Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
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- Balanço patrimonial: passivo e patrimônio líquido
- Estrutura da demonstração de resultados
- Estrutura do balanço: activo
- Valor da empresa (EV)
- Relação entre o valor da empresa e EBITDA (EV/EBITDA)
- Índice de margem de lucro líquido desde 2005
- Índice de liquidez corrente desde 2005
- Índice de giro total dos ativos desde 2005
- Relação preço/valor contabilístico (P/BV) desde 2005
- Análise do endividamento
Aceitamos:
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2023-06-30), 10-K (Data do relatório: 2022-06-30), 10-K (Data do relatório: 2021-06-30), 10-K (Data do relatório: 2020-06-30), 10-K (Data do relatório: 2019-06-30), 10-K (Data do relatório: 2018-06-30).
Ao analisar a trajetória do lucro líquido ao longo dos anos, observa-se uma flutuação significativa. Houve um aumento substancial em 2019, com um valor de US$ 1.794 milhões, comparado a US$ 1.117 milhões em 2018. Em 2020, o lucro caiu para US$ 696 milhões, possivelmente refletindo impactos conjunturais ou operacionais. A recuperação ocorreu em 2021, com um pico de US$ 2.875 milhões, porém, em 2022 houve uma redução a US$ 2.408 milhões, e em 2023 caiu para US$ 1.010 milhões, indicando uma tendência de retração no resultado final nesse último período.
Os itens relacionados a depreciação e amortização apresentaram crescimento constante, passando de US$ 531 milhões em 2018 para US$ 744 milhões em 2023, refletindo possivelmente maior investimento em ativos de longo prazo ou a depreciação acumulada ao longo do tempo. Quanto ao imposto de renda diferido, houve fases de variações negativas e positivas, culminando em valores negativos em todos os anos analisados, o que pode indicar diferenças temporárias relacionadas a alíquotas e diferenças de reconhecimento de receitas e despesas.
As remunerações não monetárias baseadas em ações tiveram valores relativamente estáveis, variando entre cerca de US$ 213 milhões e US$ 331 milhões, indicando uma política consistente de remuneração de incentivos aos acionistas e colaboradores. Os encargos relacionados à alienação de ativos fixos tangíveis e reestruturações não monetárias tiveram variações menores, com alguns anos apresentando picos de despesas, especialmente em 2021.
Quanto às despesas com pensões e benefícios pós-aposentadoria, houve uma redução significativa em 2023, tornando-se US$ 53 milhões em comparação com valores superiores a US$ 78 milhões nos anos anteriores. As contribuições para esses benefícios apresentaram valores negativos, indicando uma contribuição líquida ao plano de pensões, que se manteve relativamente estável ao longo dos anos.
O item de goodwill e outras imparidades de ativos longíquos apresentou aumento expressivo em 2020, atingindo US$ 1.426 milhões, possivelmente refletindo a realização de impairment related a aquisições ou mudanças no valor recuperável de ativos intangíveis. Em outros anos, os valores permaneceram elevados, indicando uma possível avaliação regular de ativos intangíveis.
As variações nos ativos e passivos operacionais revelam oscilações que impactam o fluxo de caixa operacional, com picos em 2019 e 2021, e reduções em anos posteriores. Destaca-se que os ajustes para conciliar o lucro líquido com o fluxo de caixa mostraram valores elevados, refletindo as correções necessárias devido a itens não monetários e variações de ativo e passivo.
Os fluxos de caixa líquidos provenientes das atividades operacionais demonstram redução em 2023, passando de aproximadamente US$ 3 bilhões em anos anteriores para US$ 1,7 bilhão, indicando uma diminuição na geração de caixa operacional. A análise dos investimentos mostra investimentos contínuos em ativos tangíveis e intangíveis, com valores variando entre US$ 8 milhões e US$ 1.040 milhões anualmente, além de aquisições e alienações que influenciam o fluxo de caixa de investimento.
No âmbito de financiamento, os fluxos de caixa mostram forte variação. Em 2019, ocorreu uma entrada de caixa líquida significativa decorrente de emissão de dívida de longo prazo, além do pagamento de dividendos relativamente crescentes ao longo do período. Em 2023, o fluxo de caixa de financiamento apresentou uma entrada líquida de US$ 1.590 milhões, influenciada por emissões de dívida e redução de compras de ações em tesouraria, apesar do pagamento de dividendos elevado.
Por fim, o caixa e equivalentes de caixa ao final de cada exercício permanecem elevados, especialmente após 2020, atingindo valores próximos de US$ 4 bilhões, embora tenham mostrado alguma redução em 2022 e uma recuperação em 2023, sugerindo que a liquidez foi gerenciada de modo a manter fundos disponíveis para operações e estratégias de investimento.