Illinois Tool Works Inc. (NYSE:ITW)

Ao analisar os dados financeiros ao longo dos períodos de 2017 a 2021, observa-se uma variação significativa na composição do passivo e do patrimônio líquido da empresa.

Primeiramente, o passivo total apresenta uma tendência de aumento até 2018, atingindo 78,09%, seguido de uma leve redução para 79,89% em 2019 e manutenção em torno de 79,62% em 2020, antes de diminuir para 77,45% em 2021. A partir desse comportamento, verifica-se que houve um incremento no passivo circulante, de 18,19% em 2017 para um pico de 23,82% em 2018, seguido por uma redução em 2019 e 2020, sendo 14,3% e 16,58%, respectivamente, e posterior aumento para 21,58% em 2021. Essa flutuação sugere ajustes na estrutura de liquidez de curto prazo, possivelmente em resposta às condições de mercado ou estratégias financeiras específicas.

Em contrapartida, o passivo de longo prazo mostra uma tendência de alta até 2019, alcançando 51,46%, seguido de uma redução para 49,78% em 2020 e posterior declínio para 42,97% em 2021. Tal padrão indica uma provável tentativa de alongar ou reduzir a alavancagem de longo prazo ao longo do período.

Outro ponto relevante é o crescimento do passivo circulante e de despesas acumuladas, que passou de 7,5% e 1,59% em 2017 para 10,25% e 2,38% em 2021, evidenciando que a empresa pode estar enfrentando maior pressão de curto prazo ou aumentando suas obrigações operacionais.

O patrimônio líquido, por sua vez, demonstra uma redução proporcional ao aumento do passivo, com a participação patrimonial total caindo de 27,35% em 2017 para 20,11% em 2019, recuperando-se ligeiramente em 2021 para 22,55%. Os lucros não distribuídos mostram crescimento consistente, passando de 120,44% em 2017 para 151,3% em 2021, indicando uma acumulação de resultados positivos ao longo do período. Porem, as ações ordinárias em tesouraria refletem um crescimento negativo expressivo, do valor de -92,74% em 2017 para -128,36% em 2021, o que sugere recompra de ações ou redução de participação acionária dos acionistas minoritários.

Os outros componentes do patrimônio líquido, como capital social adicional realizado e outras perdas abrangentes acumuladas, também apontam para estratégias de fortalecimento do balanço ou ajustes contábeis durante o período, com aumentos respectively de 8,43% para 8,91% e de -11,28% para -9,34%.

De modo geral, os dados indicam uma estratégia de ajuste na estrutura patrimonial, com aumento no endividamento de curto prazo até 2018, seguido por tentativa de expansão ou reestruturação de longo prazo, além de reforçar a acumulação de lucros não distribuídos. Tais movimentos podem refletir adaptações às condições econômicas ou estratégias internas para fortalecer a posição financeira da empresa.