Gilead Sciences Inc. (NASDAQ:GILD)

Ao analisar os dados financeiros trimestrais, verifica-se uma tendência de alteração na composição do ativo total ao longo do período. Entre os principais pontos observados está a evolução da proporção de caixa e equivalentes de caixa, que apresenta flutuações significativas, começando em cerca de 16,82% no primeiro trimestre de 2020, chegando a um pico de aproximadamente 21,17% em setembro de 2020, seguido de uma redução para valores próximos de 6% em meados de 2021. A partir de então, ocorre uma recuperação, atingindo novamente cerca de 9% no final de 2023, demonstrando uma tendência de aumento na liquidez imediata na última parte do período considerado. Outro componente relevante refere-se aos títulos de dívida negociáveis de curto prazo, que apresentam uma diminuição acentuada após o primeiro trimestre de 2020, passando de quase 18% para níveis superiores a 1,5% a partir de 2021, permanecendo relativamente baixos até o final de 2023. Essa mudança sugere uma redução na dependência de instrumentos de curto prazo de dívida do ativo total. As contas a receber, líquidas, mostram uma estabilidade relativa, com uma ligeira tendência de aumento em sua participação no ativo, chegando a aproximadamente 8,58% em dezembro de 2022, indicando potencial aumento na receita a receber ou mudança na política de crédito. A participação dos inventários no ativo total apresenta crescimento gradual desde cerca de 1,65% em 2020 até aproximadamente 3,78% em março de 2024, indicando possível aumento nos níveis de estoque ou ampliação na produção. Os ativos circulantes, em termos percentuais, sofrem variações, inicialmente com uma significativa redução em 2020, aproximando-se de 23,38%, e posteriormente firmando-se em valores mais elevados, chegando a cerca de 29,95% em setembro de 2023, demonstrando maior foco na liquidez de curto prazo ao longo do tempo. Os ativos de longo prazo, por sua vez, mantêm uma participação relativamente estável, embora com uma tendência de redução, especialmente após 2022, atingindo aproximadamente 73,59% em dezembro de 2024, reflexo possivelmente de depreciações, amortizações ou reestruturações de ativos. Observa-se uma marcada variação na parcela de ativos incorpóreos líquidos, que começa com aproximadamente 22,6% em março de 2020, e diminui gradualmente até cerca de 33,32% em dezembro de 2024, com flutuações intermediárias que indicam possível amortização de intangíveis ou reavaliações de ativos intangíveis. Boa vontade cresce como percentual do ativo, passando de aproximadamente 6,89% em março de 2020 para cerca de 14,92% em dezembro de 2024, apontando para maior valor relacionado a negócio adquirido e goodwill refletindo investimentos em aquisições ou reestruturações. Por outro lado, ativos de longo prazo que não compreendem ativos intangíveis apresentam uma participação marginal e variável, com ligeiras oscilações, contribuindo para a composição do ativo total. Em suma, a análise revela uma dinâmica de transformação na estrutura do ativo, com variações na liquidez, composição de ativos circulantes e de longo prazo, além de uma redução no peso de instrumentos de dívida de curto prazo. Essas mudanças podem indicar uma estratégia de gestão de liquidez, reestruturação de ativos e investimentos em ativos intangíveis, refletindo ajustes na política financeira ao longo do período considerado.