Fiserv Inc. (NASDAQ:FISV)

Índice de liquidez corrente

O índice apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período analisado, iniciando em 0,9 e atingindo pico de 4,97 no último trimestre de 2019. Após esse pico, observou-se uma redução, mantendo-se constante em torno de 1,03 a 1,05 até o primeiro trimestre de 2022. Essa evolução indica uma melhora na capacidade de cobertura das obrigações de curto prazo ao longo de 2017 a 2019, seguida por uma estabilização em níveis mais próximos de 1, sugerindo uma recuperação na liquidez em períodos posteriores.

Índice de liquidez rápida

O índice de liquidez rápida seguiu uma trajetória semelhante ao índice de liquidez corrente, com melhoria progressiva até 2019, atingindo seu ponto mais elevado em 4,59 no final de 2019. Após esse pico, houve uma redução significativa e subsequente estabilização ao redor de 0,95 a 0,97 até o início de 2022. O movimento sugere uma melhora na capacidade de pagamento imediato de dívidas de curto prazo ao longo de 2017 a 2019, com uma estabilização posterior em níveis mais conservadores.

Índice de liquidez de caixa

Este índice apresentou valores bastante baixos ao longo de todo o período, iniciando em 0,17 e permanecendo na faixa de 0,05 a 0,23, com leves oscilações. A maior variação ocorreu em 2018, atingindo 0,29, enquanto o restante do período mostrou valores relativamente constantes e baixos. Os dados indicam que a empresa possui uma liquidez de caixa limitada em relação às obrigações de curto prazo, o que pode refletir uma estratégia de gerenciamento de caixa conservadora ou uma composição de ativos líquidos reduzida.

O conjunto de dados revela uma evolução significativa nos indicadores financeiros ao longo do período analisado. O ativo circulante apresentou tendência de crescimento, passando de US$ 1.615 milhões em março de 2017 para US$ 18.870 milhões em março de 2022, com picos notáveis em dezembro de 2019 e dezembro de 2020. Este aumento expressivo indica uma expansão considerável na liquidez de curto prazo, o que pode refletir maior disponibilidade de recursos na operação.

Simultaneamente, o passivo circulante também variou ao longo do tempo, inicialmente apresentando valores próximos de US$ 1.790 milhões em março de 2017, caindo para US$ 12.119 milhões em dezembro de 2019 e subindo novamente para US$ 17.730 milhões em março de 2022. Apesar do aumento substancial no passivo circulante, a relação entre o ativo e o passivo, medida pelo índice de liquidez corrente, manteve-se relativamente estável, variando em torno de 1,03 a 1,11 nos períodos mais recentes.

O índice de liquidez corrente, que demonstra a capacidade de pagamento de obrigações de curto prazo com ativos circulantes, apresentou uma tendência de estabilidade ao longo do período, oscilando entre 0,9 e 1,11. Durante os períodos mais iniciais, o índice esteve abaixo de 1, indicando uma situação de liquidez mais apertada nessas fases, enquanto, com o passar do tempo, estabilizou-se em níveis ligeiramente acima de 1, sugerindo uma melhora na liquidez.

De modo geral, observa-se uma expansão expressiva nos ativos circulantes, acompanhada de crescimento no passivo circulante, com a relação entre ambos permanecendo relativamente constante. Tal comportamento sugere uma estratégia de crescimento que mantém um equilíbrio na liquidez de curto prazo, apesar do aumento no volume de obrigações financeiras. A estabilidade no índice de liquidez corrente indica uma gestão eficaz de recursos de curto prazo, mesmo diante de aumentos substanciais nos valores absolutos dos ativos e passivos circulantes.

Ao analisar a evolução do total de ativos rápidos ao longo do período, observa-se uma tendência de aumento. Desde o início de 2017, os ativos rápidos cresceram de aproximadamente US$ 1.169 milhões para cerca de US$ 17.347 milhões no final de 2022, indicando uma ampliação significativa na liquidez de curto prazo da empresa.

Quanto ao passivo circulante, também apresenta uma tendência de crescimento ao longo do tempo, embora com variações de alta e baixa. Em 2017, esse passivo variou entre aproximadamente US$ 1.790 milhões e US$ 1.938 milhões, decorrente de uma variação moderada. Em 2020, registrou-se um aumento mais acentuado, atingindo cerca de US$ 17.251 milhões, contudo, ainda mantendo uma relativa proporção com os ativos líquidos, embora com certa oscilação.

O índice de liquidez rápida, que mede a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo com ativos líquidos, permanece relativamente estável ao longo do período, variando entre aproximadamente 0,65 e 0,77 até meados de 2018, posteriormente estabilizando em torno de 0,95 a 0,97. Essa estabilidade sugere que, apesar do aumento dos ativos e passivos, a proporção de ativos líquidos disponíveis para cobrir despesas de curto prazo tem sido mantida de modo consistente, refletindo uma gestão equilibrada de liquidez.

De modo geral, a empresa demonstra crescimento consistente em seus ativos líquidos ao longo do período analisado, acompanhando o aumento de seus passivos circulantes, enquanto mantém um índice de liquidez rápida relativamente estável. Esta combinação sugere uma gestão financeira que busca ampliar a escala das operações sem comprometer significativamente sua capacidade de honrar obrigações de curto prazo.

Observa-se que o total de ativos de caixa apresentou uma tendência geral de crescimento ao longo do período, passando de US$ 308 milhões no primeiro trimestre de 2017 para US$ 863 milhões no último trimestre de 2022. Houve alguns períodos de estabilidade, como no segundo trimestre de 2018, mas o padrão de aumento consistente é evidente a partir do último trimestre de 2018, indicando uma possível estratégia de fortalecimento de liquidez.

O passivo circulante exibiu variaçõesconsideráveis ao longo do tempo, passando de US$ 1.790 milhões no primeiro trimestre de 2017 para um pico de US$ 17.762 milhões no terceiro trimestre de 2019, antes de reduzir-se a valores próximos de US$ 17.730 milhões no último trimestre de 2022. Essa oscilação sugere um aumento expressivo nas obrigações de curto prazo durante esse período, possivelmente relacionadas a expansão financeira ou operações de aquisição. Após o pico em 2019, houve uma tendência de estabilização e ligeira redução do passivo, o que pode indicar esforços de gerenciamento de dívidas ou refinanciamento.

O índice de liquidez de caixa, que mede a capacidade de cobrir obrigações de curto prazo com ativos de caixa, apresentou uma evolução confusa. Entre os primeiros trimestres de 2017 e 2018, os rácios variaram de 0,17 a 0,29, refletindo melhorias na liquidez de caixa principalmente em 2T 2018. Entretanto, a partir de 2019, o índice caiu significativamente, chegando a valores muito baixos próximos de 0,05, indicando uma deterioração da liquidez de caixa relativa às obrigações circulantes na maior parte do período subsequente. Um pico de 4,11 no terceiro trimestre de 2019 foi uma anomalia, possivelmente devido a um evento pontual ou discrepância de dados, mas não representa uma tendência sustentada.

De modo geral, os dados sugerem que a empresa passou por um fortalecimento de sua liquidez e aumento de seus ativos de caixa até o final de 2018. Contudo, o aumento substancial nas obrigações de curto prazo e a redução no índice de liquidez de caixa ao longo de 2019 e 2020 apontam para possíveis desafios na gestão de liquidez durante esse período, que parecem ter sido parcialmente mitigados a partir de 2021. Ainda assim, o indicador de liquidez permanece em níveis baixos, o que requer atenção na avaliação de risco de liquidez a longo prazo.