Estée Lauder Cos. Inc. (NYSE:EL)

Ao analisar a evolução do passivo e do patrimônio líquido ao longo do período considerado, observa-se que o total do passivo representou uma proporção relativamente elevada e estável, variando ao redor de 62% a 73% do total, indicando uma estrutura de capital bastante alavancada.

Nos itens de passivo circulante, houve um aumento expressivo de 26,34% em 2018 para 35% em 2019, seguido de uma redução para aproximadamente 29% em 2020 e, posteriormente, uma estabilidade próxima de 26-28% até 2023. Essa variação sugere uma tentativa de contenção das obrigações de curto prazo após picos de maior endividamento.

A dívida de longo prazo, excluindo vencimentos correntes, apresentou uma diminuição de aproximadamente 26,74% em 2018 para 22,01% em 2019, mantendo-se relativamente estável até 2022, com uma ligeira alta para 30,4% em 2023. Isso indica uma gestão crescente de suas dívidas de longo prazo na última análise, possivelmente para financiar investimentos ou refinanciamentos.

O passivo não circulante, que inclui passivos de maior prazo, apresentou uma tendência de crescimento de 36,18% em 2018 para cerca de 45,94% em 2023, destacando um aumento na proporção de obrigações de longo prazo e outras passividades não circulantes, o que pode refletir estratégias de alongamento de maturidades de suas dívidas.

Observa-se uma redução na participação de passivos de arrendamento operacional de longo prazo, que saíram da ausência de dados em 2018 para cerca de 9% em 2022, indicando uma possível adoção de arrendamentos operacionais com prazos mais longos nos anos recentes.

O patrimônio líquido apresentou uma diminuição de aproximadamente 37,3% em 2018 para cerca de 23,85% em 2023 em relação ao passivo total. Uma redução no patrimônio líquido total e na participação de lucros não distribuídos também é perceptível, sinalizando uma possível utilização de lucros retidos na sustentação de endividamento ou recompra de ações em tesouraria, como refletido pelo aumento na porcentagem de ações em tesouraria, que variou de aproximadamente -62,83% em 2018 para cerca de -58% em 2023.

As ações ordinárias apresentam uma participação mínima e praticamente constante de 0,03% ao longo do período, enquanto as ações em tesouraria mantêm uma proporção negativa significativa, indicando um programa de recompra de ações ou redução da dívida acionária própria.

Os lucros não distribuídos sofreram oscilações, atingindo seu pico em 2019 com aproximadamente 75,89% do passivo, seguida de uma redução para cerca de 59,75% em 2023. Essa dinâmica sugere uma mudança na política de distribuição de lucros ou na retenção de resultados, possivelmente em resposta a estratégias de alongamento de prazos de endividamento.

A participação de itens relacionados a perdas abrangentes acumuladas e outros passivos acumulados indica uma gestão de contingências que, embora expressa variações, mantém-se dentro de percentuais relevantes, refletindo a estabilidade na composição de passivos contingentes.

Por fim, a participação de interesses não controladores permaneceu praticamente constante, representando uma pequena fração do passivo e patrimônio, evidenciando uma estrutura de controle acionária predominantemente concentrada.