Walmart Inc. (NYSE:WMT)

Ao analisar os dados financeiros trimestrais apresentados, observam-se tendências distintas nos indicadores de liquidez ao longo do período de 2019 a 2025.

Índice de liquidez corrente

Este índice mostrou uma variação relativamente estável, com uma leve elevação em alguns períodos e queda em outros. Após um valor de 0,77 em abril de 2019, houve um incremento até alcançar o pico de 0,97 no início de 2021. Desde então, o indicador apresenta uma tendência de leve diminuição, encerrando em 0,78 em janeiro de 2025. Essa movimentação sugere um aumento na capacidade de cobertura de obrigações de curto prazo, especialmente entre 2019 e 2021, seguido por uma estabilização ou leve diminuição na fase mais recente.

Índice de liquidez rápida

Este índice apresenta maior volatilidade ao longo do período. Inicialmente, manteve-se em torno de 0,18, com crescimento significativo a partir de 2020, atingindo níveis superiores a 0,35 em períodos posteriores. Destaca-se o aumento de 0,17 em outubro de 2019 para até 0,36 em outubro de 2021, indicando maior capacidade de pagamento imediato de obrigações de curto prazo com ativos de rápida realização. Após esse pico, mantém-se em torno de 0,18 a 0,20 nas fases finais do período, sugerindo uma estabilização na liquidez de tais ativos.

Índice de liquidez de caixa

Este índice mostrou maior estabilidade, com valores que oscilaram entre 0,09 e 0,28 ao longo do período. Notou-se um aumento expressivo em 2020, chegando a 0,28 em janeiro e julho de 2021, seguido por uma redução gradual nas fases mais recentes, com valores próximos a 0,09 e 0,10 em 2024 e 2025. Essa variação indica que a disponibilidade de caixa para cobrir obrigações de curto prazo aumentou significativamente durante 2020 e início de 2021, antes de diminuir na fase mais recente, possivelmente refletindo mudanças na gestão de liquidez ou condições operacionais.

De modo geral, os indicadores de liquidez evidenciam uma melhora entre 2019 e 2021, especialmente no índice de liquidez corrente e na liquidez rápida, apontando uma melhora na capacidade de cumprir obrigações de curto prazo. Após esse período, observa-se uma tendência de estabilização ou leve declínio, sugerindo ajustes operacionais ou estratégicos para manter o equilíbrio financeiro em meio a possíveis variações de mercado ou necessidades internas.

O ativo circulante apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período analisado, começando em cerca de US$ 61,7 bilhões no primeiro trimestre de 2019 e atingindo aproximadamente US$ 80,2 bilhões no último trimestre de 2024. Esse aumento sugere uma ampliação na liquidez de curto prazo da entidade, possivelmente refletindo uma estratégia de fortalecimento de caixa ou maior gestão de recursos circulantes.

O passivo circulante também cresceu durante o período, passando de aproximadamente US$ 79,9 bilhões em abril de 2019 para cerca de US$ 102,9 bilhões em janeiro de 2025. Apesar do aumento no passivo, a relação entre ativo e passivo demonstra uma melhora na liquidez, dado que o índice de liquidez corrente evoluiu de 0,77 para 0,78 nesse intervalo. É importante notar que, embora o índice flutue ao longo do tempo, permanece em níveis próximos de 0,8, indicando uma manutenção relativamente estável na capacidade de quitar obrigações de curto prazo com ativos disponíveis.

O índice de liquidez corrente mostrou certa variação, atingindo picos de até 0,97 em janeiro de 2021, indicando períodos de excelente cobertura das dívidas de curto prazo. Posteriormente, esse índice estabilizou em torno de 0,80 a 0,85, refletindo uma gestão equilibrada entre ativos circulantes e passivos circulantes. A manutenção desse índice acima de 0,75 sugere uma posição de liquidez satisfatória ao longo do período analisado, mesmo diante do crescimento expressivo nas contas de ativo e passivo circulante.

