US$7,17 bilhões em abril de 2025. O incremento mostra uma tendência positiva de aumento nas vendas ou na geração de receita ao longo do período, indicando possivelmente uma expansão de mercado, melhorias operacionais ou maior demanda pelos produtos ou serviços oferecidos.

Índice de giro de capital de giro

Este índice apresentou uma variação ao longo do tempo, evidenciando mudanças na eficiência no uso do capital de giro. No início do período, o índice não foi informado, porém, a partir de abril de 2019, há uma tendência de estabilização em torno de 2,13 até a metade de 2024, com alguns picos acima de 2,89. Nos últimos períodos (2024), o índice manteve-se próximo de 2,4, indicando uma certa estabilidade na relação entre receita líquida e capital de giro, embora pontos de aumento possam sinalizar melhorias na eficiência operacional ou alterações na gestão de liquidez. A variação desse índice sugere ajustes na alocação de recursos para equilibrar crescimento e eficiência financeira.

Ao analisar os dados referentes ao índice de giro de estoque ao longo do período observado, verifica-se uma tendência de estabilização após uma fase de variações moderadas. Os valores iniciam em um ponto não registrado e mostram um aumento progressivo até atingir o pico de aproximadamente 2,8 em ocasião próxima ao final de 2020. Desde então, há uma tendência de ligeira diminuição, chegando a valores próximos de 2,58 no último período reportado. Essa variação sugere uma melhoria na eficiência na rotatividade do estoque, reduzindo o tempo de retenção, embora o índice permaneça relativamente estável ao redor de uma média de 2,5 a 2,6.

Quanto aos dias de rotação, há uma inversão lógica em relação ao índice de giro de estoque. Os dias permanecem elevados, indicando que o estoque leva em média de aproximadamente 138 a 157 dias para ser renovado durante o período de análise. Destaca-se uma redução na quantidade de dias no período mais recente, aproximando-se a média para cerca de 139 dias, refletindo uma potencial otimização no ciclo de giro do estoque. Esses movimentos sugerem esforços consistentes para melhorar a eficiência operacional, especialmente após períodos de estabilização e aumento no giro de estoque.

Relacionamento entre os indicadores

O aumento no índice de giro de estoque acompanha a redução no número de dias de estoque para revolvimento, indicando uma tendência de aumento na frequência de rotação, o que é desejável para minimizar custos de armazenamento e risco de obsolescência. Por outro lado, a estabilização ou ligeira melhora nesses indicadores ao longo do período sugere uma gestão mais eficiente de estoques, embora ainda haja espaço para melhorias na redução do ciclo de rotatividade.

Ao analisar os dados apresentados, observa-se que o índice de giro de recebíveis apresenta flutuações ao longo do período, indicando variações na eficiência da gestão de contas a receber.

Entre o início de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, o índice manteve-se relativamente estável, situando-se entre aproximadamente 5,0 e 5,9, sugerindo uma rotina de cobrança relativamente consistente. No entanto, a partir do segundo trimestre de 2020, há uma tendência de diminuição no índice, chegando a valores próximos de 4,5 a 4,8, o que indica uma maior duração na conversão de recebíveis em caixa.

Correspondentemente, os dias de rodízio de contas a receber demonstram aumento durante o mesmo período, atingindo picos de aproximadamente 86 dias em 2022, sugerindo que a empresa está levando mais tempo para receber seus créditos, o que pode impactar a liquidez de curto prazo.

Apesar de algumas oscilações, o índice de giro de recebíveis mostra uma recuperação parcial ao final do período analisado, com valores próximos a 5,4, indicando uma melhora leve na eficiência da coleta de recebíveis. Contudo, os dias de rodízio também apresentam tendência de aumento na última fase do período, com valores próximos de 80 dias, apontando para uma possível dificuldade na conversão de créditos em recursos líquidos.

Em suma, o comportamento dos indicadores revela uma fase de deterioração na gestão de recebíveis desde 2020, com aumento do prazo de recebimento, seguido de uma tentativa de estabilização ou leve melhora na segunda metade do período analisado. Essa tendência sugere a necessidade de atenção na gestão de crédito e cobrança para manter a liquidez operacional.

Dias de rotação de estoque

Houve uma tendência de estabilização nos dias de rotação de estoque ao longo do período. Os valores oscilaram entre aproximadamente 138 e 157 dias, com picos em junho de 2020 e julho de 2020. Após esses picos, ocorreram pequenas variações, geralmente inferiores a 150 dias, indicando uma gestão relativamente consistente no giro de estoques, com leve aumento na primeira metade de 2024.

Dias de rodízio de contas a receber

Os dias de rodízio de contas a receber apresentaram aumento progressivo ao longo do período. Inicialmente fechados na faixa de aproximadamente 61 a 63 dias até meados de 2020, houve aumento contínuo, atingindo valores próximos de 86 a 80 dias nos anos seguintes. Isso sugere uma maior extensão no prazo para recebimento das vendas a crédito, refletindo possíveis mudanças na política de crédito ou na composição das vendas.

Ciclo operacional

O ciclo operacional demonstrou uma tendência de crescimento ao longo dos anos. Inicialmente variando entre cerca de 195 a 222 dias, apresentou aumento constante, atingindo uma média superior a 200 dias nas últimas leituras. Essa ampliação indica um estendendo do período completo desde a aquisição de estoques até a realização do recebimento, o que pode impactar na liquidez e na gestão de capital de giro da organização ao longo do tempo.