Estrutura da demonstração de resultados
Dados trimestrais
Coca-Cola Co., estrutura da demonstração de resultados consolidada (dados trimestrais)
Com base em relatórios: 10-Q (Data do relatório: 2025-06-27), 10-Q (Data do relatório: 2025-03-28), 10-K (Data do relatório: 2024-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2024-09-27), 10-Q (Data do relatório: 2024-06-28), 10-Q (Data do relatório: 2024-03-29), 10-K (Data do relatório: 2023-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2023-09-29), 10-Q (Data do relatório: 2023-06-30), 10-Q (Data do relatório: 2023-03-31), 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2022-09-30), 10-Q (Data do relatório: 2022-07-01), 10-Q (Data do relatório: 2022-04-01), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2021-10-01), 10-Q (Data do relatório: 2021-07-02), 10-Q (Data do relatório: 2021-04-02), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-Q (Data do relatório: 2020-09-25), 10-Q (Data do relatório: 2020-06-26), 10-Q (Data do relatório: 2020-03-27).
Ao analisar os dados financeiros trimestrais, observa-se que a receita operacional líquida manteve-se constante em 100%, ilustrando uma base de comparação padrão ao longo do período avaliado.
O custo dos produtos vendidos apresentou uma variação relativamente elevada, alternando entre aproximadamente 37% e 45% das receitas operacionais líquidas. Destaca-se uma tendência de aumento do custo, especialmente nos últimos trimestres de 2022 e início de 2023, indicando uma possível pressão sobre a margem bruta, que acabou refletindo em uma redução do percentual do lucro bruto na maior parte do período.
O lucro bruto oscilou entre cerca de 55% e 62% das receitas, demonstrando flutuações que indicam variações na eficiência na produção ou na gestão de custos. Apesar das oscilações, a margem de lucro bruto permanece relativamente elevada, sugerindo uma forte capacidade de geração de lucro antes das despesas operacionais.
As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram maior volatilidade, variando entre aproximadamente 27% e 35% do total de receitas, com picos de aumento em alguns trimestres de 2021 e 2022. Essa flutuação pode estar relacionada a ajustes em esforços de marketing, promoções ou despesas administrativas, impactando o resultado operacional.
Os outros encargos operacionais também apresentaram oscilações relevantes, com destaque para períodos de aumento acentuado de encargos negativos, especialmente no segundo trimestre de 2023 e no terceiro trimestre de 2024. Essas variações impactaram negativamente o resultado operacional, que apresentou uma tendência de redução na margem ao longo do tempo, embora ainda se mantenha em níveis positivos na maior parte do período.
O resultado operacional manteve-se, em geral, em torno de 20% a 30% das receitas, embora tenha apresentado quedas pontuais signficativas, como no terceiro trimestre de 2022, quando caiu para aproximadamente 20,06%. Essa redução pode estar associada ao aumento das despesas operacionais ou encargos extraordinários.
Quanto aos rendimentos de juros, apresentaram uma tendência de crescimento ao longo do período, partindo de valores próximos de 1,3% e chegando a cerca de 2,46%. Ainda assim, representam uma parcela modesta do total, contribuindo positivamente para o resultado financeiro.
As despesas com juros também mostraram variações, com picos de aumento de aproximadamente 7,63% no segundo trimestre de 2020, indicando uma possível elevação do endividamento ou custos financeiros nesse período. Nos últimos trimestres, essas despesas se estabilizaram em torno de 3%, refletindo um controle mais efetivo dos encargos financeiros.
O resultado patrimonial líquido variou entre aproximadamente 1,94% e 4,98%, apresentando uma moderada oscilação, indicando estabilidade na receita de ganhos e perdas patrimoniais ao longo do tempo.
Outras receitas líquidas apresentaram flutuações consideráveis, variando de quase zero até cerca de 13,39%, contribuindo ocasionalmente de forma significativa para o resultado global, sobretudo nos períodos de maior valor nesse item.
O rendimento antes do imposto de renda manteve-se em uma faixa entre aproximadamente 20% e 38%, com variações que podem refletir mudanças na lucratividade operacional e na influência de outros fatores financeiros ao longo do período.
O imposto de renda, por sua vez, apresentou uma tendência de variação de aproximadamente -2,5% a -8%, demonstrando uma gestão relativamente controlada das obrigações fiscais, mesmo com flutuações que podem ser atribuídas a diferentes regimes fiscais ou ajustes estratégicos.
O lucro líquido consolidado apresentou uma relação que variou de aproximadamente 16,78% até 34,14%, refletindo a influência de fatores fiscais, financeiros e operacionais. Destaca-se um aumento no final de 2023, indicando uma melhora na rentabilidade líquida nesse período.
Por fim, o lucro líquido atribuível aos acionistas da companhia também seguiu uma trajetória semelhante, com crescimento significativo no final do período, reforçando a tendência de recuperação ou fortalecimento da rentabilidade para os acionistas, após períodos de menor margem.
De modo geral, os dados indicam uma estabilidade operacional com momentos de pressão sobre as margens, especialmente devido ao aumento dos custos de produção e despesas operacionais pontuais. Apesar das oscilações, a rentabilidade líquida demonstra melhora ao longo do período, refletindo uma gestão financeira eficiente diante de condições de mercado variáveis.