Boeing Co. (NYSE:BA)

Ao analisar a evolução financeira ao longo dos anos, observa-se uma tendência de melhora significativa nos resultados até 2023, seguida por uma reversão em 2024. Especificamente, o prejuízo líquido atribuível aos acionistas apresentou uma redução expressiva de 2020 para 2021, passando de aproximadamente US$ 11,9 bilhões para cerca de US$ 4,2 bilhões, indicando uma melhora de desempenho. Entre 2021 e 2022, esse prejuízo aumentou novamente para aproximadamente US$ 4,9 bilhões, refletindo um agravamento da situação, antes de uma nova redução em 2023, quando o prejuízo caiu para aproximadamente US$ 2,2 bilhões. Contudo, em 2024, há uma reversão significativa, com o prejuízo atingindo cerca de US$ 11,8 bilhões, indicando um agravamento substancial do resultado líquido.

Empregando uma análise similar, o lucro antes de impostos (EBT) seguiu uma trajetória de melhora até 2023, ao diminuir a perda de aproximadamente US$ 14,5 bilhões em 2020 para US$ 5 bilhões em 2022, passando por uma recuperação parcial em 2023, quando atingiu aproximadamente US$ 2 bilhões de prejuízo menor. Em 2024, o EBT mostrou uma piora expressiva, atingindo US$ 12,2 bilhões de prejuízo, o que reforça a reversão de ganhos no período.

Nos resultados antes de juros e impostos (EBIT), verificou-se uma tendência de recuperação até 2023, quando o resultado entrou em terra de resultados positivos, atingindo aproximadamente US$ 454 milhões. Essa mudança sinaliza uma melhora operacional considerável no período. Contudo, essa recuperação não se sustentou, e em 2024 o EBIT voltou a registrar um prejuízo de aproximadamente US$ 9,5 bilhões, indicando dificuldades operacionais ou fatores adversos que impactaram negativamente a margem operacional.

Por fim, a métrica de EBITDA, que analisa o funcionamento operacional antes de créditos financeiros, depreciação e amortização, também demonstra uma melhora até 2023. De um valor negativo de cerca de US$ 10 bilhões em 2020, chegou a um valor positivo de aproximadamente US$ 2,3 bilhões em 2023, sinalizando uma recuperação substancial na geração de caixa operacional. Contudo, assim como nos outros indicadores, em 2024 houve uma deterioração acentuada, com o EBITDA caindo para cerca de US$ 7,6 bilhões negativos, refletindo um declínio na eficiência operacional ou+ impacto de fatores externos adversos.

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos anos, observa-se uma tendência de crescimento no valor da empresa (EV), que aumentou de aproximadamente US$ 152,4 bilhões em 2020 para cerca de US$ 166,1 bilhões em 2022. Contudo, houve uma leve retração em 2023, com o valor caindo para aproximadamente US$ 165,1 bilhões, seguido por uma redução mais significativa em 2024, chegando a aproximadamente US$ 159,5 bilhões. Essa variação sugere possíveis ajustes na avaliação de mercado ou mudanças no valor percebido da empresa ao longo do período.

Em relação à métrica de EBITDA, houve oscilações marcantes ao longo dos anos. Após um resultado negativo considerável em 2020, de aproximadamente –US$ 10,1 bilhões, e uma leve melhora em 2021 passando para aproximadamente –US$ 0,2 bilhão, a empresa conseguiu atingir EBITDA positivo em 2022, com cerca de US$ 2,3 bilhões. Essa melhora indica uma reversão de tendências de perdas para lucros operacionais positivos, refletindo uma possível recuperação operacional.

No entanto, o desempenho em 2023 mostra uma recuada forte, com EBITDA caindo para aproximadamente –US$ 7,6 bilhões, indicando uma deterioração significativa na margem operacional ou aumento de custos, prejuízo que se acentuou ainda mais em 2024. A diferença drástica e negativa em 2024 evidencia dificuldades operacionais ou eventos extraordinários que impactaram negativamente a lucratividade operacional da empresa nesse período.

O rácio EV/EBITDA, que mede a relação entre o valor da empresa e seu EBITDA, está explicitamente apresentado apenas para 2024, com um valor elevado de 71,32. Esse valor, em comparação com padrões históricos e com empresas similares, indica que a empresa pode estar sendo avaliada com um múltiplo alto em relação ao seu EBITDA atual, refletindo expectativas de crescimento ou de recuperação futura, ou possivelmente uma avaliação inflada perante o desempenho operacional recente. A ausência de dados anteriores para esse rácio impede uma análise de sua evolução, mas o valor atual sugere uma valorização significativa em relação ao EBITDA negativo observado no período.