Starbucks Corp. (NASDAQ:SBUX)

A análise dos índices de liquidez ao longo dos anos revela uma tendência de variação nos níveis de capacidade de pagamento da empresa em relação às suas obrigações de curto prazo.

Índice de liquidez corrente

Observa-se um aumento significativo entre 2019 e 2021, passando de 0,92 para 1,2, indicando uma melhora na capacidade de cobertura das obrigações de curto prazo com ativos circulantes. Contudo, a partir de 2022, o índice apresentou uma ligeira recuperação, caindo de 0,77 para 0,78 em 2023, e mantendo-se em 0,75 em 2024. Essa tendência sugere uma redução na margem de segurança financeira de curto prazo, embora os valores permaneçam acima de 0,75, indicando ainda uma posição relativamente saudável, mas com sinais de consolidação ou possível ajuste na gestão do capital de giro.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida apresentou crescimento até 2021, atingindo 0,93, demonstrando maior capacidade de pagamento com ativos altamente líquidos. Contudo, houve uma queda em 2022 para 0,48, e uma recuperação parcial em 2023 e 2024, com valores de 0,55 e 0,52 respectivamente. Essa diminuição abrupta em 2022 sugere uma redução na liquidez imediata, possivelmente devido a mudanças na composição dos ativos circulantes ou aumento de obrigações de curto prazo que não foram refletidas em ativos líquidos. A recuperação parcial nos anos seguintes indica uma tentativa de estabilização na liquidez de caixa.

Índice de liquidez de caixa

Este índice seguiu uma tendência semelhante ao índice de liquidez rápida, atingindo o pico em 2021 com 0,81. Após isso, apresentou uma queda em 2022 para 0,35, refletindo uma diminuição considerável na proporção de caixa disponível para cobrir obrigações de curto prazo de forma imediata. Nos anos subsequentes, permanece em níveis baixos, com 0,42 em 2023 e 0,39 em 2024, indicando que a liquidez de caixa ainda não se recuperou ao patamar de 2021. Tal cenário sugere possíveis desafios na gestão de liquidez de caixa, mesmo com melhorias nas métricas mais amplas de liquidez.

Ativo circulante

A análise dos ativos circulantes revela uma tendência geral de crescimento ao longo do período até 2023, passando de aproximadamente 5,65 bilhões para 7,3 bilhões de dólares. No entanto, em 2024, há uma redução para cerca de 6,84 bilhões, indicando uma possível diminuição na liquidez ou na disponibilidade de recursos de curto prazo.

Passivo circulante

Os passivos circulantes também apresentaram aumento contínuo, de aproximadamente 6,17 bilhões para cerca de 9,34 bilhões de dólares ao longo do período. Assim como os ativos, houve um aumento significativo, especialmente entre 2019 e 2023, com uma estabilização relativa em 2024, onde os passivos permanecem elevados.

Índice de liquidez corrente

O índice de liquidez corrente mostra uma evolução inquieta, apresentando uma melhora de 0.92 em 2019 para 1.2 em 2021. Após 2021, o índice cai para 0.77 em 2022, permanecendo próximo de 0.78 em 2023 e ligeiramente reduzido para 0.75 em 2024. Essa variação sugere uma deterioração na capacidade de cobrir obrigações de curto prazo ao longo do tempo, especialmente após 2021, apesar de ainda manter-se próximo de 1 em alguns períodos.

Total de ativos rápidos

Observa-se um aumento geral no valor dos ativos rápidos ao longo do período analisado, indicando uma melhora na liquidez de curto prazo de forma significativa até 2021. Após esse pico, há uma redução em 2022, seguida por uma estabilização com valores elevados em 2023 e 2024. Essas flutuações sugerem alterações na composição dos ativos de liquidez imediata, possivelmente influenciadas por mudanças operacionais ou estratégicas.

Passivo circulante

O passivo circulante apresenta uma tendência crescente ao longo de todo o período, refletindo um aumento nas obrigações de curto prazo da empresa. A elevação contínua indica maior necessidade de recursos de curto prazo ou um crescimento nas operações. Apesar do crescimento, a variação não é linear, havendo momentos de aceleração, especialmente entre 2020 e 2023.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida teve uma evolução variável: de 0,59 em 2019, houve um aumento para 0,93 em 2021, atingindo o ponto mais alto do período. Após esse pico, há uma redução em 2022 para 0,48, com recuperação marginal em 2023, mantendo-se relativamente estável em 2024 na faixa de 0,52 a 0,55. Essas oscilações indicam variações na capacidade de cobrir as obrigações de curto prazo com ativos líquidos imediatos, refletindo possíveis mudanças na eficiência na gestão de liquidez ou na composição dos ativos.

De modo geral, há um aumento no passivo circulante e no ativo rápido, com o índice de liquidez rápida demonstrando variações que indicam ajustes estratégicos na gestão de liquidez. O crescimento do passivo sugere maior necessidade de financiamento de curto prazo, enquanto as alterações na liquidez rápida refletem esforços de equilíbrio entre ativos líquidos e passivos de curto prazo ao longo do período considerado.

Patrimônio de caixa e liquidez

O total de ativos de caixa apresentou crescimento significativo de 2.752 milhões de dólares em setembro de 2019 para 6.617 milhões em outubro de 2021, demonstrando uma estratégia de aumento de liquidez neste período. Contudo, ocorreu uma redução para aproximadamente 3.182 milhões de dólares em outubro de 2022, seguida de uma recuperação parcial para quase 3.953 milhões em outubro de 2023, antes de uma leve queda para 3.543 milhões em setembro de 2024. Essa variação sugere ajustes na gestão de caixa ou fluxo de caixa operacional ao longo dos anos.

Passivo circulante

O passivo circulante demonstrou aumento contínuo, passando de cerca de 6.169 milhões de dólares em setembro de 2019 para aproximadamente 9.145 milhões em outubro de 2022. Após esse ponto, houve uma estabilização ligeira, com o passivo em torno de 9.075 milhões em setembro de 2024. Este aumento consistente indica uma ampliação nas obrigações de curto prazo, potencialmente relacionada a financiamentos, estoques ou despesas operacionais aumentadas.

Índice de liquidez de caixa

O índice de liquidez de caixa, que mede a capacidade de cobertura do passivo circulante com os ativos de caixa, apresentou crescimento até 2021, atingindo o ponto mais alto de 0.81, refletindo uma melhora na capacidade de liquidez naquele período. Porém, houve uma forte redução a partir de 2022, retornando a valores abaixo de 0.50, com 0.35 em 2022, e mantendo-se em torno de 0.39 a 0.42 até 2024. Essa diminuição indica uma deterioração na liquidez relativa, talvez devido ao aumento dos passivos circulantes ou aos recursos de caixa não acompanhando essa expansão.