Cisco Systems Inc. (NASDAQ:CSCO)

Ao analisar as tendências financeiras, observa-se uma diminuição significativa no índice de giro de estoque ao longo do período, passando de 13,91 em 2019 para 5,63 em 2024. Essa redução indica uma maior permanência dos estoques na empresa, sugerindo possíveis mudanças na gestão de estoque ou alterações na dinâmica de vendas e produção.

O índice de giro de recebíveis apresentou variações relativamente estáveis, iniciando em 9,45 em 2019 e alcançando 8,05 em 2024, com ligeiro aumento em 2023, chegando a 9,74. Essa estabilidade reforça uma gestão consistente na cobrança de contas a receber, embora o índice médio possa indicar uma manutenção de prazos de recebimento relativamente uniformes.

Já o índice de rotatividade a pagar exibiu uma tendência de aumento, saindo de 9,34 em 2019 para 8,24 em 2024, com flutuações ao longo do período. Um aumento neste índice pode refletir uma maior agilidade na quitação de obrigações aos fornecedores ou uma reestruturação nos prazos de pagamento.

O índice de giro de capital de giro aumentou de 3,24 em 2019 para 4,73 em 2024, indicando uma maior eficiência na utilização do capital de giro ao longo do tempo. Em contrapartida, o ciclo operacional cresceu de 65 para 110 dias, refletindo uma extensão no tempo necessário para transformar os recursos de capital de giro em vendas ou lucros.

Os dias de rotação de estoque cresceram de 26 para 65 dias, confirmando a tendência de maior permanência dos estoques, enquanto os dias de rodízio de contas a receber tiveram oscilações, atingindo 45 dias em 2024, o que sugere uma gestão consistente de recebíveis, embora com períodos de maior prazo de recebimento.

O ciclo operacional também aumentou de 65 para 110 dias, reforçando a ideia de uma operação mais prolongada para conversão de recursos em valor de venda ou lucro. Além disso, o ciclo de conversão de caixa subiu de 26 para 66 dias, indicando uma extensão no tempo entre a saída de recursos para despesas operacionais e a entrada de receita, o que pode impactar o fluxo de caixa da organização.

Análise do Custo das Vendas:

Observa-se uma tendência de aumento no custo das vendas ao longo do período, com valores variando de US$ 19.238 milhões em 2019 para US$ 18.975 milhões em 2024. Apesar de uma leve redução no valor absoluto em relação ao pico de US$ 21.245 milhões em 2023, o custo permanece alto, indicando uma possível estratégia de expansão de produção ou aumento de volumes de vendas. A variação sugere uma pressão de custos contínua ou ajustes na estrutura de produção ao longo dos anos.

Análise dos Inventários:

Os inventários apresentam crescimento significativo, partindo de US$ 1.383 milhões em 2019 para um pico de US$ 3.644 milhões em 2023, antes de registrar uma leve redução para US$ 3.373 milhões em 2024. Este aumento acentuado indica uma acumulação de estoques ao longo dos anos, possivelmente resultando de expectativas de demanda futura ou desafios na gestão de inventários. A diminuição ligeira em 2024 pode refletir uma tentativa de equilibrar os estoques com as vendas ou uma adaptação às condições de mercado.

Índice de Giro de Estoque:

O índice de giro de estoque revela uma tendência de redução significativa ao longo do período, passando de 13,91 em 2019 para 5,63 em 2024. Esse declínio indica uma diminuição na velocidade com que os estoques são vendidos ou utilizados, podendo sugerir mudanças na eficiência operacional, na demanda do mercado ou na estratégia de gerenciamento de estoques. Uma menor rotatividade de estoque pode impactar a liquidez e os custos de armazenamento.

Ao analisar os dados financeiros de aproximadamente cinco anos, observa-se que a receita apresenta uma tendência de crescimento, atingindo seu ponto mais alto no período de 29 de julho de 2023, com US$ 56,998 milhões, antes de uma ligeira redução na data de 27 de julho de 2024 para US$ 53,803 milhões. Este comportamento indica um aumento geral na geração de receitas ao longo do período, apesar de eventuais oscilações anuais.

