Boeing Co. (NYSE:BA)

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

Observa-se uma trajetória de redução significativa no NOPAT ao longo do período, iniciando em -8.306 milhões de dólares em 2020, apresentando melhora até 2023, quando aproxima-se de uma perda mínima de -77 milhões. Entretanto, em 2024, há uma deterioração acentuada, resultando em uma perda de -10.234 milhões de dólares, indicando possível agravamento na performance operacional ou aumento de custos não operacionais neste último ano.

Custo de capital

O custo de capital apresenta uma tendência de aumento ao longo do período, saindo de 13,69% em 2020 e atingindo 15,52% em 2023. Essa elevação reflete maior exigência dos investidores ou maior risco percebido pela empresa, embora em 2024 haja uma pequena redução para 15,38%, indicando uma leve melhora na percepção de risco ou ajustes na estrutura de financiamento.

Capital investido

O capital investido mantém-se relativamente estável, com variações poucas e uma ligeira alta ao longo do período. Começa em 47.630 milhões de dólares em 2020, sobe para 50.833 milhões em 2022, mas apresenta uma redução para 44.883 milhões em 2023 antes de retornar ao patamar de aproximadamente 50.250 milhões em 2024. Essas flutuações sugerem ajustes na base de ativos investidos, potencialmente refletindo estratégias de desinvestimento ou investimentos recentes.

Lucro econômico

O lucro econômico permanece negativo durante todo o período, indicando que a geração de valor além do retorno mínimo exigido pelos investidores não ocorre. A magnitude da perda diminui de -14.827 milhões em 2020 para -9.694 milhões em 2021, mas depois há oscilação em valores negativos mais profundos, atingindo -17.959 milhões em 2024. Essa trajetória revela dificuldades em gerar retornos acima do custo de capital, especialmente no último ano avaliado, reforçando a necessidade de melhorias na eficiência operacional ou estratégia de negócios.

Prejuízo líquido atribuível aos acionistas

Observa-se uma redução significativa do prejuízo de 2020 para 2021, indicando uma melhoria na performance financeira nesse período. No entanto, a partir de 2021, há uma oscilação com aumento do prejuízo em 2022, seguido por uma redução acentuada em 2023, antes de um novo aumento em 2024. Essa variação sugere períodos de instabilidade na lucratividade líquida atribuível aos acionistas, refletindo possíveis desafios operacionais ou fatores externos que impactaram os resultados ao longo dos anos.

Lucro operacional líquido após impostos (NOPAT)

A tendência do NOPAT apresenta uma tendência de melhora de 2020 para 2021, com uma redução acentuada em 2022. Em 2023, o valor quase desaparece, indicando uma operação praticamente sem lucro operacional após impostos. Em 2024, há uma forte deterioração, resultando em prejuízo operacional expressivo. Essa trajetória demonstra dificuldades crescentes na geração de lucro operacional ao longo do período, com uma deterioração considerável a partir de 2022 e dificuldades persistentes até 2024.

Despesa com imposto de renda (benefício)

Observa-se uma redução significativa na despesa com imposto de renda de 2020 para 2021, passando de uma despesa expressiva de aproximadamente US$ 2,535 milhões para um benefício de cerca de US$ 743 milhões. Em 2022, houve uma reversão, com um aumento para uma despesa de US$ 31 milhões, embora em 2023 o valor tenha se revertido para um benefício de US$ 237 milhões. Em 2024, essa despesa voltou a apresentar prejuízo, com aumento na despesa de US$ 381 milhões, indicando volatilidade considerável relacionada aos benefícios fiscais ou diferenças temporárias na apuração do imposto de renda.

Impostos operacionais de caixa

Para os impostos operacionais de caixa, observa-se um início negativo em 2020, com uma saída de aproximadamente US$ 3.337 milhões. Em 2021, há uma mudança significativa, passando para uma entrada de US$ 676 milhões, sugerindo melhorias na gestão de impostos ou efeitos fiscais favoráveis. Em 2022, o valor se mantém positivo, embora em ritmo moderado, de US$ 588 milhões, e em 2023, há um leve aumento para US$ 736 milhões. Em 2024, ocorre uma pequena redução para US$ 508 milhões, indicando uma tendência de estabilização nessa linha de caixa relacionada a impostos operacionais.

