Delta Air Lines Inc. (NYSE:DAL)

Análise dos indicadores financeiros ao longo do período de 2017 a 2021

Forte aumento na alavancagem financeira e endividamento

Observa-se uma elevação significativa nos índices de dívida em relação ao patrimônio líquido, especialmente em 2020, onde o índice extrapola 19, indicando uma expansão expressiva no endividamento da empresa. O índice de dívida sobre patrimônio líquido (incluindo passivo de arrendamento operacional) também apresenta um aumento dramático em 2020, chegando a 23.17, sugerindo uma maior dependência de financiamento externo neste período. Esses aumentos refletem uma estratégia de alavancagem intensificada, possivelmente em resposta às dificuldades financeiras enfrentadas no período, potencialmente devido aos impactos da pandemia de COVID-19.

Incremento no rácio dívida/capital total e ativos

De 2017 a 2019, esses rácios apresentam estabilidade. No entanto, a partir de 2020, há uma disparada nos valores, atingindo 0.95 para dívida/capital total e 0.49 para dívida/ativos, reforçando a tendência de maior endividamento. Essa alta pode indicar uma expansão do uso de recursos de terceiros para sustentar operações ou investimentos em um contexto de crise.

Alterações na relação dívida/ativos e passivo de arrendamento

Os rácios de dívida em relação aos ativos também aumentam substantivamente em 2020, chegando a quase 0.5, evidenciando um aumento na proporção de ativos financiados por dívida. Os valores incluem o passivo de arrendamento, reforçando a recomendação de verificar a composição de passivos de arrendamento operacional na análise. Mesmo após 2020, esses índices permanecem elevados, indicando manutenção de uma estrutura de capital altamente alavancada.

Índice de alavancagem financeira

Este índice cresce de forma consistente até 2020, atingindo o valor máximo de 46.93, o que sugere uma forte alavancagem. No entanto, em 2021, há uma redução para 18.64, indicando possível tentativa de diminuir a dependência de dívida ou esforço de reequilíbrio financeiro após o pico de endividamento.

Capacidade de cobertura dos juros e encargos fixos

Os índices de cobertura de juros apresentam crescimento de 2017 a 2019, atingindo 21.59, o que demonstra uma boa capacidade de cobertura de seus encargos financeiros nesse período. Contudo, em 2020, o índice se torna negativo (-15.78), indicando que a empresa não conseguiu cobrir seus custos de juros com os lucros ou fluxos disponíveis, refletindo uma fase de extrema dificuldade financeira. Em 2021, esse índice melhora para 1.31, sinalizando recuperação parcial de sua capacidade de pagamento de juros. Apesar disso, a cobertura de encargos fixos também sofre uma queda significativa em 2020, tornando-se negativa, e posteriormente recuperando-se em 2021, embora ainda em patamar mais baixo do que antes de 2020.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se uma forte tendência de aumento no endividamento total, que passa de aproximadamente US$ 8,8 bilhões em 2017 para cerca de US$ 26,9 bilhões em 2021. Esse crescimento expressivo indica uma ampliação significativa na utilização de dívidas para financiar as operações ou investimentos da empresa.

O patrimônio líquido apresenta variações ao longo do tempo, iniciando em aproximadamente US$ 13,9 bilhões em 2017, declinando para US$ 13,7 bilhões em 2018, registando um crescimento até cerca de US$ 15,4 bilhões em 2019, seguido de uma queda acentuada em 2020, quando cai para aproximadamente US$ 1,5 bilhão. Em 2021, o patrimônio líquido recupera-se para aproximadamente US$ 3,9 bilhões, sugerindo uma tentativa de estabilização ou recuperação patrimonial após o impacto das adversidades de 2020.

O índice de dívida sobre patrimônio líquido apresenta uma escalada significativa em 2020, atingindo 19,01, um aumento substancial em relação aos valores de aproximadamente 0,64 a 0,73 nos anos anteriores. Esse pico indica que o endividamento se tornou desproporcional ao patrimônio líquido durante o período, possivelmente refletindo uma estratégia de financiamento agressivo ou dificuldades financeiras nesse ano. Em 2021, o índice reduz-se para 6,93, sinalizando uma melhora relativa na proporção de dívida em relação ao patrimônio líquido, embora permanece em níveis elevados comparativamente a anos anteriores a 2020.

