Intel Corp. (NASDAQ:INTC)

Após um período de crescimento significativo no lucro operacional líquido após impostos (NOPAT), que passou de aproximadamente US$ 22,96 bilhões em 2020 para US$ 19,49 bilhões em 2021, observou-se uma forte redução em 2022 para cerca de US$ 3,67 bilhões.

Essa diminuição sugere uma possível contração nos resultados operacionais da empresa, refletindo talvez desafios de mercado ou ajustes internos.

Nos anos seguintes, 2023 e 2024, houve uma deterioração acentuada, com prejuízos líquidos após impostos de aproximadamente -US$ 1,47 bilhão e -US$ 13,095 bilhões, respectivamente.

A transição de valores positivos para negativos demonstra uma tendência preocupante de deterioração financeira, indicando que a empresa enfrentou dificuldades que afetaram severamente sua lucratividade operacional.

O capital investido apresentou um crescimento contínuo ao longo do período, passando de cerca de US$ 81,96 bilhões em 2020 para aproximadamente US$ 92,3 bilhões em 2024.

Este aumento no capital investido pode refletir investimentos constantes ou uma expansão de ativos, embora sem um retorno proporcional, como demonstrado pelo desempenho do retorno sobre o capital investido (ROIC).

O índice de rendibilidade do capital investido (ROIC) acompanhou a trajetória dos lucros, iniciando em 28,01% em 2020 e declinando progressivamente ao longo dos anos. Em 2021, manteve-se relativamente alto em 22,03%, mas caiu drasticamente para 4,14% em 2022, entrando em território negativo em 2023 e 2024.

Os valores negativos do ROIC revelam que a empresa deixou de gerar retorno sustentável sobre o capital investido, indicativo de que seus investimentos deixaram de ser rentáveis e contribuíram para prejuízos operacionais cumulativos nos anos mais recentes.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

Observa-se uma ligeira diminuição neste índice ao longo do período, passando de 32,68% em 2020 para 28,05% em 2021. Em 2022, há uma redução significativa para 13,58%, e a partir de então, o índice apresenta uma reversão de tendência, chegando a um valor negativo de -0,86% em 2023 e marcando uma deterioração acentuada em 2024, alcançando -21,05%. Essa trajetória indica uma deterioração considerável na rentabilidade operacional ao longo do tempo, especialmente a partir de 2022, refletindo possíveis problemas na operação ou aumento de custos.

Rácio de rotação de capitais (TO)

Esse indicador demonstra uma tendência de declínio contínuo de 0,95 em 2020 até 0,58 em 2024. A redução persistente sugere uma menor eficiência na utilização do capital investido para gerar vendas ou receitas, indicando possíveis dificuldades na gestão de ativos ou em manter níveis de vendas compatíveis com os recursos aplicados.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

O índice apresenta uma forte diminuição de 90,22% em 2020 para 42,87% em 2022, indicando uma redução na carga tributária efetiva. Contudo, em 2023 e 2024, a taxa atinge 100%, o que pode refletir uma mudança na constituição fiscal, legislação ou na forma de contabilização dos impostos, resultando em uma carga fiscal absoluta máxima ou em uma mudança na metodologia de cálculo.

Retorno sobre o capital investido (ROIC)

Mostra uma trajetória de queda significativa, iniciando em 28,01% em 2020 e declinando para 22,03% em 2021. Em 2022, há uma drástica redução para 4,14%, com uma continuação até valores negativos de -1,6% em 2023 e -14,19% em 2024. Essa evolução indica uma deterioração importante na eficiência da empresa em gerar retorno sobre os recursos investidos, refletindo possíveis problemas na geração de valor ou aumento de custos que comprometeram a rentabilidade do capital.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

Houve uma redução significativa no NOPBT ao longo do período, passando de aproximadamente US$ 25,4 bilhões em 2020 para US$ 22,2 bilhões em 2021. Em 2022, ocorreu uma forte desaceleração, atingindo US$ 8,6 bilhões. Nos dois anos seguintes, os valores tornaram-se negativos, indicando perdas de US$ 464 milhões em 2023 e US$ 11,2 bilhões em 2024, sinalizando dificuldades financeiras crescentes.

