Delta Air Lines Inc. (NYSE:DAL)

Observa-se que os indicadores financeiros apresentam um crescimento consistente até 2019, atingindo picos em vários itens como lucro líquido, EBIT e EBITDA. O lucro líquido, por exemplo, aumentou de US$ 3.577 milhões em 2017 para US$ 4.767 milhões em 2019, refletindo uma trajetória de expansão durante esse período.

Por outro lado, nota-se uma forte deterioração nos resultados a partir de 2020, evidenciada por uma reversão abrupta de valor negativo na maioria dos indicadores. Em 2020, houve uma significativa queda, com o lucro líquido atingindo um prejuízo de US$ 12.385 milhões, comparado ao lucro positivo de anos anteriores. Essa reversão também se reflete no EBIT e EBITDA, que se tornam negativos na mesma temporada, indicando dificuldades operacionais e financeiras severas.

O prejuízo em 2020 pode estar relacionado a eventos extraordinários ou a impactos setoriais, possivelmente incluindo a pandemia de COVID-19, que afetou fortemente aviação e turismo globalmente. Após 2020, há uma leve recuperação em 2021, com o lucro líquido voltando a registrar um valor positivo de US$ 280 milhões, ainda distante do pico de 2019, o que evidencia uma tentativa de recuperação gradual.

Além disso, há uma redução significativa na magnitude dos prejuízos em 2020, indicando esforços para reverter a situação financeira, embora ainda não haja retorno ao patamar de lucros anteriores. A continuidade dessa tendência de melhora deve ser monitorada para avaliar a sustentabilidade da recuperação.

Em suma, o padrão revela estabilidade e crescimento até 2019, uma crise severa em 2020 refletida por perdas substanciais, seguida por uma tentativa de retomada em 2021, embora os resultados ainda não tenham atingido os níveis anteriores ao impacto dessa crise.

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se que o valor da empresa (EV) manteve-se relativamente estável, com uma pequena variação entre 43.987 milhões de dólares em 2017 e 42.689 milhões de dólares em 2021. Houve uma ligeira diminuição entre 2017 e 2018, seguida por um aumento até 2019, antes de uma estabilidade aparente na última linha do período.

O EBITDA apresentou uma trajetória de variações notáveis. Em 2017 e 2018, o EBITDA permaneceu relativamente consistente, situando-se em torno de 8.332 milhões e 7.791 milhões de dólares, respectivamente, indicando uma estabilidade na geração de caixa operacional. Em 2019, houve um aumento para 9.080 milhões de dólares, sugerindo melhora na rentabilidade operacional. No entanto, em 2020, apresentou-se uma forte queda, atingindo -12.346 milhões de dólares, indicando uma perda operacional significativa, possivelmente relacionada ao impacto da pandemia ou a eventos extraordinários do setor. Já em 2021, o EBITDA recuperou-se, atingindo 3.675 milhões de dólares, sinalizando uma retomada parcial da rentabilidade operacional.

O rácio EV/EBITDA revela variações importantes ao longo do período. Entre 2017 e 2018, o índice permaneceu relativamente estável, entre 5,28 e 5,48, indicando uma avaliação constante da empresa em relação à sua geração de caixa operacional. Em 2019, houve uma redução para 5,08, possivelmente refletindo uma melhora na rentabilidade ou uma avaliação de mercado mais favorável. Contudo, em 2021, o rácio apresentou uma alta expressiva de 11,62, o que pode indicar uma valorização do mercado ou uma expectativa de recuperação mais robusta, considerando o impacto negativo de 2020.