Pfizer Inc. (NYSE:PFE)

Ao analisar os dados financeiros fornecidos, observa-se uma evolução significativa na composição do ativo ao longo do período considerado. Inicialmente, há uma forte concentração de ativos em itens como "Boa vontade" e "Ativos incorpóreos identificáveis, líquidos", que representam uma parcela expressiva do total do ativo, especialmente no início do período (março de 2020), com aproximadamente 35,17% e 20,72%, respectivamente. Essas proporções permanecem relativamente altas ao longo do tempo, indicando uma forte presença de ativos intangíveis na estrutura patrimonial.

Note-se uma tendência de ligeiro aumento na participação de "Ativos incorpóreos identificáveis, líquidos", que oscila por volta de 17% a 28%, evidenciando possível intensificação do investimento em proprietários de direitos intangíveis, como patentes, marcas ou licenças. Por outro lado, a participação de "Boa vontade" apresenta certa estabilidade, próximas de 23% a 33%, reforçando a importância dos ativos intangíveis na composição do ativo total.

Adicionalmente, a parcela de "Ativo por impostos diferidos não circulantes e outros ativos por impostos não circulantes" mostra crescimento gradual, atingindo valores próximos a 5% de participação em períodos finais, indicando uma ampliação no reconhecimento de benefícios fiscais diferidos ou ativos fiscais futuros.

Em relação ao ativo circulante, há uma variação considerável ao longo do período. Como porcentagem do total, registra um pico de aproximadamente 36,22% no final de 2021, seguido por uma redução para cerca de 21,21% em março de 2024. Essa oscilação possivelmente reflete mudanças na composição de liquidez, com maior concentração em curto prazo em certos momentos e uma redução posterior, além de variações nos estoques, contas a receber e outros ativos circulantes.

Destaca-se que o item "Caixa e equivalentes de caixa" apresenta uma diminuição relativa na sua participação, variando de 1,29% em março de 2020 para aproximadamente 0,79% em dezembro de 2023, sugerindo que a liquidez imediata não tem sido uma prioridade absoluta na estrutura financeira ao longo do tempo. O mesmo ocorre com "Investimentos de curto prazo", que apresentam variações, mas com participação ocasionalmente elevada, chegando a cerca de 19% em dezembro de 2021, antes de uma redução nas últimas datas.

Por outro lado, os "Investimentos restritos de curto prazo" aparecem pontualmente a partir de junho de 2020, com uma participação ao redor de 6%, indicando a presença de ativos ligados a restrições específicas ou restrições de uso, embora esses dados não estejam disponíveis consistentemente ao longo de todo o período.

Os "Investimentos de longo prazo" mantêm uma participação relativamente estável em torno de 1% a 2%, sugerindo uma estratégia de manutenção de ativos de investimento por períodos superiores ao ciclo operacional normal, embora suas proporções tenham diminuído nas últimas datas do período considerado.

Na área de ativos não circulantes, destaca-se um incremento na porcentagem de "Ativos incorpóreos identificáveis" e de "Boa vontade", que refletem o reconhecimento e reavaliação de ativos intangíveis, fator comum na avaliação de empresas com elevado patrimônio intelectual.

Por fim, a participação de "Imobilizado líquido de depreciação acumulada" mantém-se relativamente constante, na faixa de 8% a 9%, indicando que a estrutura de bens fixos depreciáveis apresenta estabilidade na sua participação relativa ao ativo total. Em síntese, a composição do ativo revela uma orientação significativa para ativos intangíveis e a manutenção de uma parcela considerável de ativos não circulantes, enquanto os componentes de liquidez imediata representam proporções menores e relativamente variáveis ao longo do tempo.