Delta Air Lines Inc. (NYSE:DAL)

Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de 2017 a 2021, observa-se uma tendência de alta nos ciclos operacionais e de liquidez, indicando possíveis desafios na gestão do ciclo de caixa e na eficiência operacional. Especificamente, o índice de giro de estoque apresentou uma variação moderada, iniciando em 13,06 em 2017, atingindo um pico de 18,43 em 2018, e posteriormente reduzindo-se para 13,11 em 2021. Essa redução sugere uma diminuição na eficiência na rotatividade de estoque ao longo do tempo.

O índice de giro de recebíveis mostrou uma melhora até 2018, alcançando 19,2, antes de declinar para 12,44 em 2021. Essa tendência indica uma maior eficiência na recuperação de receitas até 2018, seguida por uma deterioração nessa eficiência nos anos posteriores.

O índice de rotatividade a pagar teve incremento de 4,72 em 2017 para 6,53 em 2018, com queda subsequente, chegando a 3,4 em 2021. Essas oscilações refletem uma maior flexibilidade na gestão de obrigações de curto prazo até 2018, seguida por uma redução na frequência de pagamento ou extensão nos prazos de pagamento, o que pode impactar a relação com fornecedores.

O ciclo operacional apresentou aumento contínuo, de 49 dias em 2017 para 57 dias em 2021, indicando aumento do período total de processamento e venda do ciclo de negócios, potencialmente impactando o fluxo de caixa operacional.

De forma similar, os dias de rotação de contas a receber aumentaram de 21 dias em 2017 para 29 dias em 2021, apontando para um período mais prolongado de recebimento de valores, o que pode afetar a liquidez. O ciclo de conversão de caixa também evoluiu de maneira negativa, de -28 dias em 2017 para -51 dias em 2021, mostrando que o período de geração de caixa está se alongando, exigindo maior capital de giro.

Outro aspecto relevante é o aumento acentuado nos dias de rotação de contas a pagar, que passaram de 77 dias em 2017 para 108 dias em 2021, refletindo uma extensão nos prazos de pagamento, o que pode ser uma estratégia para preservar caixa, porém, potencialmente impactando relacionamentos comerciais.

De forma geral, a análise revela um processo de aumento nos períodos de rotação e ciclo operacional, provavelmente indicando menor eficiência operacional e maior pressão sobre a liquidez. O aumento dos prazos de pagamento e extendsão nos ciclos refletem uma estratégia de gestão de caixa que prioriza o prolongamento do período de financiamento das atividades da operação, embora possa aumentar riscos relacionados à liquidez e relacionamento com fornecedores.

Custo da receita operacional

Observa-se um crescimento contínuo no custo da receita operacional até 2019, atingindo um pico de US$ 19.931 milhões. Em 2020, houve uma redução significativa para US$ 10.695 milhões, possivelmente relacionada ao impacto da pandemia ou a uma redução nas operações. Em 2021, houve uma recuperação, elevando o valor para US$ 14.395 milhões, embora ainda não retome completamente os níveis de 2018 e 2019.

Inventários

Os inventários apresentaram uma diminuição de 2017 para 2018, passando de US$ 1.329 milhões para US$ 1.055 milhões. Em 2019, houve um aumento marginal para US$ 1.251 milhões, seguido por uma redução significativa em 2020 para US$ 732 milhões. Em 2021, os inventários voltaram a aumentar, atingindo US$ 1.098 milhões. Essas variações indicam possíveis ajustes na gestão de estoques, influenciados por contextos de demanda e condições operacionais.

Índice de giro de estoque

O índice de giro de estoque apresentou uma trajetória de aumento até 2018, atingindo 18,43, o que sugere uma maior eficiência na rotação dos estoques. Em 2019, houve uma ligeira queda para 15,93, e em 2020 essa taxa diminuiu ainda mais para 14,61. Em 2021, o índice reduziu para 13,11, indicando uma diminuição na eficiência da rotação de estoques ao longo do período analisado, possivelmente refletindo impacto de fatores de mercado ou alterações operacionais.

Nos anos analisados, observa-se uma tendência de crescimento na receita operacional, que atingiu seu pico em 2019 com US$ 47.007 milhões, seguido por uma forte redução em 2020, chegando a US$ 17.095 milhões, antes de recuperar-se parcialmente em 2021 para US$ 29.899 milhões. A queda significativa em 2020 pode estar relacionada a eventos extraordinários que impactaram a operação, enquanto a recuperação em 2021 sugere uma retomada gradual do desempenho financeiro.

