Marathon Oil Corp. (NYSE:MRO)

Trend de relação preço/lucro líquido (P/E)

Desde o início de 2017, a relação P/E apresentou variações sem uma tendência clara de crescimento ou queda, com valores frequentemente ausentes, exceto por um aumento notável no último período avaliado, atingindo 16.91. Este aumento sugere uma possível valorização do mercado em relação aos lucros reportados, embora o padrão ao longo do tempo indique volatilidade e falta de estabilidade nos múltiplos.

Trend de relação preço/resultado operacional (P/OP)

A relação P/OP demonstrou uma diminuição significativa entre o terceiro trimestre de 2017 e o terceiro trimestre de 2018, passando de valores elevados (43.99 e 29.26) para números mais baixos, chegando até 7.51 no final de 2019. Após esse ponto, a relação voltou a apresentar valores altos, atingindo 40.44 no primeiro trimestre de 2022. Essa evolução indica uma melhora inicial na percepção de mercado em relação ao resultado operacional, seguida por um reequilíbrio ou aumento de avaliações, possivelmente ajustando-se às condições de mercado ou às expectativas de resultados futuros.

Trend de relação preço/receita (P/S)

Os dados mostram uma tendência de queda contínua na relação P/S ao longo do período, começando em torno de 2,95 no final de 2017 e desceu para valores abaixo de 1,00 em 2020. Após esse ponto, ocorre uma recuperação, chegando a aproximadamente 3,17 ao final de 2022. Essa trajetória pode indicar uma depreciação na avaliação de mercado em relação às receitas durante o período de 2018 a 2020, seguida por uma revisão positiva na percepção do valor relativo às receitas na retomada posterior.

Trend de relação preço/valor contabilístico (P/BV)

Este indicador revela uma redução acentuada de 2017 até o início de 2020, com valores caindo de cerca de 0,97 a um mínimo de 0,31. Após esse ponto, há uma reversão na tendência, com o índice subindo lentamente e chegando a valores superiores a 1,0 em 2022. Este comportamento sugere que, inicialmente, o mercado avaliou a empresa com um potencial de valorização inferior ao seu valor patrimonial, mas a partir de 2020, há sinais de reconhecimento de maior valor de mercado em relação ao valor contábil, possivelmente refletindo melhora na percepção de risco ou perspectivas de recuperação econômica.

Ao analisar as tendências dos indicadores financeiros, observa-se que o preço das ações apresentou uma variação significativa ao longo do período, atingindo seu ponto mais baixo em torno de 4,29 dólares no primeiro trimestre de 2021, seguido por uma recuperação até atingir 27,68 dólares no segundo trimestre de 2022. Essa movimentação sugere uma alta volatilidade e possíveis respostas do mercado às condições operacionais ou de mercado da empresa.

O lucro por ação (EPS) revelou uma trajetória bastante volátil. Até o quarto trimestre de 2017, os dados não estão disponíveis, e a partir de então, há uma alternância entre períodos de prejuízo e lucros. Foi registrado prejuízo considerável no primeiro trimestre de 2020 (-1,44 dólares), possivelmente influenciado por fatores externos ou conjunturas econômicas adversas. Nos períodos seguintes, há uma recuperação significativa e até lucros expressivos no segundo trimestre de 2022, atingindo 4,58 dólares, indicando melhorias na rentabilidade.

O índice P/E demonstra uma tendência de redução ao longo do tempo, o que pode indicar uma diminuição na expectativa de crescimento dos investidores ou uma queda na rentabilidade da empresa em relação ao preço de mercado. O valor mais elevado foi registrado no terceiro trimestre de 2018 (22,13), enquanto níveis mais baixos, próximos de 4,69, ocorreram no segundo trimestre de 2022, indicando uma possível mudança na percepção do mercado acerca do potencial de crescimento ou na relação entre preço e lucros da companhia.

Ao analisar os dados financeiros referentes ao período de março de 2017 a junho de 2022, observa-se uma tendência de queda no preço das ações ao longo do tempo, com um pico em agosto de 2018 e uma significativa retração a partir de 2020. Nos primeiros meses de 2017, o preço das ações oscilava em torno de aproximadamente 14 a 15 dólares, apresentando uma leve subida até meados de 2018, atingindo cerca de 21,89 dólares em junho daquele ano. Contudo, a partir de então, há uma tendência de redução acentuada, chegando a um valor de 5,51 dólares em março de 2020, aproximadamente na mesma época do início da pandemia de COVID-19, o que influenciou negativamente os preços de mercado.

Após esse período de baixa, observa-se um leve repasse na cotação, atingindo 11,16 dólares no primeiro trimestre de 2021 e apresentando uma tendência de recuperação moderada ao longo de 2021 até valores próximos de 27,68 dólares em junho de 2022. Esse movimento sugere uma tentativa de recuperação do mercado, embora os preços finais ainda estejam abaixo do pico observado em 2018.

O lucro operacional por ação demonstra padrão semelhante, iniciando em valores negativos até o quarto trimestre de 2017, com prejuízo de -0,16 dólares. A partir de 2018, há uma melhora consistente, atingindo picos de 2,04 dólares em março de 2019 e 4,70 dólares em dezembro de 2019. Porém, em 2020, há uma reversão, com prejuízo de -0,34 dólares no primeiro trimestre e de -1,37 dólares no terceiro, refletindo impacto de condições de mercado adversas ou desafios operacionais neste período. Após esse momento, o lucro operacional apresenta uma recuperação progressiva ao longo de 2021 e 2022, atingindo 4,70 dólares em junho de 2022.

