Waste Management Inc. (NYSE:WM)

Ao analisar a evolução dos principais indicadores financeiros ao longo dos trimestres, observa-se uma tendência de estabilidade relativa na composição do passivo e do patrimônio líquido. A porcentagem de contas a pagar mostrou um aumento gradual até o final de 2018, atingindo picos próximos de 4,8%, e posteriormente apresentou leves variações, encerrando o período com uma fatia de aproximadamente 4,73%. Essa estabilidade indica uma gestão consistente das obrigações de curto prazo.

Os passivos acumulados também demonstraram maior estabilidade, mantendo-se dentro de uma faixa de cerca de 4,4% a 5,4%. Houve uma leve redução em alguns períodos, sugerindo uma possível diminuição nas obrigações acumuladas, embora sem mudanças expressivas que indiquem uma alteração significativa na estrutura de passivos.

Receitas diferidas permaneceram relativamente constantes, representando aproximadamente 2% do passivo e patrimônio líquido, indicativa de uma manutenção na política de reconhecimento de receitas ao longo do tempo.

A parcela da dívida de longo prazo, como porcentagem do total do passivo e patrimônio líquido, revelou variações mais acentuadas. Notou-se uma queda acentuada de aproximadamente 4% para valores abaixo de 1% em alguns períodos, seguida de picos de até quase 12% no segundo trimestre de 2020, possivelmente refletindo renegociações ou mudanças na composição da dívida de longo prazo.

O passivo circulante apresentou um aumento progressivo, chegando a aproximadamente 14% em alguns períodos, sugerindo uma maior concentração de obrigações de curto prazo. Essa variação deve ser avaliada em conjunto com as mudanças na dívida de longo prazo e outros passivos para compreender o impacto no perfil de liquidez.

A proporção de dívida de longo prazo, descontada a parcela corrente, manteve-se relativamente alta, variando entre cerca de 36% a 48%. Em alguns trimestres, essa proporção chegou a cerca de 48%, indicando uma maior dependência de recursos de longo prazo na estrutura de financiamento.

Os passivos de longo prazo total também permaneceram na faixa de aproximadamente 60% a 64%. A participação de impostos diferidos esteve relativamente estável, oscilando em torno de 5% a 7%, refletindo a política contínua de reconhecimento de obrigações fiscais diferidas.

Os passivos de aterro sanitário e remediação ambiental mantiveram uma participação próxima de 8% a 8,2%, indicando uma constante provisão para obrigações ambientais, enquanto outros passivos ocupam cerca de 3% a 3,9%, sem variações relevantes ao longo do período.

O total do passivo, como porcentagem do passivo e do patrimônio líquido, permaneceu estável, em torno de 72% a 75%, indicando que a composição do passivo em relação ao patrimônio líquido não passou por mudanças substanciais.

No que tange ao patrimônio líquido, a maior parte foi composta por lucros não distribuídos, cujo percentual variou entre 36% e 44%, apontando para uma estratégia de retenção de resultados com foco em reinvestimentos. Além disso, o capital adicional realizado apresentou certa estabilidade, associada a aproximadamente 18% a 23% do total do passivo e patrimônio líquido. Os ativos de tesouraria, por sua vez, tiveram uma participação negativa, chegando a cerca de -35% ao final de 2020, indicando uma redução nos estoques de ações ou outros instrumentos financeiros de tesouraria durante o período, refletindo uma possível estratégia de gestão de caixa ou ações de recompra.

Por fim, o patrimônio líquido total variou nas faixas de aproximadamente 24% a 29%, com um leve aumento no final de 2020 e início de 2021, atingindo cerca de 28,8%. A participação de interesses não controladores permaneceu insignificante, representando cerca de 0,1% do passivo e patrimônio líquido ao longo de todo o período analisado. Essa estabilidade sugere pouca influência de acionistas não controladores na estrutura de capital.

Em suma, os dados indicam uma estrutura de passivo e patrimônio líquido bastante conservadora e estável, com pequenas variações que refletem ajustes na composição financeira, especialmente na dívida de longo prazo e nos ativos financeiros de tesouraria, possivelmente alinhados a estratégias de gestão de riscos e liquidez.