Quanto às contas a receber líquidas de provisões, houve estabilidade relativa ao longo do período, variando entre US$ 2.377 milhões em 2017 e US$ 2.404 milhões em 2021. No entanto, houve uma redução expressiva em 2020 para US$ 1.396 milhões, possivelmente refletindo esforços para gerenciar o fluxo de caixa ou ajustes nas provisões devido às condições de mercado. A recuperação em 2021 para valores próximos aos de 2017 indica uma normalização nas operações de cobrança.

O índice de giro de recebíveis apresentou uma melhora de 17,35 em 2017 para 19,20 em 2018, indicando maior eficiência na conversão de contas a receber em vendas. Contudo, após esse pico, houve uma redução consistente até 2020, atingindo 12,25, refletindo uma desaceleração na rotatividade ou maior duração do período de recebimento. Em 2021, o índice apresentou leve recuperação, chegando a 12,44, sugerindo uma leve melhora na eficiência na gestão de recebíveis, embora ainda abaixo dos níveis observados antes de 2019. Esses movimentos podem estar relacionados às estratégias de administração de crédito e à dinâmica do mercado doméstico e internacional durante o período.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o custo da receita operacional apresentou variações ao longo do período de cinco anos. Houve um aumento de 2017 para 2018, passando de US$ 17.358 milhões para US$ 19.442 milhões, refletindo uma expansão nos custos operacionais. Posteriormente, em 2019, o valor continuou a crescer, atingindo US$ 19.931 milhões. Contudo, em 2020, ocorreu uma redução significativa para US$ 10.695 milhões, possivelmente devido ao impacto de eventos extraordinários que afetaram a operação da companhia, como a pandemia de COVID-19. Em 2021, o custo da receita operacional voltou a aumentar, alcançando US$ 14.395 milhões, ainda abaixo dos valores de 2018 e 2019.

Os contas a pagar mostraram uma tendência de diminuição de 2017 para 2020, passando de US$ 3.674 milhões para US$ 2.840 milhões, indicando uma possível estratégia de redução do endividamento ou melhorias na gestão de pagamentos. Em 2021, contudo, houve um aumento expressivo para US$ 4.240 milhões, o que pode sinalizar uma revisão na política de liquidação de obrigações ou um crescimento nas operações no período.

O índice de rotatividade a pagar, que demonstra a frequência com que a empresa liquida suas contas a pagar em relação ao seu saldo, teve variações contrárias às tendências de saldo maior ou menor de contas a pagar. Em 2017, foi de 4,72, atingindo o pico em 2018 com 6,53, o que indica aumento na frequência de pagamento ou na rotatividade das contas a pagar. Em 2019, o índice permaneceu elevado em 6,1. Já em 2020, houve uma redução acentuada para 3,77, refletindo possivelmente uma diminuição na velocidade de pagamento, compatível com a redução nos saldos de contas a pagar. Em 2021, o índice diminuiu ainda mais para 3,4, sugerindo maior estabilidade ou possível alongamento dos prazos de pagamento.

De forma geral, os indicadores mostram que a empresa passou por um período de tensão financeira em 2020, com redução nos custos operacionais e mudanças na gestão de contas a pagar, possivelmente devido às restrições de mercado associadas à pandemia. Em 2021, há sinais de recuperação, embora ainda em níveis mais baixos em relação a anos anteriores, especialmente no que se refere à rotatividade a pagar e ao crescimento do custo da receita, indicando uma retomada gradual das operações.

O análise dos dados financeiros revela diversas tendências relevantes ao longo do período considerado.

O capital de giro apresentou uma evolução bastante volátil. Em 2017, a empresa possuía um capital de giro negativo de aproximadamente US$ 10.729 milhões, indicando uma necessidade de recursos de curto prazo superiores aos disponíveis. Em 2018, essa situação se agravou, atingindo cerca de US$ 12.238 milhões negativos, demonstrando aumento da insuficiência de recursos de curto prazo. Em 2019, houve uma leve melhora, reduzindo a insuficiência para aproximadamente US$ 11.955 milhões negativos. No entanto, em 2020, ocorreu uma mudança positiva significativa com um saldo de capital de giro positivo de US$ 1.477 milhão, possivelmente refletindo uma tentativa de fortalecimento da liquidez ou ajustes estratégicos. Em 2021, essa melhoria foi revertida, voltando a um saldo negativo de aproximadamente US$ 5.026 milhões, demonstrando uma deterioração na gestão de recursos de curto prazo ou aumento nas obrigações de curto prazo.

