Accenture PLC (NYSE:ACN)

Ao analisar a evolução do fluxo de caixa e seus componentes ao longo dos diferentes períodos, observa-se que o lucro líquido apresentou crescimento consistente, especialmente entre 2019 e 2023, atingindo um pico de aproximadamente US$ 7 bilhões em 2023. No entanto, há uma leve desaceleração em 2024, com o valor final ligeiramente superior ao anterior.

Os ajustes relacionados à depreciação, amortização e outros itens mostram um aumento progressivo, refletindo maior impacto de despesas não monetárias na conta de resultados. As despesas de remuneração baseada em ações também cresceram de forma contínua, indicando possivelmente uma política de remuneração variável mais intensa ou de incentivos de longo prazo.

Os efeitos tributários, incluindo impostos diferidos, exibiram variações negativas e positivas, sugerindo oscilações na gestão tributária ou nos benefícios fiscais ao longo do período, sem uma tendência clara de melhora ou piora consistente.

Os ativos e passivos circulantes e não circulantes evidenciam alta volatilidade, com variações significativas, especialmente na conta de ativos a receber e contratuais, que apresentou uma forte redução em 2022, seguida por uma recuperação parcial em 2023, embora ainda negativa. Contas a pagar também apresentaram oscilações, refletindo possíveis mudanças na gestão de liquidez ou no ciclo operacional.

O caixa líquido fornecido pelas atividades operacionais manteve-se elevado e relativamente estável, situando-se acima de US$ 9 bilhões na maior parte do período, demonstrando boa geração de caixa operacional. Contudo, há uma redução em 2024, limitada a cerca de US$ 9,13 bilhões, o que é um sinal de menor eficiência na geração de caixa ou maior uso de recursos.

Na atividade de investimento, há uma tendência de aumento na aquisição de bens e equipamentos, embora em patamares relativamente constantes, enquanto as compras de empresas e investimentos líquidos de caixa demonstraram crescimento expressivo ao longo do período, atingindo US$ 6,58 bilhões em 2024, indicando maior enfoque em aquisições ou expansão por meio de investimentos externos.

Foram registrados recebimentos de produtos de alienações de negócios e investimentos, embora de forma oscilante, com uma redução significativa em 2022 e retorno parcial em anos seguintes. Outros investimentos líquidos também tiveram menor relevância ao longo do tempo.

Nos financiamentos, há sinais de aumento nos desembolsos, especialmente em relação à emissão de ações, cujo produto cresceu continuamente, atingindo cerca de US$ 1,41 bilhões em 2024. Não obstante, a compra de ações da própria empresa também aumentou, refletindo maior recompra ou política de gestão de capital. O fluxo de caixa ligado à dívida, incluindo emissões e reembolsos, indica atividades de endividamento mais intensas a partir de 2023, com entrada de caixa proveniente de instrumentos de dívida.

Os dividendos pagos apresentaram aumento constante, contribuindo para o movimento negativo no caixa de financiamento. Os outros financiamentos líquidos também mostraram crescimento negativo, refletindo maior saída de caixa nesta categoria.

No saldo geral, o aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa apresentou forte alta em 2020, seguido por uma redução significativa em 2024, whenando a quantidade de caixa final de período que, após picos em anos anteriores, registra um valor de aproximadamente US$ 5 milhões em 2024. As variações cambiais tiveram impacto negativo ao longo do período, especialmente em 2022 e 2024, reduzindo o caixa final do período.