Receita líquida

A receita líquida manteve-se relativamente estável entre 2020 e 2021, com ligeiro aumento de US$ 77,9 bilhões para US$ 79 bilhões. A partir de 2022, observou-se uma queda acentuada para US$ 63 bilhões, continuando a tendência de declínio nos anos seguintes, atingindo aproximadamente US$ 54,2 bilhões em 2023 e US$ 53,1 bilhões em 2024, indicando uma desaceleração na geração de receita.

Índice de margem de lucro operacional (OPM)

O índice de margem operacional apresentou uma deterioração contínua ao longo do período. iniciou-se em 32,68% em 2020 e declinou para 28,05% em 2021. Em 2022, a margem caiu drasticamente para 13,58%, refletindo uma redução significativa na eficiência operacional. Nos dois anos seguintes, a margem tornou-se negativa, chegando a -0,86% em 2023 e a -21,05% em 2024, indicando que os custos e despesas superaram a receita operacional nesses anos, com impacto negativo na rentabilidade.

Receita líquida

Observa-se uma estabilidade na receita líquida entre 2020 e 2021, com uma ligeira variação positiva, passando de aproximadamente US$ 77,9 bilhões para US$ 79 bilhões. Contudo, a partir de 2021, ocorre uma redução contínua nas receitas ao longo dos anos seguintes, chegando a US$ 63,1 bilhões em 2022, US$ 54,2 bilhões em 2023 e US$ 53,1 bilhões em 2024. Essa tendência indica uma diminuição expressiva na receita, especialmente entre 2021 e 2023, sugerindo possível impacto em linhas de negócios, mudança de mercado ou outros fatores econômicos.

Capital investido

O capital investido apresenta uma tendência de crescimento gradual ao longo do período analisado. Desde aproximadamente US$ 81,97 bilhões em 2020, há um aumento constante até atingir US$ 92,3 bilhões em 2024. Essa elevação no capital investido sugere uma estratégia de expansão ou reinvestimento contínuo na equipe, infraestrutura ou tecnologia, mesmo diante da diminuição da receita líquida.

Rácio de rotação de capitais (TO)

O rácio de rotação de capitais demonstra uma queda acentuada ao longo do período, iniciando em 0,95 em 2020, passando para 0,89 em 2021, e caindo para 0,71 em 2022. Nos anos seguintes, há uma redução mais expressiva, chegando a 0,59 em 2023 e 0,58 em 2024. Essa evolução indica que a eficiência na utilização do capital investido para gerar receita está diminuindo, o que pode refletir uma redução na produtividade operacional ou uma alteração na composição do ativo que impacta a rotatividade.

Análise dos indicadores financeiros da empresa ao longo de cinco anos

Impostos operacionais de caixa

Os impostos operacionais de caixa apresentaram uma tendência geral de aumento de 2020 a 2022, passando de US$ 2.488 milhões para US$ 4.893 milhões. Entre 2022 e 2023, o valor caiu para US$ 1.005 milhões, indicando uma redução significativa nos encargos fiscais. Em 2024, esse valor voltou a subir para US$ 1.916 milhões, demonstrando alguma recuperação, porém ainda abaixo do pico de 2022.

Lucro operacional líquido antes de impostos (NOPBT)

O NOPBT evidenciou uma forte queda ao longo do período. Em 2020, atingiu US$ 25.448 milhões, mas diminuiu para US$ 22.168 milhões em 2021. A partir de então, houve uma redução expressiva em 2022, atingindo US$ 8.566 milhões. Em 2023, o resultado se tornou negativo, com um prejuízo de US$ 464 milhões, e a situação agravou-se em 2024, com prejuízo de US$ 11.178 milhões. Essa trajetória indica uma deterioração significativa na rentabilidade operacional antes de impostos ao longo dos anos considerados.

Taxa efetiva de imposto sobre dinheiro (CTR)

A taxa efetiva de imposto sobre dinheiro apresentou crescimento substancial entre 2020 e 2022, passando de 9,78% para 57,13%, o que sugere uma maior carga fiscal proporcional sobre os lucros no período. Dados de 2023 e 2024 não estão disponíveis, portanto, não há informações adicionais para uma análise contínua desta métrica.