Quanto à receita operacional, houve uma trajetória de crescimento consistente até 2019, passando de US$ 41.244 milhões em 2017 para US$ 47.007 milhões em 2019. No entanto, em 2020, coincidindo com o período de impacto global da pandemia, a receita caiu drasticamente, atingindo US$ 17.095 milhões, refletindo dificuldades no desempenho operacional. Em 2021, houve uma recuperação significativa, com a receita subindo para US$ 29.899 milhões, embora ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. Essa recuperação indica uma tendência de retomada das operações após o impacto da crise de 2020.

O índice de giro de capital de giro, registrado apenas para 2021 com valor de 11,57, sugere uma eficiência na utilização do capital de giro nesse período específico. Como não há dados anteriores, não é possível avaliar comparativamente a evolução desse índice ao longo do tempo; entretanto, seu valor elevado pode indicar uma gestão eficiente dos recursos de curto prazo em 2021, apesar dos desafios enfrentados nos anos anteriores.

Índice de giro de estoque

Observa-se uma tendência de aumento de 2017 para 2018, passando de 13,06 para 18,43, indicando maior eficiência na movimentação de estoque. Porém, a partir de 2018 ocorre uma diminuição até 2020, chegando a 14,61, configurando uma redução na eficiência. Em 2021, há uma leve queda para 13,11, sugerindo uma possível estabilização ou diminuição na rapidez com que o estoque é renovado.

Dias de rotação de estoque

O número de dias de rotação apresentou uma diminuição de 28 dias em 2017 para 20 dias em 2018, corroborando a maior eficiência na gestão de estoques nesse período. Após esse ponto, há uma elevação para 23 dias em 2019, uma nova redução para 25 dias em 2020, seguida por um aumento para 28 dias em 2021. Essa variação indica flutuações na duração média de estoque, refletindo possíveis mudanças na demanda ou estratégias de gestão de estoques ao longo do período analisado.

Índice de giro de recebíveis

O índice apresentou crescimento de 17,35 em 2017 para 19,2 em 2018, indicando uma melhora na eficiência na recuperação de contas a receber durante esse período. No entanto, ocorreu uma redução para 16,47 em 2019, sugerindo uma diminuição na velocidade de giro dos recebíveis. Com a chegada de 2020, o índice caiu ainda mais para 12,25, refletindo uma desaceleração significativa na rotatividade, possivelmente relacionada às condições econômicas adversas ou mudanças nos processos de crédito. Em 2021, houve uma leve recuperação para 12,44, demonstrando uma estabilização parcial após o impacto de 2020, embora ainda em níveis inferiores aos observados em 2018.

Dias de rodízio de contas a receber

Este indicador revelou uma relativa estabilidade entre 2017 e 2019, variando de 21 a 22 dias. Com o ajuste para 2020, ocorreu um aumento relevante para 30 dias, indicando que a cobrança das contas a receber foi significativamente mais lenta, possivelmente devido a mudanças nas políticas de crédito ou dificuldades econômicas. Em 2021, o número de dias permaneceu elevado em 29 dias, sinalizando manutenção do período de recuperação mais longo, o que pode impactar negativamente o fluxo de caixa e a liquidez da operação.

O ciclo operacional demonstra uma tendência de aumento ao longo do período analisado. Em 2017, o ciclo tinha uma duração de 49 dias, diminuindo para 39 dias em 2018, o que indica uma melhora na eficiência operacional naquele ano. No entanto, esse ciclo voltou a crescer em 2019, atingindo 45 dias, seguido por aumentos mais acentuados em 2020 e 2021, chegando a 55 e 57 dias, respectivamente. Essa elevação sugere uma desaceleração na rotatividade dos processos operacionais, possivelmente impactando a liquidez e o gerenciamento de estoques e contas a receber. Os dias de rotação de estoque apresentam uma leve redução de 28 dias em 2017 para 20 dias em 2018, indicando uma gestão mais eficiente dos estoques naquele período. Ainda assim, o número de dias aumenta novamente, chegando a 23 em 2019, permanecendo estável em 25 em 2020 e retornando a 28 dias em 2021. Essa variação sugere uma acomodação na gestão de estoques, sem mudanças significativas na eficiência ao longo do tempo. Por outro lado, os dias de rodízio de contas a receber mostram uma diminuição de 21 dias em 2017 para 19 dias em 2018, indicando uma melhora na cobrança e na liquidez de recebíveis naquele ano. Contudo, há uma tendência de aumento subsequente, chegando a 22 dias em 2019, e mais expressivamente a 30 dias em 2020, permanecendo em 29 dias em 2021. Essa elevação na duração do ciclo de contas a receber sugere um alongamento no prazo de recebimento, o que pode impactar o fluxo de caixa da organização. No conjunto, observa-se que, apesar de melhorias pontuais na gestão de estoques e recebíveis até 2018, os indicadores de ciclo operacional refletiram um aumento geral a partir de 2019, com desaceleração na eficiência operacional e maior tempo para a rotação dos ativos operacionais, o que pode refletir desafios enfrentados na gestão de recursos e no ciclo de negócios durante os anos seguintes.