Os contas a receber, líquidas de provisões, demonstram uma elevação contínua ao longo do período, passando de US$ 5.491 milhões em 2019 para US$ 6.685 milhões em 2024. Essa tendência sugere uma expansão na carteira de recebíveis ou uma maior concessão de crédito, o que pode estar correlacionado ao crescimento das operações ou à estratégia de crédito adotada pela empresa.

Quanto ao índice de giro de recebíveis, há maior variação ao longo dos anos. Em 2019, o índice foi de 9,45, tendo uma diminuição até 2022 para 7,79, indicando uma menor eficiência na recuperação dos recebíveis ou um aumento na permanência dos valores em aberto. Entretanto, em 2023, o índice sobe para 9,74, sugerindo uma melhora na velocidade de giro, mas posteriormente diminui novamente em 2024 para 8,05. Essa oscilação pode refletir mudanças na gestão de crédito, nas condições do mercado ou na política de pagamento dos clientes.

Em resumo, a trajetória de crescimento da receita e dos contas a receber revela uma expansão operacional, enquanto as variações no índice de giro de recebíveis apontam para uma instabilidade na eficiência de recuperação dos créditos. A análise desses indicadores sugere que, apesar do aumento de receita e expansão de ativos de crédito, há necessidade de atenção à gestão dos recebíveis para melhorar a eficiência operacional nesse aspecto.

Ao analisar as tendências financeiras ao longo dos períodos, observa-se que o custo das vendas apresentou uma variação ao longo dos anos, com um crescimento substancial de US$ 19.238 milhões em 2019 para US$ 21.245 milhões em 2023, seguido de uma redução para US$ 18.975 milhões em 2024. Essa oscilação indica possíveis ajustes na estrutura de custos ou mudanças na demanda ou estratégias comerciais.

Já as contas a pagar demonstraram um aumento ao longo do período, de US$ 2.059 milhões em 2019 para US$ 2.313 milhões em 2023, mas com uma ligeira redução para US$ 2.304 milhões em 2024. Essa tendência de crescimento indica aumento na extensão dos prazos de pagamento ou maior volume de obrigações a pagar, embora com uma leve estabilização recente.

O índice de rotatividade a pagar evidenciou uma certa variação, iniciando em 9,34 em 2019, decaindo para 7,59 em 2021, e posteriormente recuperando para 9,19 em 2023, antes de registrar uma queda para 8,24 em 2024. Essa oscilação sugere que a eficiência na gestão dos prazos de pagamento variou ao longo do tempo, refletindo possíveis mudanças na política de pagamento ou na composição dos acordos comerciais.

Análise do Capital de Giro

Observa-se que o capital de giro apresentou oscilações ao longo do período analisado. Entre julho de 2019 e julho de 2021, houve um aumento da cifra, atingindo um pico em julho de 2020, com 18.242 milhões de dólares, seguido por uma redução significativa em julho de 2021, quando caiu para 12.855 milhões de dólares. Em 2022, o valor continuou em declínio, chegando a 11.077 milhões, refletindo uma redução na liquidez operacional. Nos dois últimos períodos, há um aumento até julho de 2023, atingindo 12.039 milhões, mas em julho de 2024 o valor apresenta uma forte queda para um valor negativo de -3.722 milhões, indicando possível prejuízo na liquidez de curto prazo e dificuldades na gestão do capital de giro.

Receita

A receita da empresa permaneceu relativamente estável de 2019 até 2021, com leve oscilações ao redor de 49.000 a 51.500 milhões de dólares. Em 2022, houve um incremento, chegando a 51.557 milhões, seguido por um crescimento mais expressivo em 2023, atingindo 56.998 milhões. No entanto, em 2024, a receita apresentou uma ligeira redução para 53.803 milhões, indicando uma possível desaceleração no crescimento ou ajustes na receita operacional.