Ao analisar os dados financeiros apresentados, observa-se que o total de ativos rápidos sofreu aumentos significativos ao longo do período considerado, passando de aproximadamente US$ 14,5 bilhões em abril de 2019 para cerca de US$ 20,1 bilhões em janeiro de 2024. Essa elevação indica uma expansão nos ativos líquidos disponíveis em relação ao curto prazo, potencialmente refletindo estratégias de liquidez mais agressivas ou melhorias na gestão de ativos líquidos.

O passivo circulante apresentou uma tendência de crescimento durante o período, variando de aproximadamente US$ 79,9 bilhões em abril de 2019 para mais de US$ 102,6 bilhões em janeiro de 2024. Apesar de o aumento do passivo cirulante ser considerável, não há evidências de uma relação direta proporcional com o crescimento dos ativos rápidos, o que pode indicar uma gestão de passivos eficaz ou alterações na composição de passivos de curto prazo.

O índice de liquidez rápida apresentou variações moderadas, oscilando ao redor de 0,18 a 0,36 ao longo do período. Destaca-se um pico de 0,36 em outubro de 2020, podendo refletir uma melhora momentânea na capacidade de quitar dívidas de curto prazo com ativos líquidos. No entanto, em geral, o índice permanece em um nível relativamente baixo, sugerindo que a empresa mantém uma proporção moderada de ativos líquidos em relação às obrigações de curto prazo, o que poderia impactar a flexibilidade financeira em situações de crise ou necessidade de liquidez rápida.

De modo geral, há uma tendência de crescimento tanto nos ativos rápidos quanto no passivo circulante, com o índice de liquidez rápida permanecendo relativamente estável e, em certos períodos, elevando-se a níveis considerados bons para a liquidez de curto prazo. Esses padrões indicam uma gestão financeira que busca ampliar seus ativos líquidos sem comprometer excessivamente sua capacidade de cobrir passivos de curto prazo, embora o índice de liquidez rápida continue indicando uma abordagem conservadora na manutenção de ativos líquidos relativos ao passivo circulante.

Ao analisar os dados apresentados, observa-se que o total de ativos de caixa apresentou uma tendência de crescimento ao longo do período de 2019 a 2024. Inicialmente, os ativos de caixa estavam em torno de US$ 9.255 milhões no primeiro trimestre de 2019, apresentando uma elevação significativa a partir do segundo semestre de 2020, atingindo picos acima de US$ 22.800 milhões no último trimestre de 2020 e no primeiro trimestre de 2021. Posteriormente, houve variações, com diminuições pontuais até meados de 2023, seguido de estabilização em níveis próximos de US$ 9.000 milhões a partir de meados de 2024.

O passivo circulante experimentou variações consideráveis ao longo do período, refletindo uma oscilação entre aproximadamente US$ 77.790 milhões no primeiro trimestre de 2020 e um máximo de US$ 104.230 milhões no último trimestre de 2021. Apesar dessas flutuações, a tendência geral aponta para um aumento do passivo circulante em relação ao início do período, indicando possivelmente maior grau de obrigações a curto prazo ao longo do tempo.

O índice de liquidez de caixa, que mede a capacidade de cobertura das obrigações de curto prazo com ativos líquidos, apresentou valores bastante baixos ao longo de todo o período, geralmente situados abaixo de 0.20, variando de 0.09 a 0.28. Destaca-se que o índice atingiu picos de 0.28 em alguns trimestres de 2020 e 2021, mas permaneceu frequentemente em níveis baixos, sugerindo que uma parcela relativamente pequena do passivo circulante era coberta pelos ativos de caixa disponíveis. Essa condição pode indicar uma necessidade de gerenciamento mais eficiente de liquidez ou uma estratégia de financiar obrigações de curto prazo com outros recursos além do caixa.

De modo geral, os dados refletem uma evolução em que os ativos de caixa aumentaram consideravelmente em determinados períodos, particularmente em 2020 e início de 2021, enquanto o passivo circulante também cresceu, mantendo uma relação de liquidez relativamente baixa. Essa dinâmica sugere que a empresa pode estar dependendo de outros recursos para sustentar suas obrigações de curto prazo, o que seria importante monitorar para assegurar a liquidez contínua.