Índice de rotatividade a pagar

Observa-se um aumento do índice de rotatividade a pagar entre 2017 e 2018, passando de 4,72 para 6,53, indicando maior frequência na quitação das obrigações a pagar, o que pode refletir uma gestão mais ágil do passivo ou mudanças nos termos de pagamento. Entre 2018 e 2019, o índice apresenta uma leve redução para 6,1, mantendo-se relativamente alto. Em 2020, ocorre uma significativa redução para 3,77, sugerindo uma diminuição na rotatividade, possivelmente devido a fatores de fluxo de caixa ou renegociações contratuais. Em 2021, o índice segue em declínio, atingindo 3,4, indicando uma tendência de alongamento nos prazos de pagamento ou menor frequência de pagamento, o que pode impactar a relação com fornecedores.

Dias de rotação de contas a pagar

O número de dias de rotação mostrou uma variação considerável ao longo do período. De 77 dias em 2017, houve uma redução para 56 dias em 2018, refletindo uma maior eficiência no pagamento das contas. Em 2019, o número de dias aumentou novamente para 60, indicando uma possível desaceleração. Em 2020, esse período se estendeu para 97 dias, marcando um aumento expressivo e sugerindo uma prolongação no prazo médio de pagamento, possivelmente devido a condições de mercado ou estratégias de gestão de caixa durante a pandemia. Em 2021, o número de dias aumentou ainda mais para 108, indicando uma tendência de alongamento nos prazos de pagamento, o que pode impactar o relacionamento com fornecedores e o fluxo de caixa da empresa.

Observa-se que o número de dias de rotação de estoque apresentou uma redução de 28 dias em 2017 para 20 dias em 2018, indicando uma melhora na eficiência na gestão do estoque nesse período. Contudo, a partir de 2018, houve uma recuperação até atingir 28 dias em 2021, retornando ao nível inicial, o que sugere uma estabilização ou possível aumento no tempo necessário para renovar o estoque.

Os dias de rodízio de contas a receber tiveram uma leve redução de 21 dias em 2017 para 19 dias em 2018, mantendo-se relativamente estáveis até 2019. A partir de 2020, houve um aumento significativo para 30 dias e uma estabilização próxima a esse valor em 2021, indicando uma possível extensão no prazo médio de recebimento, o que pode refletir alterações nas condições de crédito ou na política de cobranças.

No que diz respeito aos dias de rotação de contas a pagar, a tendência revela um aumento contínuo ao longo do período analisado. A redução inicial de 77 dias em 2017 para 56 dias em 2018 foi seguida por uma ligeira elevação para 60 dias em 2019. A partir de 2020, houve um aumento expressivo para 97 dias, chegando a 108 dias em 2021. Essa construção sugere uma extensão no prazo médio de pagamento aos fornecedores, possivelmente estratégia para melhorar a liquidez ou adequar-se às condições de mercado.

Por fim, o ciclo de conversão de caixa apresenta um padrão de crescimento negativo, iniciando em -28 dias em 2017 e se aprofundando até -51 dias em 2021. Essa tendência indica uma situação em que o período necessário para converter investimentos em caixa em dinheiro operacional aumentou, sinalizando uma possível deterioração na eficiência do ciclo de caixa ou maior tempo de conversão dos recursos em operações líquidas.

De modo geral, os dados refletem uma estratégia de maior relaxamento nos prazos de pagamento, aumentando o ciclo de conversão de caixa e o giro de contas a receber, enquanto a rotatividade de estoque se mantém relativamente estável em níveis elevados. Essa combinação sugere uma gestão que prioriza alongar prazos de pagamento e coletar receitas de forma mais eficiente, embora também indique uma necessidade de atenção às condições de liquidez, dada a ampliação do ciclo de conversão de caixa.