Índice de giro de capital de giro

O índice de giro de capital de giro mostrou aumento constante ao longo do período. De 3,24 em julho de 2019, passou para 2,7 em 2020, demonstrando uma redução nesse ano. A partir de 2021, o índice inicia uma tendência de crescimento, atingindo 3,88 em julho de 2021, e continua em ascensão até 4,73 em julho de 2023. Esse incremento sugere uma maior eficiência na utilização do capital de giro para gerar receita ao longo do tempo. Contudo, dados de 2024 não estão disponíveis, impossibilitando a avaliação do desempenho nessa variável para o ano mais recente.

O índice de giro de estoque apresentou uma tendência de declínio ao longo do período analisado, passando de 13,91 em julho de 2019 para 5,63 em julho de 2024. Essa redução indica que a empresa vem demorando mais tempo para vender seu estoque, refletindo uma diminuição na eficiência na gestão de inventário ou uma mudança na estratégia de reposição e venda de produtos.

De forma complementar, o número de dias de rotação de estoque aumentou de 26 dias em julho de 2019 para 65 dias em julho de 2024. Essa evolução sugere que o ciclo de entrega dos estoques tem se alongado significativamente, reforçando a percepção de que a empresa está mantendo seus estoques por períodos mais prolongados, possivelmente devido a mudanças na demanda ou na cadeia de suprimentos.

Em conjunto, esses indicadores demonstram uma tendência de aumento no tempo de permanência do estoque, o que pode impactar o capital de giro e a liquidez operacional da organização, além de sinalizar uma possível necessidade de revisão nas estratégias de gerenciamento de estoques para melhorar a rotatividade e a eficiência operacional.

Índice de giro de recebíveis

Ao analisar a evolução do índice de giro de recebíveis ao longo do período, observa-se uma tendência de declínio de 2019 até 2022, passando de 9,45 para 7,79, indicando uma diminuição na eficiência na conversão de contas a receber em vendas ou uma maior duração no recebimento dos valores. Em 2023, há uma recuperação significativa, com o índice atingindo 9,74, superior ao valor de 2019, sugerindo uma melhora na gestão de cobranças ou maior liquidez dos recebíveis. No entanto, em 2024, há uma queda para 8,05, embora ainda superior aos valores de 2020 a 2022, indicando uma leve redução na eficiência na recuperação de recebíveis comparada ao período mais recente de 2023.

Dias de rodízio de contas a receber

Os dias médios de contas a receber refletiram uma situação de variação considerável durante o período. De 39 dias em 2019, houve um aumento progressivo, alcançando 42 dias em 2021 e atingindo o pico de 47 dias em 2022. Essa tendência indica uma maior demora no recebimento dos valores, possivelmente refletindo mudanças nas políticas de crédito ou alterações na qualidade dos recebíveis. Em 2023, o período de recebimento diminui para 37 dias, sugerindo uma melhora na eficiência de cobrança ou na liquidez dos recebíveis. Por fim, em 2024, observa-se um aumento para 45 dias, voltando a níveis similares aos de 2022, o que pode indicar uma tendência de alongamento do ciclo de recebimento, potencialmente devido a fatores de mercado ou estratégias comerciais adotadas.

As tendências observadas indicam uma expansão consistente no ciclo operacional ao longo do período analisado. O número de dias de rotação de estoque apresentou aumento gradual, passando de 26 dias em julho de 2019 para 65 dias em julho de 2024, refletindo uma maior permanência do estoque até o momento da venda ou utilização. De forma semelhante, os dias de rodízio de contas a receber apresentaram variação, inicialmente crescendo de 39 dias em 2019 para 42 dias em 2021, entretanto, houve uma redução em 2022 para 47 dias, seguida por uma redução em 2023 para 37 dias e posterior aumento para 45 dias em 2024, indicando alguma volatilidade na gestão de recebíveis, embora de forma geral tenha tendido a se estabilizar na faixa de 40 a 45 dias.