Em suma, os dados revelam uma trajetória caracterizada por aumento acelerado no endividamento, dificuldade na manutenção de um patrimônio líquido robusto durante 2020, e posteriores esforços de recuperação. Esses padrões indicam processos de transformação financeira na organização, possivelmente em resposta a condições de mercado adversas ou estratégias de expansão que elevaram o nível de endividamento, com sinais subsequentes de estabilização financeira em 2021.

Dívida total (incluindo passivo de arrendamento operacional)

Observa-se um aumento contínuo na dívida total ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$8,83 bilhões em 2017 para cerca de US$34,68 bilhões em 2021. Após um crescimento substancial entre 2017 e 2018, a dívida manteve-se relativamente estável em 2019, antes de apresentar saltos expressivos em 2020 e 2021, refletindo potencialmente maior necessidade de financiamentos ou impactos de eventos econômicos específicos.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresentou estabilidade de 2017 a 2018, uma leve valorização em 2019, atingindo aproximadamente US$15,36 bilhões. Contudo, houve uma redução drástica em 2020, caindo para US$1,534 bilhão, seguida por uma recuperação parcial em 2021, chegando a aproximadamente US$3,887 bilhões. Essa variação indica possíveis perdas ou desalavancagem significativa em 2020, possivelmente relacionada a eventos adversos ou ajustes contábeis.

Índice de dívida sobre patrimônio líquido (incluindo passivo de arrendamento operacional)

O índice de dívida em relação ao patrimônio líquido manteve-se relativamente estável em torno de 0,64 a 1,21 durante 2017 a 2019, indicando uma alavancagem moderada. No entanto, em 2020, houve um aumento drástico do índice para 23,17, sinalizando uma significativa ampliação da alavancagem financeira, seguida de uma redução em 2021 para 8,92. Esses picos sugerem alterações drásticas na estrutura de capitais, possivelmente decorrentes de estratégias de financiamento emergenciais ou efeitos de eventos econômicos que comprometeram a relação entre dívida e patrimônio líquido.

Endividamento total

Observa-se um crescimento contínuo no endividamento total ao longo do período analisado, passando de US$ 8.834 milhões em 2017 para US$ 26.920 milhões em 2021. Entre 2017 e 2019, o aumento foi gradual, com incrementos anuais moderados. Entretanto, em 2020, houve um aumento expressivo, refletindo possivelmente impactos financeiros relacionados a eventos globais adversos, chegando a US$ 29.157 milhões, posteriormente apresentando uma ligeira redução em 2021 para US$ 26.920 milhões.

Capital total

O capital total também apresentou crescimento ao longo dos anos, de US$ 22.744 milhões em 2017 para US$ 30.807 milhões em 2021. Assim como o endividamento, o aumento foi gradual até 2019, seguida de estabilização e manutenção de patamares elevados nos anos subsequentes, indicando uma ampliação da base de capital da empresa.

Rácio dívida/capital total

O índice dívida/capital total permaneceu relativamente estável entre 0,39 e 0,42 durante os anos de 2017 a 2019, indicando uma proporção equilibrada entre dívidas e patrimônio nestes períodos. Em 2020, esse rácio sofreu um aumento expressivo para 0,95, atingindo próximo de 1, o que demonstra uma elevação significativa no endividamento em relação ao capital, possivelmente devido a dificuldades financeiras ou necessidade de financiamento adicional. Em 2021, houve uma redução para 0,87, indicando uma tentativa de redução da alavancagem financeira, embora ainda mantenha-se em níveis elevados comparados aos anos anteriores.