O exame dos dados financeiros ao longo do período indicado revela algumas tendências importantes. No que diz respeito ao total de dívidas e arrendamentos reportados, há uma redução gradual ao longo de 2020 a 2023, passando de US$ 64.935 milhões para US$ 54.121 milhões, indicando uma possível estratégia de redução de endividamento ou operações de liquidação de passivos. Entretanto, em 2024, observa-se um aumento a US$ 55.958 milhões, retomando um patamar superior ao de 2023, o que pode sugerir uma nova alavancagem ou aquisições de novos contratos de arrendamento. Relativamente ao déficit de acionistas, houve uma melhora significativa de -US$ 18.316 milhões em 2020 para -US$ 14.999 milhões em 2021, indicando uma redução do prejuízo ou uma melhora na posição de lucros acumulados. Essa tendência de melhora permaneceu até 2022, embora de forma menos pronunciada, com o déficit atingindo -US$ 15.883 milhões. Contudo, em 2023, há uma piora expressiva, elevando o déficit para -US$ 17.233 milhões, mas em 2024 ocorre uma reversão substancial, com o déficit reduzido para apenas US$ 3.908 milhões, sugerindo uma forte recuperação na posição de acionistas. Por fim, o capital investido apresenta uma tendência de crescimento ao longo do período, partindo de US$ 47.630 milhões em 2020, atingindo US$ 50.833 milhões em 2022, antes de uma redução para US$ 44.883 milhões em 2023. Em 2024, o capital investido volta a subir, alcançando US$ 50.250 milhões. Essa variação indica uma movimentação no nível de investimentos, possivelmente refletindo ajustes estratégicos na alocação de recursos ou em políticas de financiamento que impactaram o nível de capital investido ao longo do período.

Lucro econômico

Ao analisar os dados ao longo do período de cinco anos, observa-se que o lucro econômico apresentou variações negativas, indicando uma deterioração do desempenho financeiro ajustado pela rentabilidade do capital investido. Em 2020, o valor foi de aproximadamente -14,8 bilhões de dólares, demonstrando uma situação financeira adversa. Houve uma melhoria em 2021, com redução do prejuízo para cerca de -9,7 bilhões de dólares, seguido por um aumento no prejuízo em 2022 para cerca de -10,7 bilhões. Em 2023, houve uma nova diminuição do prejuízo para aproximadamente -7 bilhões, indicando uma melhora relativa, porém, em 2024, o prejuízo mais que triplicou, atingindo aproximadamente -17,96 bilhões de dólares, apontando para uma deterioração significativa do desempenho econômico naquele ano. Essa tendência sugere dificuldades crescentes na geração de valor econômico positivo ou a reincidência de perdas em anos recentes.

Capital investido

O capital investido demonstrou um comportamento relativamente estável ao longo do período, com valores variando entre cerca de 47,5 bilhões a 50,8 bilhões de dólares. Apesar de pequenas flutuações, há uma leve tendência de aumento até 2022, onde alcançou seu pico, seguido por uma redução em 2023 para cerca de 44,88 bilhões de dólares, e posterior aumento em 2024, superando os valores anteriores, chegando a aproximadamente 50,25 bilhões de dólares. Essa dinâmica sugere que, apesar de oscilações, a empresa manteve um nível de investimento relativamente consistente, ajustando seus recursos em resposta às condições de mercado ou estratégicas.

Índice de spread econômico

O índice de spread econômico apresentou uma tendência de alta negativa, indicando uma deterioração na margem de lucratividade econômica. Em 2020, estava em aproximadamente -31,13%, o que sugere uma forte dificuldade em obter retornos positivos sobre o capital investido. No ano seguinte, houve uma melhora para cerca de -19,62%, mas ainda distante de níveis positivos, o que reflete um progresso na performance. Em 2022, a situação se agravou ligeiramente, atingindo -21,07%, seguida por uma significativa melhora em 2023, atingindo -15,69%. Contudo, em 2024, o índice apresentou um aumento marcante na negatividade, atingindo -35,74%, indicando uma reversão preocupante na margem de lucro econômico, com uma deterioração acentuada na capacidade de gerar valor econômico relativo ao capital investido.

Lucro econômico

Observa-se uma tendência geral de deterioração no lucro econômico ao longo do período analisado. Apesar de pequenas variações entre 2020 e 2022, os valores permanecem negativos, indicando perdas econômicas consecutivas. Entre 2023 e 2024, ocorre uma ampliação significativa do prejuízo, especialmente em 2024, quando o valor negativo atinge -$17.959 milhões, marcando um aumento considerável na perda econômica da empresa.

Receitas

As receitas apresentam crescimento consistente de 2020 até 2023, passando de $58,2 bilhões para $77,8 bilhões. No entanto, em 2024 há uma redução para aproximadamente $66,5 bilhões, indicando uma reversão da tendência de crescimento e possivelmente refletindo alguma dificuldade de mercado ou ajuste na demanda.

Índice de margem de lucro econômico

Esse indicador demonstra uma melhora na margem de lucro de 2020 até 2023, saindo de -25,49% para -9,05%, embora permaneça negativo, sinalizando redução na perda de valor econômico. Entretanto, em 2024, há uma deterioração acentuada, com o índice atingindo -27%, indicando que as perdas relativas ao lucro econômico aumentaram significativamente nesse último período.