Por sua vez, o ciclo operacional total cresceu de 65 dias em 2019 para 110 dias em 2024, demonstrando que a soma dos componentes de gerenciamento de estoques e contas a receber levou a uma ampliação do período total necessário para transformar os ativos operacionais em caixa. Essa expansão pode refletir mudanças na estratégia operacional, ajustes nos prazos de pagamento e recebimento, ou eventuais dificuldades na gestão de ativos de curto prazo.

A sequência de aumentos ao longo do período sinaliza um aprofundamento nos prazos de rotatividade, o que pode impactar o fluxo de caixa e a liquidez da organização. A disparidade na evolução entre os componentes indica uma possível prioridade na gestão de estoques ou uma adaptação às condições de mercado, que influenciaram os ciclos de rotação e recebíveis.

Índice de rotatividade a pagar

O índice apresentou uma tendência de diminuição de 2019 (9,34) até 2021 (7,59), indicando uma redução na frequência com que as obrigações a pagar são liquidadas em relação às contas a pagar. Em 2022, observou-se um aumento para 8,47, seguido de um novo incremento em 2023, atingindo 9,19, o que sugere uma mudança na política de pagamento ou condições de crédito. Em 2024, houve uma ligeira redução para 8,24, porém mantendo-se acima dos níveis de 2021, podendo indicar uma estabilidade relativa ou tentativa de alongar prazos de pagamento.

Dias de rotação de contas a pagar

Os dias de rotação de contas a pagar apresentaram variações ao longo do período. Iniciaram em 39 dias em 2019, aumentando para 46 dias em 2020 e atingindo 48 dias em 2021, refletindo uma ampliação no tempo até o pagamento, possivelmente alinhada a uma estratégia de alongamento de prazos ou dificuldades de liquidação. Em 2022, houve uma redução para 43 dias, retornando a um nível intermediário, que se manteve em 2023 com 40 dias. Em 2024, o período voltou a subir para 44 dias, indicando uma tendência de alongamento dos prazos de pagamento em relação ao período de 2022 e 2023. Essa oscilação sugere ajustes na gestão de liquidez ou na negociação com fornecedores ao longo do tempo.

Desempenho de rotação de estoque:

Observa-se uma tendência de aumento no número de dias de rotação de estoque ao longo do período analisado. Desde 26 dias em 2019, a média escalou para 65 dias em 2024, indicando que a empresa vem tendo um período progressivamente maior para vender e renovar seu estoque, o que pode refletir mudanças na gestão de inventário, estratégias de mercado ou alterações na demanda.

Rotação de contas a receber:

O número de dias de rotação de contas a receber permanece relativamente estável com pequenas oscilações, variando entre 39 e 42 dias. Em 2023, há uma redução para 37 dias, indicando uma ligeira melhora na eficiência na cobrança. No entanto, essa cifra volta a subir para 45 dias em 2024, sugerindo potencialmente maior prazo médio de recebimento ou ajuste nas condições de crédito concedidas.

Período de pagamento de contas a pagar:

Este indicador mostra uma tendência de aumento de dias, saindo de 39 dias em 2019 para 44 dias em 2024. Apesar de oscilações menores, o aumento geral sugere que a empresa vem alongando seus prazos de pagamento aos fornecedores, possivelmente por estratégia de gestão de fluxo de caixa ou condições negociadas.

Ciclo de conversão de caixa:

O ciclo de conversão de caixa apresenta uma elevação acentuada, crescendo de 26 dias em 2019 para 66 dias em 2024. Este aumento expressivo indica que o período total que a empresa leva para transformar recursos de suas operações em caixa líquido se alongou consideravelmente, refletindo potencialmente maior lentidão na venda de estoques e na recuperação de recebíveis, aliado ao alongamento dos prazos de pagamento.