Dívida total (incluindo passivo de arrendamento operacional)

Observa-se um aumento significativo na dívida total ao longo dos anos analisados. Em 2017, o valor era aproximadamente US$ 8,8 bilhões, crescendo quase que de forma proporcional em 2018, atingindo cerca de US$ 16,5 bilhões. Em 2019, a dívida apresentou leve aumento, chegando a aproximadamente US$ 17,3 bilhões. Entretanto, foi a partir de 2020 que ocorreu um crescimento expressivo, atingindo US$ 35,6 bilhões, valor que se manteve relativamente estável em 2021, em torno de US$ 34,7 bilhões. Esse aumento acentuado nos anos de 2020 e 2021 pode estar associado a fatores de mercado, econômicos ou estratégicos, como a necessidade de capital para enfrentar desafios ou investir em ativos.

Capital total (incluindo passivo de arrendamento operacional)

O capital total apresentou um crescimento contínuo ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 22,7 bilhões em 2017 para cerca de US$ 38,6 bilhões em 2021. Este incremento indica uma ampliação do patrimônio ou das obrigações financeiras globais da entidade, reforçando uma estratégia de aumento de recursos ou de expansão de operações ao longo do período analisado.

Rácio dívida/capital total (incluindo passivo de arrendamento operacional)

Este rácio demonstra uma evolução de vulnerabilidade financeira ao longo dos anos. Em 2017, o índice era de aproximadamente 0,39, indicando uma proporção de dívida relativamente moderada em relação ao capital total. Em 2018, houve um aumento para 0,55, e em 2019, manteve-se próximo a esse nível, em 0,53. A partir de 2020, esse rácio escalaram para 0,96, indicando que a dívida quase atingiu o valor do capital total, um indicativo de maior alavancagem financeira ou de maior risco. Em 2021, o rácio apresentou pequena redução para 0,9, sugerindo uma leve melhora na relação entre dívida e capital, mas permanecendo em níveis elevados, o que pode refletir uma política de endividamento agressiva ou uma estratégia de financiamento dependente de empréstimos e passivos de arrendamento.

Endividamento total

Observa-se um aumento contínuo no endividamento total ao longo do período analisado, passando de US$ 8.834 milhões em 2017 para US$ 26.920 milhões em 2021. Essa elevação indica um crescimento significativo na alavancagem da empresa, especialmente entre 2019 e 2020, quando o valor triplicou em relação ao ano anterior, possivelmente refletindo estratégias de financiamento para sustentar operações ou investimentos durante esse período. Embora tenha ocorrido uma ligeira redução em 2021, o nível de endividamento permanece elevado em comparação aos anos anteriores.

Ativos totais

Os ativos totais apresentaram uma trajetória de crescimento consistente ao longo de todos os anos, aumentando de US$ 53.292 milhões em 2017 para US$ 72.459 milhões em 2021. Essa evolução sugere ampliação do volume de ativos da empresa, suportada por incremento de recursos ou investimentos em suas operações, mantendo uma taxa de crescimento relativamente estável, especialmente após 2018.

Relação dívida/ativos

A relação dívida/ativos manteve-se relativamente estável de 2017 até 2019, em torno de 0,16 a 0,17, indicando uma proporção consistente de endividamento em relação aos ativos totais. No entanto, a partir de 2020, essa relação sofreu um aumento expressivo para 0,4, refletindo uma significativa elevação do grau de alavancagem, acompanhando o crescimento do endividamento total, sem equivalência proporcional ao incremento dos ativos. Em 2021, há uma ligeira redução dessa relação para 0,37, possivelmente indicando uma estabilização parcial ou uma tentativa de gestão mais equilibrada da estrutura de capital.

A análise dos dados financeiros ao longo dos cinco anos revela uma tendência de crescimento consistente na dívida total, seja de 8.834 milhões de dólares em 2017 para 34.679 milhões em 2021. Este aumento acentuado reflete uma ampliação significativa no endividamento, especialmente entre 2019 e 2020, período no qual a dívida quase dobrou, passando de 17.255 milhões para 35.548 milhões de dólares. A partir de 2020, a dívida apresentou uma leve redução, fechando em 2021 em 34.679 milhões de dólares.