O rácio P/OP revela uma relação de valorização relativamente elevada até o segundo trimestre de 2018, atingindo 43,99, indicando uma percepção de mercado positiva ou elevado potencial de valorização na época. Entretanto, esse indicador cai drasticamente ao longo do tempo, chegando a valores próximos a 4,57 em junho de 2022, refletindo uma maior avaliação de risco ou uma depreciação nas expectativas de lucros futuros, possivelmente relacionados às oscilações de preço das ações e aos resultados operacionais variáveis ao longo do período analisado.

Em resumo, o comportamento da empresa durante o período evidencia uma forte volatilidade no valor de mercado, acompanhada por oscilações no lucro operacional por ação. A recuperação dos lucros em 2021 e 2022 sugere uma melhora na performance operacional, enquanto a diminuição do rácio P/OP indica um ajuste na percepção de valor pelo mercado, refletindo uma possível avaliação de maior risco ou realinhamento das expectativas de crescimento. O desempenho do preço das ações e do lucro operacional aponta para um período de desafios seguidos de recuperação gradual, influenciado por fatores de mercado e operacionais.

O desempenho financeiro evidenciado ao longo do período revela mudanças significativas nos principais indicadores avaliados. No que tange ao preço das ações, observou-se uma queda substancial do início do período até o primeiro trimestre de 2020, passando de aproximadamente US$ 15 a menos de US$ 6, refletindo uma deterioração considerável do valor de mercado. A partir desse ponto, há uma recuperação acentuada nos preços, chegando a cerca de US$ 27,68 no segundo trimestre de 2022, indicando uma reação positiva do mercado e possivelmente a uma melhora na avaliação da empresa.

As vendas por ação demonstraram uma trajetória de crescimento contínuo em relação ao final de 2017, partindo de valores inferiores a US$ 5,00 e atingindo mais de US$ 10,00 no segundo trimestre de 2022. Essa evolução sugere progressos na geração de receita por ação, acompanhando possivelmente a recuperação de valores de mercado no período mais recente.

O índice P/S (preço sobre vendas) também refletiu essa dinâmica, apresentando oscilações ao longo do tempo. Entre os finais de 2017 e meados de 2018, o índice manteve-se em patamares superiores a 3, chegando a 3,37, indicando uma avaliação mais elevada em relação às vendas. Entretanto, a partir do segundo semestre de 2018, houve uma redução significativa, chegando a valores próximos a 0,89 no primeiro trimestre de 2020, podendo indicar maior cautela do mercado ou aumento nas vendas em relação ao valor de mercado. Posteriormente, o índice recuperou, atingindo valores superiores a 2, bastante próximos de 3, refletindo uma melhora na relação entre preço e vendas na fase pós-pandemia.

Embora os dados de vendas por ação indiquem uma tendência de crescimento sustentado, os indicadores de avaliação, como o preço das ações e o índice P/S, apresentam maior volatilidade e períodos de declínio acentuado, especialmente até o início de 2020, possivelmente influenciados por fatores de mercado e conjunturais. Internamente, há sinais de recuperação e expansão, com melhorias na rentabilidade perspicazes no período mais recente.

Resumo Geral

Os indicadores apontam para uma recuperação de valor e desempenho financeiro após um período de declínio até o começo de 2020, seguida de uma fase de valorização. Apesar de oscilações na avaliação de mercado, há sinais de crescimento consistente na geração de receitas por ação, o que pode indicar melhorias operacionais sustentadas ao longo do tempo.

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que o preço das ações apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período, passando de aproximadamente 14,29 dólares no primeiro trimestre de 2017 para um pico de 27,68 dólares no segundo trimestre de 2022. Houve flutuações ao longo do tempo, com quedas significativas em certos períodos, mas a trajetória geral mostra uma valorização dos ativos de mercado.

O valor contábil por ação (BVPS) manteve uma relativa estabilidade, apresentando uma ligeira alta ao longo dos anos, passando de 14,8 dólares em março de 2017 para 17,02 dólares em março de 2022. Essa estabilidade indica que o patrimônio líquido por ação não sofreu grandes variações relativas, apesar das oscilações no preço das ações.

O índice P/BV refletiu uma relação flutuante ao longo do tempo. No início do período, situou-se próxima de 0,97 em março de 2017, indicando que o preço de mercado era inferior ao valor contábil por ação na época. Posteriormente, o índice atingiu valores superiores a 1, chegando a 1,72 em junho de 2022, sugerindo uma valorização de mercado relativamente maior que o valor contábil. Essas variações demonstram que, em determinados momentos, o mercado valorizou a empresa acima do seu patrimônio líquido, indicando otimismo ou expectativa de crescimento, enquanto em outros períodos, a relação ficou abaixo de 1, refletindo possível desconfiança ou precificação mais conservadora.

De modo geral, os dados indicam uma tendência de valorização dos preços das ações, acompanhada por uma estabilidade moderada do valor contábil por ação. As variações no índice P/BV sugerem um mercado que ajusta suas expectativas ao longo do tempo, podendo estar respondendo às condições econômicas do setor de atuação ou às perspectivas de crescimento de lucros futuros.