Estrutura do balanço: passivo e patrimônio líquido
Com base em relatórios: 10-K (Data do relatório: 2022-12-31), 10-K (Data do relatório: 2021-12-31), 10-K (Data do relatório: 2020-12-31), 10-K (Data do relatório: 2019-12-31), 10-K (Data do relatório: 2018-12-31).
Ao analisar os dados financeiros ao longo do período de cinco anos, observa-se um aumento gradual na proporção do passivo em relação ao patrimônio líquido, passando de aproximadamente 60,56% em 2018 para 66,24% em 2022. Isso indica uma tendência de maior alavancagem financeira da entidade ao longo do tempo.
Os itens referentes ao passivo circulante evidenciam um aumento percentual, passando de 24,09% em 2018 para 31,45% em 2022, sinalizando uma maior concentração de obrigações de curto prazo. Este crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento nas captações de curto prazo e vencimentos de dívidas de longo prazo, que representam uma expansão de 1,96% em 2018 para 5,8% em 2022, indicando maior enfase na obtenção de recursos de curto prazo.
Por outro lado, a dívida de longo prazo, excluindo vencimentos correntes, apresenta uma leve estabilidade em torno de 24% até 2021, seguida de uma redução para aproximadamente 20,95% em 2022, sugerindo uma possível liquidação de dívidas de longo prazo ou uma mudança na estratégia de financiamento.
O passivo não circulante mantém uma participação significativa, porém com uma tendência de queda, passando de 36,47% em 2018 para 34,78% em 2022, após atingir um pico de 40,71% em 2020. Contribuem para essa dinâmica as responsabilidades pós-emprego, que apresentam redução acentuada ao longo do período, de 6,66% em 2018 para 3,69% em 2022, refletindo uma diminuição nas obrigações relativas a benefícios pós-emprego.
O patrimônio líquido, por sua vez, demonstra uma redução percentual, de 39,2% em 2018 para 33,67% em 2022, ocorrendo concomitantemente à diminuição das ações ordinárias subsequentes ao tesouraria, que mantém-se quase estável em torno de -9,5%. Lucros não distribuídos apresentam uma leve diminuição relativa, de 52,69% para 46,02%, sugerindo possível distribuição de dividendos ou retenção de resultados em menor proporção.
O valor das ações ordinárias, em percentual do total, mantém-se relativamente estável ao longo do período, ao redor de 1,3%, enquanto a participação não controladora representa uma parcela ínfima, mantendo-se acima de 0,2% até 2022. A variação no patrimônio líquido total reflete, em grande parte, a combinação dessas mudanças na composição do capital e resultados acumulados.
Finalmente, outros componentes do passivo e do patrimônio líquido, como impostos de renda diferidos e outros passivos não circulantes, mostram estabilidade relativa, com pequenas variações percentuais, contribuindo para a manutenção de uma estrutura de passivos diversificada e relativamente equilibrada ao longo do período analisado. Essa evolução sugere uma estratégia de gestão financeira que busca equilibrar o aumento de obrigações de curto prazo com o controle do endividamento de longo prazo e a manutenção do patrimônio líquido, embora com sinais de maior alavancagem.