Os ativos totais também tiveram uma evolução positiva, aumentando de 53.292 milhões de dólares em 2017 para 72.459 milhões em 2021. Observa-se um crescimento contínuo ao longo do período, embora em ritmo mais moderado do que a dívida, indicando expansão de patrimônio ou de investimentos realizados.

A relação entre dívida e ativos, inicialmente de 0.17 em 2017, foi crescendo ao longo do período, atingindo 0.27 em 2018 e permanecendo constante até 2019. A partir de 2020, há uma elevação mais expressiva, chegando a quase 0.49, refletindo um aumento relativo do endividamento em relação ao total de ativos. Em 2021, essa relação ligeiramente diminui para 0.48, sugerindo uma estabilização ou uma tentativa de conter o crescimento do endividamento relativo.

De modo geral, o padrão evidencia uma estratégia de expansão financiada por aumento de dívida, que resultou em crescimento dos ativos. A elevação na relação dívida/ativos indica maior alavancagem financeira, o que pode estar relacionado a condições específicas do setor ou a estratégias de financiamento voltadas ao crescimento operacional. A estabilização na relação em 2021 sugere uma possível mudança de foco na gestão financeira para equilibrar o crescimento com níveis de endividamento mais sustentáveis.

Ativos totais

Houve um crescimento contínuo no total de ativos ao longo do período analisado, passando de aproximadamente US$ 53.292 milhões em 2017 para cerca de US$ 72.459 milhões em 2021. Este aumento indica uma expansão dos recursos e investimentos da empresa ao longo dos anos, refletindo possivelmente estratégias de crescimento e fortalecimento da estrutura patrimonial.

Patrimônio líquido

O patrimônio líquido apresentou estabilidade relativamente alta até 2018, variando ao redor de US$ 13.687 milhões, seguido por um aumento significativo em 2019, atingindo aproximadamente US$ 15.358 milhões. Entretanto, em 2020, ocorreu uma redução abrupta para cerca de US$ 1.534 milhões, reflexo provável de perdas ou ajustes contingentes, antes de retomar uma recuperação, alcançando aproximadamente US$ 3.887 milhões em 2021.

Índice de alavancagem financeira

Este índice demonstrou uma evolução bastante variável ao longo do período. Iniciando em 3,83 em 2017, apresentou aumento até 4,4 em 2018 e permaneceu relativamente estável até 2019. Em 2020, apresentou um pico expressivo de 46,93, indicando um aumento substancial na utilização de endividamento em relação ao patrimônio, o que pode estar associado às dificuldades financeiras enfrentadas, possivelmente em decorrência de eventos extraordinários. Em 2021, houve uma significativa redução para 18,64, indicando uma tentativa de gerenciamento do nível de endividamento ou reversão de esforços anteriores de alavancagem excessiva.

Ao analisar as tendências ao longo dos anos, observa-se que o lucro antes de encargos fixos e impostos apresentou variações significativas. Houve um aumento progressivo até 2019, atingindo US$ 7.512 milhões, após o que ocorreu uma queda expressiva em 2020, resultando em prejuízo de US$ 13.639 milhões. Em 2021, o resultado recuperou-se para US$ 2.540 milhões, indicando uma recuperação parcial após o impacto negativo do ano anterior.

Os encargos fixos apresentaram uma tendência geral de crescimento ao longo do período, passando de US$ 1.696 milhões em 2017 para US$ 2.142 milhões em 2021. Este aumento sugere uma elevação nas obrigações financeiras fixas ao longo dos anos.

O índice de cobertura de encargos fixos evidenciou estabilidade de 2017 até 2019, apresentando um crescimento de 4,36 para 5,72 no período, o que indica que a capacidade de cobertura dos encargos fixos melhorou nesse intervalo. Entretanto, em 2020 ocorreu uma queda dramática para -7, refletindo uma incapacidade de gerar resultados suficientes para cobrir esses encargos, possivelmente relacionada às dificuldades enfrentadas no setor naquele ano. A recuperação em 2021 para um índice de 1,19 demonstra uma melhora na capacidade de cobertura, embora ainda longe do nível observado em anos anteriores.