Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração de fluxo de caixa fornece informações sobre recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa durante um período contábil, mostrando como esses fluxos de caixa vinculam o saldo de caixa final ao saldo inicial mostrado no balanço patrimonial da empresa.
A demonstração dos fluxos de caixa consiste em três partes: fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades operacionais, fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de investimento e fluxos de caixa fornecidos por (usados em) atividades de financiamento.
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2025-01-31), 10-K (Data do relatório: 2024-01-31), 10-K (Data do relatório: 2023-01-31), 10-K (Data do relatório: 2022-01-31), 10-K (Data do relatório: 2021-01-31), 10-K (Data do relatório: 2020-01-31).
Ao analisar as tendências financeiras ao longo dos períodos, observa-se uma evolução significativa na lucratividade líquida, que apresentava prejuízo de US$ 481 milhões em 2020, mostrando melhora até um pequeno retorno ao lucro de US$ 29 milhões em 2022. Entretanto, após esse pico, ocorreu uma reversão, culminando em um prejuízo de US$ 367 milhões em 2023, seguido de um expressivo lucro de US$ 1.381 milhões em 2024, e uma queda subsequente, resultando em lucro de US$ 526 milhões em 2025. Essas variações indicam uma oscilação considerável na lucratividade, possivelmente refletindo mudanças nos fatores operacionais ou eventos extraordinários.
As despesas de remuneração baseadas em ações aumentaram continuamente, passando de US$ 860 milhões em 2020 para US$ 1.519 milhões em 2025, sugerindo uma expansão dos programas de incentivos aos colaboradores, possivelmente alinhada ao crescimento da empresa ou estratégia de atração e retenção de talentos. A depreciação e amortização também apresentaram aumento ao longo do período, indicando investimentos contínuos em ativos de longo prazo.
Notas de destaque incluem o comportamento das receitas não auferidas, que cresceram de US$ 355 milhões em 2020 para US$ 493 milhões em 2024, refletindo uma maior captação de receitas relacionadas a contratos ou serviços ainda não realizados. Quanto às contas a receber comerciais e outras, líquidas, observaram redução de US$ 176 milhões em 2020 para US$ 87 milhões em 2024, sinalizando melhorias na gestão de recebíveis ou maior eficiência na cobrança.
As variações nos ativos e passivos operacionais mostraram mudança de sinais ao longo dos anos, com oscilações positivas e negativas, incluindo uma significativa diminuição de US$ 218 milhões em 2025, indicando possíveis ajustes ou reequilíbrios na estrutura de capital de giro.
Nos fluxos de caixa operacionais, a empresa apresentou crescimento consistente na geração de caixa líquido, passando de US$ 865 milhões em 2020 para US$ 2.461 milhões em 2025, demonstrando uma melhoria na eficiência operacional e na geração de caixa das atividades principais.
Nos investimentos, houve forte redução na compra de títulos e valores mobiliários, de US$ 1.797 milhões em 2020 para US$ 4.786 milhões em 2025, além de uma redução na venda de títulos, indicando uma possível mudança na estratégia de investimento ou maior foco na gestão de liquidez.
Na atividade de financiamento, houve uma tendência de uso de caixa, com fluxo negativo de US$ 1.150 milhões em 2025, destacando aumentos na recompra de ações (chegando a US$ 700 milhões em 2025) e pagamento de dívidas, além de emissões de dívida líquidas de valores mobiliários em determinados períodos. Essas ações refletem uma estratégia de retorno ao acionista ou gerenciamento da estrutura de capital.
O saldo final de caixa e equivalentes de caixa aumentou de US$ 642 milhões em 2020 para US$ 1.554 milhões em 2025, apesar dos fluxos negativos nos anos finais, indicando fortalecimento na posição de liquidez da empresa, apoiado por fluxos de caixa operacionais robustos.