Demonstração dos fluxos de caixa
Dados trimestrais
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
Illinois Tool Works Inc., demonstração consolidada dos fluxos de caixa (dados trimestrais)
US$ em milhões
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2021-03-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2019-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2019-03-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2018-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2018-03-31), 10-K (Data do relatório: 2017-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2017-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2017-03-31).
Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que o lucro líquido apresenta variações consideráveis ao longo dos períodos, com alguns anos apresentando números negativos, como no final de 2017, e picos de crescimento em determinados trimestres de 2018 e 2021. Essa oscilação sugere uma volatilidade na rentabilidade operacional no período avaliado.
Os itens relacionados à depreciação e amortização permanecem relativamente estáveis, refletindo uma política conservadora ou de manutenção na base de ativos e ativos intangíveis da organização. Esses valores indicam uma infraestrutura que, embora em uso, não apresenta mudanças expressivas na sua depreciação ao longo do tempo.
As variações no imposto de renda diferido revelam oscilações consideráveis, incluindo períodos de valores negativos, o que pode indicar diferenças temporárias nas obrigações fiscais ou alterações na legislação tributária. Tais variações impactam o resultado líquido de forma significativa em alguns trimestres.
A provisão para contas não cobráveis mostra alguma estabilidade, com pequenas variações trimestrais, refletindo uma gestão contínua na estimativa de inadimplência.
Os rendimentos de investimentos são majoritariamente negativos, indicando custos associados a esses ativos, com alguns períodos de valores mais elevados, refletindo possíveis perdas ou diminuição de ganhos financeiros devido às condições de mercado.
No que tange às vendas de instalações, equipamentos e operações, há uma presença de ganhos e perdas pontuais, destacando operações de desinvestimento ou venda de ativos fixos ou de coligadas, contribuindo para a volatilidade do resultado operacional.
Os custos com compensação baseada em ações apresentam uma tendência de estabilidade, variando em torno de valores próximos, o que indica um programa consistente de remuneração vinculada ao mercado ou desempenho da empresa.
As outras rubricas não monetárias também permanecem relativamente constantes, sugerindo uma base de ajustes contábeis semelhantes ao longo do tempo.
Em relação às variáveis de gestão de caixa, há forte impacto das mudanças nos recebíveis comerciais e nos estoques, com períodos de aumento e diminuição que refletem padrões de recebimento e gestão de estoques, afetando o fluxo de caixa operacional. Especial atenção deve ser dada aos períodos de forte diminuição de recebíveis e estoques, considerados benéficos para o fluxo de caixa, porém que também podem indicar dificuldades na coleta ou vendas.
A variação nos ativos e passivos, bem como nos ajustes para reconciliação do lucro líquido com o caixa fornecido pelas atividades operacionais, demonstra que a geração de caixa operacional é relativamente robusta ao longo do período, com alguns trimestres excecionais, especialmente no início de 2020, refletindo impactos de fatores macroeconômicos e operacionais.
O caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais demonstra uma tendência de crescimento ao longo do período, indicando que a operação da empresa tem se tornado uma fonte consistente de geração de recursos. No entanto, observam-se períodos de redução, como no final de 2020 e início de 2021, sugerindo momentos de maior necessidade de investimentos ou pagamento de dívidas.
Os investimentos em aquisição de empresas e adições a instalações e equipamentos indicam uma estratégia de expansão e manutenção de ativos, embora a aquisição de empresas mostre apenas um período de destaque e uma forte redução subsequente, particularmente no final de 2019, possivelmente por conta de aquisições ou desinvestimentos específicos.
O produto de vendas de ativos e operações revela receitas de desinvestimentos que contribuem para o fluxo de caixa de investimentos, mesmo que estejam acompanhadas de valores negativos referentes à saída de recursos na aquisição de ativos físicos.
Os dividendos pagos durante o período mantêm-se elevados e relativamente constantes, evidenciando política de distribuição de lucros aos acionistas, enquanto as emissões e recompras de ações indicam períodos de gestão de capital próprio, com destaque para as recompras, que ocorrem de forma significativa ao longo de todo o período.
As operações de financiamento mostram variações nos produtos e pagamentos de dívidas, com destaque para o lançamento de dívidas de longo prazo em alguns períodos, acompanhadas de pagamentos subsequentes, refletindo uma gestão ativa do endividamento. A presença de produtos de dívida de vencimento superior a três meses indica uma estratégia de captação de recursos de longo prazo, que complementa a necessidade de financiamento.
Os fluxos de caixa relacionados à atividade de financiamento exibem balanços negativos na maior parte do período, demonstrando uma preferência por redução de endividamento ou recompra de ações, embora haja momentos de aumento nas obrigações financeiras, possivelmente ligados à captação de recursos para investimentos ou reestruturações.
Finalmente, as variações cambiais positivas e negativas variam ao longo do período, influenciando o caixa por meio de efeitos do câmbio, refletindo a exposição internacional e a gestão de moeda estrangeira. O saldo final de caixa e equivalentes demonstra períodos marcados por grande volatilidade, com momentos de forte aumento e redução, embora a tendência geral indique uma flutuação que reforça a necessidade de monitoramento constante da liquidez da empresa.